Palavra do leitor
- 15 de novembro de 2011
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Gramática dos Sonhos
Eu só quero no futuro
Ter um pretérito perfeito,
Então, tento ser sujeito
De um presente santo e puro.
Antes que o Sol escureça
E que eu baixe a cabeça
Ante a presença da dor,
Quero sorrir e sonhar
E, sem rancor, desfrutar
De uma aurora de amor.
Não quero fazer da vida
Um futuro do pretérito,
Mas, ao partir, quero o mérito
De uma vida bem vivida.
Quando tremerem meus braços
E eu não puder dar abraços
Na musa dos sonhos meus,
Não quero ficar sem paz,
Mas quero olhar para trás
E dizer “graças a D-us”.
Não quero pôr reticências
No lugar de exclamações,
Nem pôr interrogações
No bojo das consciências.
Ao me espantar no caminho
E me deparar sozinho
Com o espelho de minha alma,
Não quero ser humilhado,
Quero estar embriagado
Com o doce néctar da calma.
Que as vírgulas da caminhada
Não pausem minha esperança
E eu prossiga em marcha mansa
Pelo rumo da alvorada,
Pra quando o som da canção
Não tocar meu coração
E faltar voz em minha boca,
Ao cessar toda cantiga,
Que a voz alheia não diga
Que minha alma era oca.
Antes que o verbo viver
Não se conjugue pra mim
E a massa pare pra ver
Da minha matéria o fim,
Desejo viver por fé,
Sabendo a vida o que é,
Trabalhando em justa messe,
Bordando no mundo a flor,
Lembrando do Criador
Que de mim jamais se esquece.
Quando findar minha guerra,
De D-us ouvirei a voz,
Que um ponto final na terra
Traz novo parágrafo após.
Depois que Cristo voltar
Eu hei de ir para o Lar
Ver as bodas do Senhor
E, entre um eco de glória,
Vou fazer eterna história
Junto do Eterno Autor.
Ter um pretérito perfeito,
Então, tento ser sujeito
De um presente santo e puro.
Antes que o Sol escureça
E que eu baixe a cabeça
Ante a presença da dor,
Quero sorrir e sonhar
E, sem rancor, desfrutar
De uma aurora de amor.
Não quero fazer da vida
Um futuro do pretérito,
Mas, ao partir, quero o mérito
De uma vida bem vivida.
Quando tremerem meus braços
E eu não puder dar abraços
Na musa dos sonhos meus,
Não quero ficar sem paz,
Mas quero olhar para trás
E dizer “graças a D-us”.
Não quero pôr reticências
No lugar de exclamações,
Nem pôr interrogações
No bojo das consciências.
Ao me espantar no caminho
E me deparar sozinho
Com o espelho de minha alma,
Não quero ser humilhado,
Quero estar embriagado
Com o doce néctar da calma.
Que as vírgulas da caminhada
Não pausem minha esperança
E eu prossiga em marcha mansa
Pelo rumo da alvorada,
Pra quando o som da canção
Não tocar meu coração
E faltar voz em minha boca,
Ao cessar toda cantiga,
Que a voz alheia não diga
Que minha alma era oca.
Antes que o verbo viver
Não se conjugue pra mim
E a massa pare pra ver
Da minha matéria o fim,
Desejo viver por fé,
Sabendo a vida o que é,
Trabalhando em justa messe,
Bordando no mundo a flor,
Lembrando do Criador
Que de mim jamais se esquece.
Quando findar minha guerra,
De D-us ouvirei a voz,
Que um ponto final na terra
Traz novo parágrafo após.
Depois que Cristo voltar
Eu hei de ir para o Lar
Ver as bodas do Senhor
E, entre um eco de glória,
Vou fazer eterna história
Junto do Eterno Autor.
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