Palavra do leitor
- 08 de dezembro de 2010
- Visualizações: 2350
- 3 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
Homofobia
A Folha de São Paulo - seção "Tendências/Debates" (04.12.2010) - pag. A3 - propõe uma discussão: "O Congresso deve aprovar o projeto de lei que criminaliza a homofobia?"
Cremos que os dois artigos por ela publicados, um contra e outro a favor, dão as linhas gerais a respeito do assunto "Homofobia" [vide - seção "Opinião" – dia 04.12.2010].
Não vamos entrar no mérito das razões expostas por ambos os autores, tendo em vista que os mesmos foram bem claros em relação aos seus particulares pontos de vista, concordemos ou não.
Já ouvimos dizer: "se eles têm o direito de falar contra os que eles consideram homofóbicos, nós também temos o direito de externar nossa opinião contra as atitudes deles de nos quererem amordaçar".
Também não vamos entrar no mérito, embora sejamos defensores intransigentes do Direito do livre pensar, e do livre Direito de externar os pensamentos, conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos, e Constituições Federais dos países democráticos, entre os quais o nosso Brasil.
Vamos apenas contar um episódio, coincidentemente visto por nós na véspera de tais artigos (03.12.2010), no Metrô de São Paulo, entre a estação Santa Cruz e o terminal Jabaquara.
Antes, vamos tecer um comentário sobre situações que temos percebido/presenciado nos nossos quase 70 anos de vida.
Casais de namorados [moças e rapazes] circulam nas ruas e nas conduções de mãos dadas, dedos entrelaçados, e, vez por outra, dão um leve beijinho, hoje denominado "selinho". Casais de noivos, também um jovem e uma jovem, via de regra, assim procedem. Não é menos verdade que casais que já contraíram núpcias, independente do tempo de união, até idosos, também passeiam nas ruas e transporte público de mãos dadas, dedos entrelaçados mostrando uma linda imagem de comunhão e amor mútuos, algumas vezes quase eternos.
Pois bem, o que foi que vimos, ontem, no Metrô?
- Dois rapazes, um magro e o outro bem gordo, sentados juntos em um dos bancos do trem, de mãos dadas [as duas], também com os dedos entrelaçados.
Mais ainda: o gordo deitado no peito do magro, quase sentado ao seu colo, com os lábios na altura do pescoço do companheiro, beijando-o apaixonada e incessantemente. Já vinham de estação anterior, mas da estação em que tomamos o transporte coletivo até o terminal, são mais de 15 minutos, e a cena não se alterava.
Têm eles o direito de assim proceder?
- “Ad-argumentandum”, digamos que sim; mas a atitude não adotada, conforme descrevemos acima, por casais de homens e mulheres “hétero”, em nossa vivência de quase 70 anos de idade, não só chamava a atenção, mas era um desrespeito às meninas, moças, senhoras, homens e até famílias que viajavam no mesmo vagão.
Não vamos acrescentar adjetivos, por perigosos que são, nessa situação vexatória, exibicionista e provocativa à qual aqueles cidadãos nos expuseram, juntamente com os demais passageiros, inclusive um policial fardado.
Pode até ser que digam que têm a liberdade de fazerem o que querem; mas não podemos nos esquecer de um antigo jargão popular que diz que “a liberdade de uma pessoa termina exatamente onde começa a liberdade de outrem”.
Sim, a princípio, casais “homo”, como os casais “hétero”, têm o direito de fazerem o que quiserem, o que lhes der na telha, mas não podem e nem devem escolher o espaço público para suas atitudes “amorosas” [libidinosas]; que o façam em suas alcovas, ou em bordéis, como melhor lhes convier.
Se um casal “hétero” fosse surpreendido em tal postura, por uma Autoridade Policial, seria enquadrado por “atentado ao pudor”; mas os casais “homo” não podem ser melindrados por força de supostas regalias, que, se combatidas, se transformam em crime preconceitual, ou de homofobia. Se o PL 122/06 for aprovado a situação se agravará.
Cada um de nós, e todos, têm a liberdade de escolha dos procedimentos que querem adotar; mas cada um será responsabilizado, diante de Deus, quando tais decisões e práticas forem contrárias à vontade dEle.
Temos convicção de que se algum passageiro olhasse "torto", não precisaria nem dizer nada, e seria desrespeitado com agressões verbais e até físicas, quiçá também com um processo judicial por homofobia.
Não é essa a liberdade que queremos, não é essa a liberdade que pessoas de bem desejam, não é essa a liberdade que Deus nos deu em Jesus: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8. 32), tema sobre o qual já publicamos um texto.
Não é isso que queremos que nossas inocentes crianças, filhos e netos, aprendam em sua tenra idade, pois irão passar a entender que isso é o normal; assim, preferimos ser considerados anormais.
Cremos que os dois artigos por ela publicados, um contra e outro a favor, dão as linhas gerais a respeito do assunto "Homofobia" [vide - seção "Opinião" – dia 04.12.2010].
Não vamos entrar no mérito das razões expostas por ambos os autores, tendo em vista que os mesmos foram bem claros em relação aos seus particulares pontos de vista, concordemos ou não.
Já ouvimos dizer: "se eles têm o direito de falar contra os que eles consideram homofóbicos, nós também temos o direito de externar nossa opinião contra as atitudes deles de nos quererem amordaçar".
Também não vamos entrar no mérito, embora sejamos defensores intransigentes do Direito do livre pensar, e do livre Direito de externar os pensamentos, conforme Declaração Universal dos Direitos Humanos, e Constituições Federais dos países democráticos, entre os quais o nosso Brasil.
Vamos apenas contar um episódio, coincidentemente visto por nós na véspera de tais artigos (03.12.2010), no Metrô de São Paulo, entre a estação Santa Cruz e o terminal Jabaquara.
Antes, vamos tecer um comentário sobre situações que temos percebido/presenciado nos nossos quase 70 anos de vida.
Casais de namorados [moças e rapazes] circulam nas ruas e nas conduções de mãos dadas, dedos entrelaçados, e, vez por outra, dão um leve beijinho, hoje denominado "selinho". Casais de noivos, também um jovem e uma jovem, via de regra, assim procedem. Não é menos verdade que casais que já contraíram núpcias, independente do tempo de união, até idosos, também passeiam nas ruas e transporte público de mãos dadas, dedos entrelaçados mostrando uma linda imagem de comunhão e amor mútuos, algumas vezes quase eternos.
Pois bem, o que foi que vimos, ontem, no Metrô?
- Dois rapazes, um magro e o outro bem gordo, sentados juntos em um dos bancos do trem, de mãos dadas [as duas], também com os dedos entrelaçados.
Mais ainda: o gordo deitado no peito do magro, quase sentado ao seu colo, com os lábios na altura do pescoço do companheiro, beijando-o apaixonada e incessantemente. Já vinham de estação anterior, mas da estação em que tomamos o transporte coletivo até o terminal, são mais de 15 minutos, e a cena não se alterava.
Têm eles o direito de assim proceder?
- “Ad-argumentandum”, digamos que sim; mas a atitude não adotada, conforme descrevemos acima, por casais de homens e mulheres “hétero”, em nossa vivência de quase 70 anos de idade, não só chamava a atenção, mas era um desrespeito às meninas, moças, senhoras, homens e até famílias que viajavam no mesmo vagão.
Não vamos acrescentar adjetivos, por perigosos que são, nessa situação vexatória, exibicionista e provocativa à qual aqueles cidadãos nos expuseram, juntamente com os demais passageiros, inclusive um policial fardado.
Pode até ser que digam que têm a liberdade de fazerem o que querem; mas não podemos nos esquecer de um antigo jargão popular que diz que “a liberdade de uma pessoa termina exatamente onde começa a liberdade de outrem”.
Sim, a princípio, casais “homo”, como os casais “hétero”, têm o direito de fazerem o que quiserem, o que lhes der na telha, mas não podem e nem devem escolher o espaço público para suas atitudes “amorosas” [libidinosas]; que o façam em suas alcovas, ou em bordéis, como melhor lhes convier.
Se um casal “hétero” fosse surpreendido em tal postura, por uma Autoridade Policial, seria enquadrado por “atentado ao pudor”; mas os casais “homo” não podem ser melindrados por força de supostas regalias, que, se combatidas, se transformam em crime preconceitual, ou de homofobia. Se o PL 122/06 for aprovado a situação se agravará.
Cada um de nós, e todos, têm a liberdade de escolha dos procedimentos que querem adotar; mas cada um será responsabilizado, diante de Deus, quando tais decisões e práticas forem contrárias à vontade dEle.
Temos convicção de que se algum passageiro olhasse "torto", não precisaria nem dizer nada, e seria desrespeitado com agressões verbais e até físicas, quiçá também com um processo judicial por homofobia.
Não é essa a liberdade que queremos, não é essa a liberdade que pessoas de bem desejam, não é essa a liberdade que Deus nos deu em Jesus: "conhecereis a verdade e a verdade vos libertará" (João 8. 32), tema sobre o qual já publicamos um texto.
Não é isso que queremos que nossas inocentes crianças, filhos e netos, aprendam em sua tenra idade, pois irão passar a entender que isso é o normal; assim, preferimos ser considerados anormais.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 08 de dezembro de 2010
- Visualizações: 2350
- 3 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados