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Palavra do leitor

Ideal? Não: Gente!

Ideal? Não: Gente!

‘’Se, talvez, deixássemos de lado a busca pelo ideal e nos propuséssemos, mais e mais, a ser gente e compreender que isso, somente, se faz com gente, chegaríamos a conclusão, por exemplo, de que o amor ao próximo, de forma alguma, nem sempre significa uma ligação intensa e profunda, com o outro, mas sim de o ver, simplesmente, como ser humano, com respeito, nada mais e nada menos’’.

Os homens, em sua tresloucada busca pelo ideal, sempre tem colhido frutos amargos e lágrimas ácidas, nos recantos de suas almas. Ah, mesmo assim, queremos, insistimos no ideal e tais escolhas são tolas e inocentes. Talvez, lá no fundo, cobrimos o espelho do que somos, com um manto escurecido de que nunca seremos pessoas ideais, ou seja, aqui, perfeitas, prontas para tudo, virtuosas, sábias, ricas, bem sucedidas, acima do bem e do mal, espirituais. Devo anotar, ainda acreditamos no ideal das soluções e resoluções dos nossos problemas, através dos avanços tecnológicos e científicos, não é mesmo?

Para causar uma efervescência, as redes midiáticas, em todas suas frentes (escrita, televisiva, internet e outras) esparramam a ênfase ao corpo ideal, a cintura ideal, a pele ideal, a mulher ideal, a profissão ideal, a roupa ideal, a fé ideal, ao progresso ideal, ao sexo ideal, a educação ideal, ao país ideal, ao povo ideal e toda uma pletora ou abundância de ‘’idea’’. Ora, que bom seria, caso aceitássemos a constatação inexorável ou implacável, sem peso e pressão de perseguir esse caudilho ditatorial do ideal, de sermos gente, imagem e semelhança da origem, seres humanos, imperfeitos, inacabados, nada mais e nada menos.

Infelizmente, desde nossa tenra infância, acabamos entremeados por essa busca pelo ideal. Vale dizer, acreditamos no ideal do sucesso, no ideal de ser bem sucedido, no ideal de ser vitorioso, no ideal de não se abalar com nada, todavia, nos abalamos, nos machucamos, nos decepcionamos, desistimos, nos refazemos, trilhamos com as lágrimas, receamos a chegada da morte, inquietamo – nos com a vida e, enfim, no teatro, no cais, no tablado, nos labirintos, nos guetos, nos quartos da solidão e do silêncio se percebe e reconhece: não sou um ideal, mas sou algo maior, ou seja, um ser de afetos, de incertezas, de uma transcendência que me faz acreditar e prosseguir, muito embora as cicatrizes – tra – lá – eis comigo.

É bem verdade, nem sempre seremos resilientes, adaptáveis, flexíveis, inspiradores, desbravadores e outros atributos. Afinal de contas, somos, sim e sim, mortais, humanos e sujeitos a situações que nos surpreendem, nos escapam, nos deprimem, nos fazem ajoelhar. Sem nenhum discurso acinzentado da vida e do viver, desse devir intenso, pulsátil, apaixonado, extasiante, revelador, partilhador e compartilhador, sem nos afastarmos de pessoas, como eu e você, com seus meandros ou enredos de fragilidades, de vulnerabilidades, de momentos não louváveis, de nos escondermos, de faces e facetas de ira, de rejeição, de indiferença, de cobiça, de uma necessidade de ser reconhecido, lembrado e isso apenas nos configura, não a anjos, nem a demônios e muito menos a Deus.

Observa – se, toda vez que os homens se pautaram no aclamado ideal, tivemos como desfecho ou resultado a Ku Klux Klan (movimente de impiedosa perseguição e exclusão racial, nos Estados Unidos), os campos de concentração, durante a Segunda Guerra Mundial (com mais de seis milhões de judeus mortos, além de ciganos, homossexuais, opositores do regime nazistas de Hitler), o extermínio de muçulmanos, na outrora Iugoslávia, de curdos (no Iraque), de chacinas coletivas (como no Sudão, por causa do radicalismo religioso), das Cruzadas (entre o ideal de uma fé versus outra) e a lista seria interminável.

Enfim, em meio a todo esse emaranhado de ideal, muitos casamentos sucumbem (pelo ideal de uma vida a dois irreais), crenças, amizades, projetos, sonhos, ideais, comunidades e toda uma fartura de exemplos. Então, como proceder, porque vamos nos deparar com essa busca, direta ou indiretamente, em algum evento de nossa vida? O texto de João 10.10 declara que a Graça Jesus Cristo veio trazer vida e vida com abundância.

Ouso dizer, veio resgatar e mostrar que nenhum ideal nos leva ao significado e a satisfação, mas sim a alegria para olhar e, diante dos reflexos da vida, não se envergonhar de se abrir para o formar de pontes de diálogo, de aprendizado, de acertos, de ajustes, de não ser guiado pelos impulsos, pelas vontades, porque há, em nós, em você e eu, um toque a mais e, nos dissabores, efetuar os saltos de que sou imagem e semelhança de Deus e até pode não parecer muita coisa, tudo bem, as boas novas nos chamam para sentar e sermos ouvidos, em nossa existência, humanidade, espiritualidade e eternidade.
São Paulo - SP
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