Palavra do leitor
- 01 de setembro de 2017
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Hey Joe, onde é que você vai com essa arma aí na mão?
Uma reflexão sobre o tempo e os chatos.
Alguns dias atrás ouvi essa musica. Foi um daqueles momentos que ressuscitam antigas paixões na gente, momentos nostálgicos. Lembrei da minha adolescência, lembrei dos dias que acordava pilhado querendo mudar o mundo, lembrei que tocava guitarra e queria ser o melhor do mundo, lembrei que jogava bola e também queria ser o melhor do mundo, lembrei que queria um evangelho mais alegre e menos pesado. Lembrei que as barreiras entre o secular, sagrado e profano eram bem delimitados na minha vida e que não via (assim como não vejo) problema em ouvir musica secular e que muitas vezes usava dessas musicas seculares para evangelizar. E (pela misericórdia de Deus) ganhei alguns amigos assim.
Hoje um pouco mais maduro, com uma formação em teologia, caminhando para uma formação em psicologia, em processo de ser pai, pastoreando uma igreja de viés conservador como auxiliar do pastor presidente, depois de muitas crises, depois de encarar a vida adulta, o casamento, depois de encarar o ministério pastoral e ver jogado na minha cara que eu não tenho a receita magica do ministério e que aquilo que pensava não é nem de longe vivida na pratica do dia a dia, depois de perceber que não sou nem o guitarrista que era no passado, depois de chegar nos "trinta" querendo ficar nos "vinte" e perceber que a geração dos "vinte" de hoje se parece muito com a geração dos meus "quinze" e que amadurecer para essa garotada é quase um pecado e uma palavra muito feia, depois de chegar nesses depois e muitos outros que poderia citar percebo uma coisa: QUANDO FICAMOS MAIS VELHOS, FICAMOS MAIS CHATOS.
Seja porque vivemos coisas das quais nos arrependemos ou caminhos que não queríamos percorrer mas as circunstancias nos obrigaram a percorrê-las, seja pelos caminhos que deram certo e agora sabemos por "onde andar", seja por essas coisas ou quaisquer outras, precisamos ficar chatos.
A chatice é a marca que mostra que amadurecemos. Pense nos conselhos que seus pais ou pessoas mais velhas ou mais experientes nos davam e que desobedecemos e percebemos que se tivéssemos os ouvido, poderíamos estar em lugares melhores ou situações melhores (É claro que ouvimos conselhos ruins no meio do caminho, isso era inevitável)? Já parou para pensar nisso?
Pois é, a juventude é assim, enganosa. Ela fica nos falando que vamos viver bem e para sempre. Mentira.
Não podemos ser adolescentes a vida toda, nem jovens a vida toda. Pois eles precisam de pessoas mais velhas, mais chatas, mais adultas. Você precisa ser adulto (ô chato) para ficar falando o tempo todo, para ficar perguntando:
hey Joe
onde é que você vai
com essa arma aí na mão
hey Joe
esse não é o atalho
pra sair dessa condição
Eles precisam ouvir o que temos a dizer, porque é importante, por mais estranho que pareça ser, eles precisam ouvir e decidir escutar ou não. Eles precisam entender o que significa responsabilidade, por mais que eles tenham desculpas como o Joe (da canção do "O Rappa" e não do Jimmy) eles precisaram saber que os seus atos terão consequências e vão precisar ter coragem para vivê-los ou enfrentá-los, porque
Também morre quem atira...
Alguns dias atrás ouvi essa musica. Foi um daqueles momentos que ressuscitam antigas paixões na gente, momentos nostálgicos. Lembrei da minha adolescência, lembrei dos dias que acordava pilhado querendo mudar o mundo, lembrei que tocava guitarra e queria ser o melhor do mundo, lembrei que jogava bola e também queria ser o melhor do mundo, lembrei que queria um evangelho mais alegre e menos pesado. Lembrei que as barreiras entre o secular, sagrado e profano eram bem delimitados na minha vida e que não via (assim como não vejo) problema em ouvir musica secular e que muitas vezes usava dessas musicas seculares para evangelizar. E (pela misericórdia de Deus) ganhei alguns amigos assim.
Hoje um pouco mais maduro, com uma formação em teologia, caminhando para uma formação em psicologia, em processo de ser pai, pastoreando uma igreja de viés conservador como auxiliar do pastor presidente, depois de muitas crises, depois de encarar a vida adulta, o casamento, depois de encarar o ministério pastoral e ver jogado na minha cara que eu não tenho a receita magica do ministério e que aquilo que pensava não é nem de longe vivida na pratica do dia a dia, depois de perceber que não sou nem o guitarrista que era no passado, depois de chegar nos "trinta" querendo ficar nos "vinte" e perceber que a geração dos "vinte" de hoje se parece muito com a geração dos meus "quinze" e que amadurecer para essa garotada é quase um pecado e uma palavra muito feia, depois de chegar nesses depois e muitos outros que poderia citar percebo uma coisa: QUANDO FICAMOS MAIS VELHOS, FICAMOS MAIS CHATOS.
Seja porque vivemos coisas das quais nos arrependemos ou caminhos que não queríamos percorrer mas as circunstancias nos obrigaram a percorrê-las, seja pelos caminhos que deram certo e agora sabemos por "onde andar", seja por essas coisas ou quaisquer outras, precisamos ficar chatos.
A chatice é a marca que mostra que amadurecemos. Pense nos conselhos que seus pais ou pessoas mais velhas ou mais experientes nos davam e que desobedecemos e percebemos que se tivéssemos os ouvido, poderíamos estar em lugares melhores ou situações melhores (É claro que ouvimos conselhos ruins no meio do caminho, isso era inevitável)? Já parou para pensar nisso?
Pois é, a juventude é assim, enganosa. Ela fica nos falando que vamos viver bem e para sempre. Mentira.
Não podemos ser adolescentes a vida toda, nem jovens a vida toda. Pois eles precisam de pessoas mais velhas, mais chatas, mais adultas. Você precisa ser adulto (ô chato) para ficar falando o tempo todo, para ficar perguntando:
hey Joe
onde é que você vai
com essa arma aí na mão
hey Joe
esse não é o atalho
pra sair dessa condição
Eles precisam ouvir o que temos a dizer, porque é importante, por mais estranho que pareça ser, eles precisam ouvir e decidir escutar ou não. Eles precisam entender o que significa responsabilidade, por mais que eles tenham desculpas como o Joe (da canção do "O Rappa" e não do Jimmy) eles precisaram saber que os seus atos terão consequências e vão precisar ter coragem para vivê-los ou enfrentá-los, porque
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