Palavra do leitor
- 04 de março de 2010
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Idolatria ou narcisismo
Lia, num blog de um pastor conhecido, sua decepção com os seus pares. Claro que não era uma queixa explicita, porque pastor tem dificuldade para falar diretamente, eles sempre usam as parábolas para declararem as suas mazelas ou a dos outros. Aquilo mexeu comigo. Não era prá mexer, pois nada de novo estava acontecendo debaixo do céu... Numa fração de segundo, a idéia de que estamos sempre a esperar a perfeição no comportamento dos nossos companheiros de jornada, sejam eles cônjuges, filhos, amigos ou colegas de trabalho, brilhou como um raio.
Faz parte do meu dia-a-dia ouvir o discurso de pessoas sobre amigos traidores, pessoas não confiáveis, gente sem compaixão. Cada um de nós traz em seu acervo particular historinhas parecidas, sempre exigindo um "comportamento exemplar" do outro e se frustrando imensamente quando ele não vem. E o comportamento só é exemplar se atender as nossas expectativas, do jeito que imaginamos que seria. O que for diferente disso nos frustra e magoa. Até com Deus, tendemos a manter um relacionamento nestes moldes. Quantas lamúrias porque Ele não ouve as orações de seus "adoradores"!
Fiquei pensando que esse comportamento aponta para o pedestal em que nos colocamos, na maioria das vezes. Conhecido como narcisismo para os psicólogos e idolatria para Deus, a fonte do eterno mal estar da humanidade. O pecado original.
Exigir que o outro atenda as nossas demandas conforme necessitamos é querermos competir com Deus, nos colocando no centro do universo e esperando que ele gire ao nosso redor. Não foi isso que Cristo veio ensinar. Pelo contrário, esvaziou-se de si mesmo, para mostrar que nós homens jamais alcançaremos a perfeição sem Ele, porque não enxergamos um palmo a nossa frente. Se não fosse pela Graça, estaríamos todos perdidos. E como seres imperfeitos e limitados, que não sabem o que é perfeição, continuar a esperar “comportamento exemplar” do outro é sempre motivo de queda, motivo de dores e motivo para apreendermos que só Ele é perfeito e a nós, só resta o perdão.
Faz parte do meu dia-a-dia ouvir o discurso de pessoas sobre amigos traidores, pessoas não confiáveis, gente sem compaixão. Cada um de nós traz em seu acervo particular historinhas parecidas, sempre exigindo um "comportamento exemplar" do outro e se frustrando imensamente quando ele não vem. E o comportamento só é exemplar se atender as nossas expectativas, do jeito que imaginamos que seria. O que for diferente disso nos frustra e magoa. Até com Deus, tendemos a manter um relacionamento nestes moldes. Quantas lamúrias porque Ele não ouve as orações de seus "adoradores"!
Fiquei pensando que esse comportamento aponta para o pedestal em que nos colocamos, na maioria das vezes. Conhecido como narcisismo para os psicólogos e idolatria para Deus, a fonte do eterno mal estar da humanidade. O pecado original.
Exigir que o outro atenda as nossas demandas conforme necessitamos é querermos competir com Deus, nos colocando no centro do universo e esperando que ele gire ao nosso redor. Não foi isso que Cristo veio ensinar. Pelo contrário, esvaziou-se de si mesmo, para mostrar que nós homens jamais alcançaremos a perfeição sem Ele, porque não enxergamos um palmo a nossa frente. Se não fosse pela Graça, estaríamos todos perdidos. E como seres imperfeitos e limitados, que não sabem o que é perfeição, continuar a esperar “comportamento exemplar” do outro é sempre motivo de queda, motivo de dores e motivo para apreendermos que só Ele é perfeito e a nós, só resta o perdão.
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