Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Gratidão... uma resposta à graça!

Dias atrás vi um filme chamado o Conde de Monte Cristo. Vendo o filme, sem nenhuma pretensão reflexiva na tentativa de perceber algum significado por trás das imagens, dos relatos, ou seja, uma 'mensagem oculta', me impressionou, cativando ainda mais minha atenção, a declaração de um dos algozes da masmorra a cerca do padre. Não me preocuparei em descrever o filme em sua totalidade, mas somente o contexto imediato do momento da cena em particular que servirá como ponto de partida para minha reflexão. Esse tal padre estava preso há anos nesta masmorra por conta de se opor ao regime de Napoleão e por isso, foi perseguido e preso. Como disse, estava enclausurado há anos, sem ao menos ver a luz do sol, de modo que, a única possibilidade de contabilizar o tempo em que estava lá, eram as chicotadas que recebia sempre na data do primeiro dia em que foi preso. Tal padre foi injustiçado, maltratado e vivia em péssimas condições. Contudo, sempre que alguém deixava por debaixo da porta sua comida ele sempre agradecia. Todos os dias; todos os meses; todos os anos.

Assim, no dia de sua morte o algoz deixou sua comida na cela e esperando pelo agradecimento não o recebeu. Depois ele abriu a cela e viu que o padre estava morto. Foi quando esse guarda, responsável pela cela do padre disse para seu companheiro: foi a primeira vez em toda sua vida em que ele não agradeceu! A única vez em que o padre deixou de ser grato foi quando a maior fatalidade da existência (a morte) o privou disso. Parece simples, mas isso nos remete para um nível de reflexão da existência que ultrapassa o simplismo de nossas percepções sobre a vida e sobre a morte.

A vida carrega consigo mesma uma peculiaridade, a realidade de sua contingencialidade. Uma verdade que temos absolutamente como certa é a incerteza; a total ignorância a cerca do amanhã. Não sabemos o que chegará com o amanhã, tanto pode ser a catástrofe, seja ela de qual natureza for, como algo bom. A vida não esta presa a uma dinâmica cíclica de fatos, não podemos esperar somente ‘tais’ fatos. Não podemos dominá-la, não podemos afirmar o que será. Podemos ser acometidos por qualquer coisa. Desde que pecamos passamos a ter que conviver com a realidade da distancia relacional de Deus, desordem social e desequilíbrio ambiental. Por conta disso, a vida passou a ter este caráter ambivalente. Porém, o maior problema que tínhamos, Deus em Cristo resolveu por nós. Digo isso, porque a partir da realidade da cruz, nossa vida foi catapultada para outra e superior dimensão de significado.

Os nossos maiores questionamentos filosóficos sobre a vida, como: Quem sou eu?; Por que acontece o que acontece? Qual o significado da vida? De onde vim? Para onde vou? Não foram respondidos a partir de uma elaboração racional, lógica e filosófica, mas por um Fato, a Cruz. A cruz nos ressignifica existencialmente. É a partir desse fato-feito-nosso, do conhecimento que tenho, não somente informativo, mas experiencial do “por quê” de Jesus ter ido à cruz que a história ganha sentido e razão de ser para mim. A cruz, a Graça, muda minha ótica sobre todas as coisas. O que antes era uma condição cinzenta é agora transformada pela graça. A graça colore com cores vívidas nossa caminhada. E o que é mais precisamente esse colorido? É a realidade da graça em nós, fazendo-nos essencialmente gratos. Gratidão é aquilo que baliza nossas vidas, nossa caminhada, nossas relações. Gratidão, muito mais que sentimento é um estado de consciência. É um lugar-estado-postura de onde respondo tudo e todos a partir do modelo de Jesus.

A gratidão me salva do egocentrismo, posto que, sem a intervenção dEle estou perdido. De modo que, não posso me comportar com ninguém diferente da forma como Ele me tratou.

A gratidão me salva do individualismo, posto que, só posso ser alguém, sendo “com” alguém o quero ser. A gratidão me desintoxica da autoconfiança.

Gratidão é viver com graça, agir com graça e isso para com os outros. De maneira que, o que vive e age com graça agrada a Deus e o que recebe graça, agradece a Deus e ao outro que o agraciou, que é enriquecido pela gratidão do agraciado, assim o que se estabelece é o fluxo relacional proposto pelo Cristo cujo sangue foi derramado para veicular acesso contínuo e pleno dos homens para com Ele e dos homens uns para com os outros.

A gratidão me faz perceber minha limitação e me conduz a humildade.

A gratidão possibilita relacionamentos; encurta distâncias; perdoa sempre e liberta.

A graça nos educa para a maturidade, a gratidão é a evidência disso.

A gratidão só é possível pela graça, é a gratidão que embeleza e enobrece a vida.

Assim como, somente a fatalidade da morte pôde impedir o padre de exercer sua gratidão, que também seja assim conosco! Sermos gratos é nossa vocação e a mesma graça que nos vocaciona nos potencializa para a gratidão.
Paracambi - RJ
Textos publicados: 6 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.