Palavra do leitor
- 12 de junho de 2014
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Hoje o meu milagre vai chegar. Será?
Antes de tudo, quero deixar claro que eu creio em milagres. Estou convicto de que os milagres bíblicos foram reais, tal como descritos na Palavra de Deus. Também creio na contemporaneidade dos milagres como expressão da graça e da providência divinas. Contudo, é bom frisar que, a imutabilidade divina não significa mesmice. O ser de Deus é imutável, a Sua maneira de agir, não. Hoje, muitos confundem milagres com os “sinais”, mencionados por Jesus em Mc 16.17,18: “Estes sinais hão de acompanhar aqueles que crêem...".
No grego neo-testamentário, a palavra usada para “sinais” é "sêmeion", que significa um sinal mediante o qual se reconhece uma pessoa, ou coisa específica, uma “marca” ou “prova” confirmatória, corroborativa e autenticadora. O sinal era algo realizado de maneira sobrenatural por Jesus Cristo e, posteriormente pelos apóstolos, a fim de comprovar a sua comissão divina. Por isso, das 77 vezes que aparece esta palavra no Novo Testamento, 48 vezes acontece nos Evangelhos e 13 vezes em Atos dos Apóstolos – livros que relatam a vida de Jesus e o início da Igreja.
A palavra grega mais usada para “milagres” no Novo Testamento é dynamis, que significa “poder”. Assim, biblicamente, milagre é uma demonstração do poder de Deus, salvando, restaurando, curando, etc. Outra palavra usada para “milagres” é teras, que significa “prodígio”. Geralmente esta palavra é usada no plural e em combinação com sêmeion, a fim de diferenciar as duas intervenções. A palavra teras ocorre, na maioria das vezes, em Atos dos Apóstolos.
Entendamos, portanto, que: Os sinais ficaram limitados ao período apostólico – com a finalidade da confirmação da pregação tantos de Jesus, quanto à dos apóstolos. Já os milagres, são intervenções sobrenaturais de Deus, alterando a estrutura e a vida humana, bem como o curso da natureza, não com o propósito revelador, uma vez que já temos a Revelação bíblica completa e fechada. Seu propósito é a glória de Deus e não a Sua revelação ou confirmação da Sua presença ou aprovação.
Os milagres são intervenções soberanas de Deus e, ainda que Ele use homens para a sua operação, estes nunca podem ser agendados eles. Deus é livre para realizar milagres e também para retê-los. Até podemos cantar “hoje o meu milagre vai chegar, eu vou crer, não vou duvidar”, como uma declaração da nossa esperança em Cristo. Porém, caso o milagre não venha, não devemos deixar de crer e nem nos sentirmos culpados por uma suposta falta de fé. Lembremos sempre: Milagres são intervenções divinas e não humanas. O crente deve estar preparado para receber ou não, o milagre.
Não devemos cair no erro de entendermos que palavras do tipo “se creres verás a glória de Deus” (Jo 11.40), estão ligadas diretamente às nossas causas pessoais. É claro que devemos crer que o milagre pode acontecer, mas entendamos que a palavra final é de Deus e não nossa ou de algum “curandeiro da fé”. A boa hermenêutica ensina que textos bíblicos que mostram relatos históricos específicos não devem ser usados para formulação de doutrinas e práticas da Igreja.
Hoje em dia, influenciados pelo neopentecostalismo e, no afã de verem seus rebanhos crescerem, muitos pastores de Igrejas históricas tem apelado para os chamados “culto de milagres”, “culto da vitória” e “tarde da bênção”. Outros chegam ao absurdo de divulgar tais reuniões com a presença do “homem de Deus”, do “profeta”, “apóstolo”, e coisas do tipo. O problema não está nas orações clamando a Deus por milagres, mas no apelo ao misticismo e o pragmatismo, além da ilusão de poder “agendar” a ação divina. Tudo isto gera diversos problemas e vícios na Igreja. E o que dizer se o milagre não chegar? Faltou fé? Da parte de quem?
Cremos que os milagres são reais e contemporâneos, mas as extravagâncias evangelicais e pseudo-evangelicais têm feito muita gente desacreditar deles. Quando eles supostamente acontecem, as pessoas são convidadas a gritar, a “testemunhar”, a “glorificar de pé” e a contribuir com quantias determinadas para que “a obra conti-nue”. Mas quando eles não acontecem... Nesse meio, a sobrenaturalidade dos milagres perdeu seu peso e característica, afinal de contas, eles são tão corriqueiros e normais. É digno de observação que a maioria dos “milagres” atuais (especialmente os televisivos) são demasiadamente simples para representar o significado do termo: É a dor no dedão que passou; a dor de cabeça que parou; o caroço que sumiu, e por aí vai. Além disso, não descartamos a charlatanice.
Creio em milagres como expressão da graça e da soberania de Deus sobre tudo e todos. Creio que Ele age quando, onde, como e em quem quer – independentemente de qualquer coisa ou de qualquer pessoa. Hoje o seu milagre pode chegar. Mas, se porventura não acontecer como queres, lembre-se: Deus sabe exatamente o que de fato precisamos. Por isso, não se desespere. Reveja seus conceitos. Estude muito as Escrituras e continue crendo, mesmo que você tenha que esperar um pouco mais.
No grego neo-testamentário, a palavra usada para “sinais” é "sêmeion", que significa um sinal mediante o qual se reconhece uma pessoa, ou coisa específica, uma “marca” ou “prova” confirmatória, corroborativa e autenticadora. O sinal era algo realizado de maneira sobrenatural por Jesus Cristo e, posteriormente pelos apóstolos, a fim de comprovar a sua comissão divina. Por isso, das 77 vezes que aparece esta palavra no Novo Testamento, 48 vezes acontece nos Evangelhos e 13 vezes em Atos dos Apóstolos – livros que relatam a vida de Jesus e o início da Igreja.
A palavra grega mais usada para “milagres” no Novo Testamento é dynamis, que significa “poder”. Assim, biblicamente, milagre é uma demonstração do poder de Deus, salvando, restaurando, curando, etc. Outra palavra usada para “milagres” é teras, que significa “prodígio”. Geralmente esta palavra é usada no plural e em combinação com sêmeion, a fim de diferenciar as duas intervenções. A palavra teras ocorre, na maioria das vezes, em Atos dos Apóstolos.
Entendamos, portanto, que: Os sinais ficaram limitados ao período apostólico – com a finalidade da confirmação da pregação tantos de Jesus, quanto à dos apóstolos. Já os milagres, são intervenções sobrenaturais de Deus, alterando a estrutura e a vida humana, bem como o curso da natureza, não com o propósito revelador, uma vez que já temos a Revelação bíblica completa e fechada. Seu propósito é a glória de Deus e não a Sua revelação ou confirmação da Sua presença ou aprovação.
Os milagres são intervenções soberanas de Deus e, ainda que Ele use homens para a sua operação, estes nunca podem ser agendados eles. Deus é livre para realizar milagres e também para retê-los. Até podemos cantar “hoje o meu milagre vai chegar, eu vou crer, não vou duvidar”, como uma declaração da nossa esperança em Cristo. Porém, caso o milagre não venha, não devemos deixar de crer e nem nos sentirmos culpados por uma suposta falta de fé. Lembremos sempre: Milagres são intervenções divinas e não humanas. O crente deve estar preparado para receber ou não, o milagre.
Não devemos cair no erro de entendermos que palavras do tipo “se creres verás a glória de Deus” (Jo 11.40), estão ligadas diretamente às nossas causas pessoais. É claro que devemos crer que o milagre pode acontecer, mas entendamos que a palavra final é de Deus e não nossa ou de algum “curandeiro da fé”. A boa hermenêutica ensina que textos bíblicos que mostram relatos históricos específicos não devem ser usados para formulação de doutrinas e práticas da Igreja.
Hoje em dia, influenciados pelo neopentecostalismo e, no afã de verem seus rebanhos crescerem, muitos pastores de Igrejas históricas tem apelado para os chamados “culto de milagres”, “culto da vitória” e “tarde da bênção”. Outros chegam ao absurdo de divulgar tais reuniões com a presença do “homem de Deus”, do “profeta”, “apóstolo”, e coisas do tipo. O problema não está nas orações clamando a Deus por milagres, mas no apelo ao misticismo e o pragmatismo, além da ilusão de poder “agendar” a ação divina. Tudo isto gera diversos problemas e vícios na Igreja. E o que dizer se o milagre não chegar? Faltou fé? Da parte de quem?
Cremos que os milagres são reais e contemporâneos, mas as extravagâncias evangelicais e pseudo-evangelicais têm feito muita gente desacreditar deles. Quando eles supostamente acontecem, as pessoas são convidadas a gritar, a “testemunhar”, a “glorificar de pé” e a contribuir com quantias determinadas para que “a obra conti-nue”. Mas quando eles não acontecem... Nesse meio, a sobrenaturalidade dos milagres perdeu seu peso e característica, afinal de contas, eles são tão corriqueiros e normais. É digno de observação que a maioria dos “milagres” atuais (especialmente os televisivos) são demasiadamente simples para representar o significado do termo: É a dor no dedão que passou; a dor de cabeça que parou; o caroço que sumiu, e por aí vai. Além disso, não descartamos a charlatanice.
Creio em milagres como expressão da graça e da soberania de Deus sobre tudo e todos. Creio que Ele age quando, onde, como e em quem quer – independentemente de qualquer coisa ou de qualquer pessoa. Hoje o seu milagre pode chegar. Mas, se porventura não acontecer como queres, lembre-se: Deus sabe exatamente o que de fato precisamos. Por isso, não se desespere. Reveja seus conceitos. Estude muito as Escrituras e continue crendo, mesmo que você tenha que esperar um pouco mais.
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