Palavra do leitor
- 22 de julho de 2021
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Gostar e amar
Existe disparidade entre gostar e amar, entretanto para melhor entender a distinção, é oportuno parafrasear a observação feita por um sábio: "O gostar de uma flor, induz arrancá-la, entretanto o amor ensina regar a flor; todos os dias". Entender isso, é fundamental na jornada da vida.
Em dados momentos o perdão é "liberado" muito mais devido à falta do convívio simbiótico ter maior ressonância que a ofensa cometida. Neste caso, não há misericórdia, mas conveniência. Uma estratégia para reaver e usufruir aquilo que se gosta; e que se havia perdido, por ocasião do conflito.
Ademais, não raras vezes o gostar pode estar relacionado a parasitismo, dependência ou libidinosidade. Todavia, o amor é isento de interesse. Seu caráter é sofredor, benigno, abnegado e imortal, visto que tem origem em Deus.
Dizia Empédocles, o criador da teoria dos quatro elementos: "o amor aproxima, o ódio afasta". Visto por este viés, basta análise do grau de afastamento ou proximidade de determinada "coisa", contexto ou relativo a alguém, para ter-se ideia da proporção de amor ou aversão, pois dificilmente alguém escolhe afastar-se do "objeto" de seu amor.
Amar é mais que sentimento, é distinto do prazer; envolve, consciência, abnegação, decisão, fé, sacrifício em benefício de outrem, afinal, o amor é desprovido do interesse próprio. Não é para usufruto de si mesmo, mas para benefício de outrem; seu princípio consiste em auto doação. Segundo a Palavra de Deus, amor é mandamento; uma lei, Rm 13.8.
Amar é complexo e não depende de reciprocidade; é como disse alguém, "Algo não dominado, indomável e cortante; insubstituível". A Bíblia afirma que: "Deus amou o mundo de tal maneira que [deu] Seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna" João 3.16.
Jesus deu prova inda mais contundente sobre o tema quando disse: "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" João 15.13. Isso Ele demonstrou na cruz, morrendo inclusive pelos inimigos!
No contexto é oportuno lembrar que Jesus deu ênfase a dois mandamentos apenas, ambos estavam relacionados com amor – Um direcionado para o Deus Único, e outro aos seres imperfeitos; pecadores.
Disse Ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" Mt 22.37. A este mandamento Jesus acrescentou: "Amarás teu próximo como a ti mesmo" V-39. Destes dois mandamentos depende toda lei de Deus.
Importante observar que não há mandamento para amar a si mesmo. Isso na verdade está implícito, visto que todo ser humano ama a si, mais que ao semelhante. Percebendo isso, o Senhor recomendou que se fizesse o mesmo para com o próximo. Afinal, o próprio Senhor não morreu na cruz por amor de Si, mas pelos pecadores que tinham voltado as costas para Deus, e se tornado inimigos.
No decurso da vida há interatividade com inúmeras pessoas, algumas das quais muito se gosta, outras apenas toleráveis, e aquelas que se deseja permanecer à distância. Não obstante esta dificuldade permanece o mandamento de "amar" indistinta e incondicionalmente; como diz a conhecida estrofe: "sinônimo de amor é amar!"
Escrito está: "Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus" Mt 5.44. Uma segunda passagem enfatiza: "quem ama aos outros cumpriu a lei" Rm 13.8.
Na maioria das culturas, há distinção clara entre "gostar" e "amar". No contexto bíblico Deus não determinou que se "gostasse" do outro, mas sim que se amem recíproca e indistintamente!
Não seria sensato ponderar se de fato há amor na expressão "Eu te amo!", ou meramente o gostar atrelado às conveniências? O mesmo se aplica em relação a Deus. Afinal, gostar é humano e em dadas situações, interesseiro e doentio; amar é divino, puro, desprendido, incondicional. No primeiro caso diz respeito aos pródigos existenciais, no segundo devem estar os regenerados, ou renascidos; da água e do Espírito. João 3.3-5.
Não que gostar seja condenável, entretanto pode ser volúvel, casual ou acidental. Isso realça significativamente o contraste em relação ao amor, devido à superficialidade e artifício, afinal gostar pode estar relacionado à coisas, ao prazer, e interesses, ademais pode também ser efêmero, entretanto o amor é eterno imortal, desprovido de interesse.
Por fim, uma alegoria platônica pode ilustrar o contraste: "O amor [gostar] do corpo pelo corpo, morre com o corpo", este "amor" era acidental pois tinha como escopo a beleza fugaz; com a morte desta alçou ele seu voo para nunca mais; escafedeu-se, pois não estava fixo no que é eterno, mas naquilo que é transitório.
Por fim, o gostar pode estar no princípio do prazer, porém o amor tem como fundamento a realidade; um é transitório, o outro infinito. Um apanha a "flor", o outro rega diuturnamente.
Em dados momentos o perdão é "liberado" muito mais devido à falta do convívio simbiótico ter maior ressonância que a ofensa cometida. Neste caso, não há misericórdia, mas conveniência. Uma estratégia para reaver e usufruir aquilo que se gosta; e que se havia perdido, por ocasião do conflito.
Ademais, não raras vezes o gostar pode estar relacionado a parasitismo, dependência ou libidinosidade. Todavia, o amor é isento de interesse. Seu caráter é sofredor, benigno, abnegado e imortal, visto que tem origem em Deus.
Dizia Empédocles, o criador da teoria dos quatro elementos: "o amor aproxima, o ódio afasta". Visto por este viés, basta análise do grau de afastamento ou proximidade de determinada "coisa", contexto ou relativo a alguém, para ter-se ideia da proporção de amor ou aversão, pois dificilmente alguém escolhe afastar-se do "objeto" de seu amor.
Amar é mais que sentimento, é distinto do prazer; envolve, consciência, abnegação, decisão, fé, sacrifício em benefício de outrem, afinal, o amor é desprovido do interesse próprio. Não é para usufruto de si mesmo, mas para benefício de outrem; seu princípio consiste em auto doação. Segundo a Palavra de Deus, amor é mandamento; uma lei, Rm 13.8.
Amar é complexo e não depende de reciprocidade; é como disse alguém, "Algo não dominado, indomável e cortante; insubstituível". A Bíblia afirma que: "Deus amou o mundo de tal maneira que [deu] Seu Filho Unigênito, para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a Vida Eterna" João 3.16.
Jesus deu prova inda mais contundente sobre o tema quando disse: "Ninguém tem maior amor do que este, de dar alguém a sua vida pelos seus amigos" João 15.13. Isso Ele demonstrou na cruz, morrendo inclusive pelos inimigos!
No contexto é oportuno lembrar que Jesus deu ênfase a dois mandamentos apenas, ambos estavam relacionados com amor – Um direcionado para o Deus Único, e outro aos seres imperfeitos; pecadores.
Disse Ele: "Amarás o Senhor teu Deus de todo o teu coração, e de toda a tua alma, e de todo o teu pensamento" Mt 22.37. A este mandamento Jesus acrescentou: "Amarás teu próximo como a ti mesmo" V-39. Destes dois mandamentos depende toda lei de Deus.
Importante observar que não há mandamento para amar a si mesmo. Isso na verdade está implícito, visto que todo ser humano ama a si, mais que ao semelhante. Percebendo isso, o Senhor recomendou que se fizesse o mesmo para com o próximo. Afinal, o próprio Senhor não morreu na cruz por amor de Si, mas pelos pecadores que tinham voltado as costas para Deus, e se tornado inimigos.
No decurso da vida há interatividade com inúmeras pessoas, algumas das quais muito se gosta, outras apenas toleráveis, e aquelas que se deseja permanecer à distância. Não obstante esta dificuldade permanece o mandamento de "amar" indistinta e incondicionalmente; como diz a conhecida estrofe: "sinônimo de amor é amar!"
Escrito está: "Amai vossos inimigos, bendizei os que vos maldizem, fazei bem aos que vos odeiam, e orai pelos que vos maltratam e perseguem; para que sejais filhos do vosso Pai que está nos céus" Mt 5.44. Uma segunda passagem enfatiza: "quem ama aos outros cumpriu a lei" Rm 13.8.
Na maioria das culturas, há distinção clara entre "gostar" e "amar". No contexto bíblico Deus não determinou que se "gostasse" do outro, mas sim que se amem recíproca e indistintamente!
Não seria sensato ponderar se de fato há amor na expressão "Eu te amo!", ou meramente o gostar atrelado às conveniências? O mesmo se aplica em relação a Deus. Afinal, gostar é humano e em dadas situações, interesseiro e doentio; amar é divino, puro, desprendido, incondicional. No primeiro caso diz respeito aos pródigos existenciais, no segundo devem estar os regenerados, ou renascidos; da água e do Espírito. João 3.3-5.
Não que gostar seja condenável, entretanto pode ser volúvel, casual ou acidental. Isso realça significativamente o contraste em relação ao amor, devido à superficialidade e artifício, afinal gostar pode estar relacionado à coisas, ao prazer, e interesses, ademais pode também ser efêmero, entretanto o amor é eterno imortal, desprovido de interesse.
Por fim, uma alegoria platônica pode ilustrar o contraste: "O amor [gostar] do corpo pelo corpo, morre com o corpo", este "amor" era acidental pois tinha como escopo a beleza fugaz; com a morte desta alçou ele seu voo para nunca mais; escafedeu-se, pois não estava fixo no que é eterno, mas naquilo que é transitório.
Por fim, o gostar pode estar no princípio do prazer, porém o amor tem como fundamento a realidade; um é transitório, o outro infinito. Um apanha a "flor", o outro rega diuturnamente.
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