Idiocracia - o governo dos idiotas

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Assisti recentemente a um filme americano que tem um tema interessante e bem atual: Idiocracia - o Governo dos idiotas. O referido filme leva as pessoas a pensar, pois de um modo geral, é o que está acontecendo hoje em dia.

Trata-se de uma experiência feita com um casal previamente escolhido entre as pessoas de menor QI entre todos. Para se submeter a esta experiência o casal obteve algumas vantagens e aceitou ser cobaia pelo período de um ano. Foram colocados num local fechado dentro de algo como um caixão onde receberam um tipo de droga para dormir e só acordariam um ano após. Ele era um militar com um QI baíxíssimo e ela uma prostituta que vivia ás voltas com o seu cafetão.

O filme transcorre e este casal acorda 500 anos depois e encontra um mundo completamente diferente semi destruido e com uma civilização totalmente perdida e sem nenhuma organização. Não há hospitais, não há segurança, não há um governo organizado e o mundo é um autêntico manicômio. Ela tenta sobreviver se prostituindo, mas não consegue argumentar com os seus clientes. Ele fica desorientado e acaba procurando um hospital, mas acaba preso acusado de não ter pago a conta e também por nao ter uma tatuagem que o identificaria. A situação se complica e ele foge da prisão e aí a perseguição é grande e ele procura um advogado maluco e tenta negociar com ele para que ele o leve até a máquina do tempo para que ele volte á sua origem.

Muita confusão e correria, muita perseguição e por fim ele é preso novamente e tenta se explicar, mas só recebe zombaria por ser diferente das pessoas. Por fim, ele é considerado o homem mais inteligente do país e recebe um convite do presidente para ser ministro da agricultura e aí então se inicia mais uma etapa em que ele encontra forte oposição quando tenta irrigar as plantações com água... A sua vida está por um fio quando aparece a sua colega, a prostituta, e consegue provar para o presidente e seus ministros que a irrigação deu certo e a plantação está crescendo. Por fim, ele descobre que a máquina do tempo não existe, e é escolhido para ser o presidente do país, se casa com a sua colega e se adapta áquela vida louca onde não existe civilidade nem inteligência razoável, mas as pesoas, não obstante, conseguem sobrevivier.

Este filme eu entendo como sendo uma metáfora do que está acontecendo hoje em nosso País e creio que em grande parte do mundo. O governo dos idiotas ou idiocracia hoje é uma realidade e uma vergonha que está bem patente diante de todos nós.

Quando vejo nos meios de comunicação o julgamento do Mensalão, suas discussões, condenações e o ex-presidente Lula afirmando que não houve mensalão, ou seja, todo mundo está errado e só ele está certo, mesmo sabendo que foram desviados milhões de reais no inicio de seu primeiro mandato, o que configura que vivemos, de certa forma, um governo de idiotas. Se não existiu nada disto, então por que se gasta tanto dinheiro e tanto tempo com esta discussão? Será que aqueles juizes todos estão brincando?
Quando vemos a situação da segurança pública, das estradas, da educação e principalmente da saúde não dá para entender nada. Parece que alguém tem um QI baixíssimo e alguns estão aproveitando desta deficiência para provar que 2 mais 2 são 5. Afinal, para onde vão os bilhões que pagamos de impostos todos os anos? Como entender este disparate, este abuso que se comete contra a população? Por que os serviços públicos não funcionam neste País? A metáfora do filme supracitado se encaixa perfeitamente aqui. Vivemos em outra realidade, perdidos no tempo e sem espaço. E esta repressão atinge a todos e cega o entendimento da maior parte da população. Até a igreja se perdeu neste emaranhado, e também parece estar sem rumo e sem identidade.

O governo pensa que nós todos somos idiotas e de repente nós aceitamos este rótulo, e eu fico me perguntando: será que nós somos idiotas? Desconfio que estamos caminhando celeremente para esta vala comum e daqui a pouco vamos aceitar as imposições e não vamos mais nos surpreender com os disparates que ouvimos e vemos todos os dias. Aí então poderá ser tarde demais e, quem sabe, irreversível.

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Opinião do leitor