Gliese 581d

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Volta aos noticiários assunto que se refere à descoberta feita em 2007 pelo Centro Nacional de Pesquisas Científicas da França a respeito de um astro que ficou denominado Gliese 581d. Algumas de suas semelhanças com a Terra levaram os pesquisadores a considerá-lo como aquele que "poderia ser o primeiro planeta potencialmente habitável". Caso a possibilidade se torne realidade, Gliese 581d passará a ser alvo de uma futura visita do homem e também de sua exploração.

E aí? O que será deste 'novo' planeta ou o que ele virá a ser depois de uma possível chegada do homem? Repetiríamos nele erros semelhantes àqueles cometidos na Terra, quando, em nome do acúmulo de riquezas e do domínio de uma minoria fizemos com que civilizações inteiras fossem dissipadas e pessoas livres se tornassem escravas ou vítimas de holocaustos?

Para responder às perguntas acima é necessário analisar com honestidade a vida do homem na Terra até o presente momento. Nesse sentido, podemos dizer que, conquanto já tenha havido, como fruto do empreendimento humano, momentos e situações que mereçam nossa admiração, o homem, lamentavelmente, de um modo geral e ‘progressivo’, têm causado mais a destruição de si mesmo e do ambiente natural ao seu redor do que a promoção de seu desenvolvimento sustentável e saudável.

O pior disso tudo é que enquanto alguns demonstram não ter consciência do mal até aqui praticado, outros, por sua vez, mesmo tendo conhecimento do estado em que Terra se encontra, se mostram indiferentes com relação a ela, não vendo qualquer necessidade de arrependimento ou mudança no modo de pensar, viver e agir. Se esta situação perdurar, chegará um tempo em que o planeta Terra já não poderá ser chamado de ‘planeta verde’ e nem de ‘planeta água’, mas, possivelmente, de ‘planeta caos’.

Finalmente, será que ainda não aprendemos que quem não cuida bem de si mesmo, não está apto a cuidar de ninguém, e que quem não ama os de seu próprio habitat não serve para habitar em lugar algum? Não será melhor deixar em paz o planeta descoberto, pelo menos enquanto não aprendemos a arte de viver pacificamente e fraternalmente uns com os outros?

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Opinião do leitor