Palavra do leitor
- 14 de novembro de 2017
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Geleia contrapondo a iguaria do sectarismo e da verdade
"Nada é tão fácil de perceber quanto um preconceito que se pretende bem disfarçado". Frase de J.R.Guzzo utilizada em outro contexto, na sua coluna da revista Veja. Entretanto, como provocação, é plenamente aplicável a este artigo.
No meio cristão uma das "atividades" mais controversas é a camuflagem intolerante de todo e qualquer cisma. Lembrando que, por haver apenas um Cristo, todo o leque da cristandade é incluído na incompreensão de João 17 "...que todos sejam um..." (v.21).
Uma grande dissidência é ilustrada na figura de Adão, em pé, de frente à Arvore da Vida, cujo fruto jamais comeu. O homem divergiu-se do Criador, que mais tarde saiu à sua procura no jardim. Outro contundente cisma: A ruptura entre as tribos de Israel devido ao pecado grosseiro de Salomão, assimilado por Roboão, estendido na corrupção da monarquia, em rebeldia ao governo do Deus de Israel. Os profetas anunciaram o desterro como resultado da maligna divisão que rejeitou Jerusalém, estabelecida por Deus, como único lugar de adoração (1Rs 12:25-33).
Para os cristãos Cristo deveria ser o único lugar de adoração. Qualquer incrédulo, satanista ou ateu enxerga que desde Balaão (AT) e Diótrefes (NT) a pedra fundamental da apostasia é lembrada a cada dia. Se Cristo é suprimido por pessoas, ritos ou obras, as doutrinas de Balaão (Ap 2:14), de Diótrefes (3 Jo 9) e, de quebra, o princípio de Jezabel (Ap 2:20), são assimiladas e disseminadas na pratica religiosa do cristianismo.
Alguém desdenharia: que texto "geleia". Mas, aquele que conhece o próprio coração (Jr 17:9) passa a buscar a orientação de Efésios 1:17, e toma as figuras do Antigo Testamento, traduzindo-as na realidade do Novo Testamento. Assim como a Arvore da Vida não é vegetal, e sim, espiritual, Jesus não derrubaria o templo em três dias (seria destruído por Tito mais adiante); o templo a que se referia é o seu corpo espiritual, o qual, na ressurreição e ascensão, é percebido como a Igreja (Ef 1:22,23). Somos aquilo que espiritualmente comemos. Para alguns, a geleia é saborosa; para outros, é melhor se fartar de fermento e jactar-se no preconceito disfarçado de sabedoria ou conhecimento.
Alguém, em sã consciência (Tt 1:15), diria que o "Filho do Homem" visto por Ezequiel não é o Deus encarnado? Ignoraria, também, que as promessas de restauração do único lugar de adoração não seriam para o "remanescente"? O Israel natural voltou à sua unidade (assumida pelo remanescente) a partir de um decreto do Rei Ciro e, novamente, nos idos de 1948, através de uma resolução da ONU. Mas, espiritualmente falando, o remanescente judeu se voltará para Cristo, a verdadeira Boa Terra, que a Igreja (O Novo Homem, a Raça Eleita, Nação Santa) já desfruta há dois mil anos.
A Bíblia é um livro espiritual. Se para alguns ela é a fonte de toda divisão, para outros continua sendo a Palavra de Deus, que afirma: o templo de Ezequiel é o Corpo de Cristo, que resultará (com as bodas do Cordeiro) na Nova Jerusalém. A Jerusalém do Israel natural, obviamente não é a espiritual, da qual cada cristão faz parte (Hb 11: 10,16; 12:22). Embora haja profecias para o Israel natural se cumprindo até o final da era da Graça.
Aquilo que Abraão esperou, o apóstolo Paulo revelou em Gl 3:14. Deus é Espirito e compartilha Cristo como vida, através do anelo do Pai da Fé. Tal desejo é substantificado a partir da ressurreição e ascensão de Jesus, e habita no espirito do homem; prefigurado na promessa a Abraão, foi reafirmado na promessa de João 14 e cumprido em João 20:22. Outro fato concreto, não proclamado (convenientemente) na cristandade. Eis porque a citação do Guzzo, jornalista que citou o Brasil hipócrita, adverso ao "evangélico"; e com este, protestantes históricos, originais, virtuais...
Voltando ao "remanescente", sobre ele há preciosas porções a partir de Mateus. Os muitos chamados resultam nos poucos escolhidos. Aqui, entra a figura da cruz que, espiritualmente, tem os evangelhos e epístolas traduzindo Deuteronômio 21:22,23. Uma figura belíssima está no templo de Ezequiel: "O Altar como centro do complexo do templo, o complexo do Templo o centro de Jerusalém; Jerusalém o centro da Boa Terra, a Boa Terra centro da terra habitada". Todas as entradas do Templo levam ao Altar, que é o centro do universo. Para se chegar a Deus é necessário ser consumido, substituído por Cristo, o Altar. Negar o ego, tomar a cruz e seguir o Filho do Homem, como Paulo: "...não mais eu, mas, Cristo..."
O termo "espiritual" refere-se ao homem tripartido (1Ts 5:23), amplamente difundido nas epístolas paulinas. Espiritual é o cristão que tem discernimento pela Palavra (Hb 4:12), age a partir do seu espirito, que contém O Espirito do Senhor (1Co 6:19; Rm 8:16; 2Tm 4:22) para que Cristo, a Vida Eterna, salve nossa alma (Hb 10:39). Esta, que ainda terá o espinho da Velha Natureza encravado, para que não aja independente do espírito e dependa de Cristo como Graça (2 Co 12:9). Isto é cruz. Viram? É tudo espiritual, adjetivo para espirito.
Com esta compreensão do que é a cruz em nossa experiência, é constrangedor ser preconceituoso ou intolerante, pois só há um Cristo e um corpo, que é formado por muitos membros; membros uns dos outros. O preconceito, em qualquer sentido, não é uma chaga moral; é uma chaga espiritual. Milhões não sabem que o espirito humano existe para contatar Deus, que é Espírito e deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento de Jesus, a Verdade (1Tm 2:4; Jo 14:6; 1Tm 3:15). Todavia, é mais cômodo considerar tudo como geleia e seguir com o sectarismo.
No meio cristão uma das "atividades" mais controversas é a camuflagem intolerante de todo e qualquer cisma. Lembrando que, por haver apenas um Cristo, todo o leque da cristandade é incluído na incompreensão de João 17 "...que todos sejam um..." (v.21).
Uma grande dissidência é ilustrada na figura de Adão, em pé, de frente à Arvore da Vida, cujo fruto jamais comeu. O homem divergiu-se do Criador, que mais tarde saiu à sua procura no jardim. Outro contundente cisma: A ruptura entre as tribos de Israel devido ao pecado grosseiro de Salomão, assimilado por Roboão, estendido na corrupção da monarquia, em rebeldia ao governo do Deus de Israel. Os profetas anunciaram o desterro como resultado da maligna divisão que rejeitou Jerusalém, estabelecida por Deus, como único lugar de adoração (1Rs 12:25-33).
Para os cristãos Cristo deveria ser o único lugar de adoração. Qualquer incrédulo, satanista ou ateu enxerga que desde Balaão (AT) e Diótrefes (NT) a pedra fundamental da apostasia é lembrada a cada dia. Se Cristo é suprimido por pessoas, ritos ou obras, as doutrinas de Balaão (Ap 2:14), de Diótrefes (3 Jo 9) e, de quebra, o princípio de Jezabel (Ap 2:20), são assimiladas e disseminadas na pratica religiosa do cristianismo.
Alguém desdenharia: que texto "geleia". Mas, aquele que conhece o próprio coração (Jr 17:9) passa a buscar a orientação de Efésios 1:17, e toma as figuras do Antigo Testamento, traduzindo-as na realidade do Novo Testamento. Assim como a Arvore da Vida não é vegetal, e sim, espiritual, Jesus não derrubaria o templo em três dias (seria destruído por Tito mais adiante); o templo a que se referia é o seu corpo espiritual, o qual, na ressurreição e ascensão, é percebido como a Igreja (Ef 1:22,23). Somos aquilo que espiritualmente comemos. Para alguns, a geleia é saborosa; para outros, é melhor se fartar de fermento e jactar-se no preconceito disfarçado de sabedoria ou conhecimento.
Alguém, em sã consciência (Tt 1:15), diria que o "Filho do Homem" visto por Ezequiel não é o Deus encarnado? Ignoraria, também, que as promessas de restauração do único lugar de adoração não seriam para o "remanescente"? O Israel natural voltou à sua unidade (assumida pelo remanescente) a partir de um decreto do Rei Ciro e, novamente, nos idos de 1948, através de uma resolução da ONU. Mas, espiritualmente falando, o remanescente judeu se voltará para Cristo, a verdadeira Boa Terra, que a Igreja (O Novo Homem, a Raça Eleita, Nação Santa) já desfruta há dois mil anos.
A Bíblia é um livro espiritual. Se para alguns ela é a fonte de toda divisão, para outros continua sendo a Palavra de Deus, que afirma: o templo de Ezequiel é o Corpo de Cristo, que resultará (com as bodas do Cordeiro) na Nova Jerusalém. A Jerusalém do Israel natural, obviamente não é a espiritual, da qual cada cristão faz parte (Hb 11: 10,16; 12:22). Embora haja profecias para o Israel natural se cumprindo até o final da era da Graça.
Aquilo que Abraão esperou, o apóstolo Paulo revelou em Gl 3:14. Deus é Espirito e compartilha Cristo como vida, através do anelo do Pai da Fé. Tal desejo é substantificado a partir da ressurreição e ascensão de Jesus, e habita no espirito do homem; prefigurado na promessa a Abraão, foi reafirmado na promessa de João 14 e cumprido em João 20:22. Outro fato concreto, não proclamado (convenientemente) na cristandade. Eis porque a citação do Guzzo, jornalista que citou o Brasil hipócrita, adverso ao "evangélico"; e com este, protestantes históricos, originais, virtuais...
Voltando ao "remanescente", sobre ele há preciosas porções a partir de Mateus. Os muitos chamados resultam nos poucos escolhidos. Aqui, entra a figura da cruz que, espiritualmente, tem os evangelhos e epístolas traduzindo Deuteronômio 21:22,23. Uma figura belíssima está no templo de Ezequiel: "O Altar como centro do complexo do templo, o complexo do Templo o centro de Jerusalém; Jerusalém o centro da Boa Terra, a Boa Terra centro da terra habitada". Todas as entradas do Templo levam ao Altar, que é o centro do universo. Para se chegar a Deus é necessário ser consumido, substituído por Cristo, o Altar. Negar o ego, tomar a cruz e seguir o Filho do Homem, como Paulo: "...não mais eu, mas, Cristo..."
O termo "espiritual" refere-se ao homem tripartido (1Ts 5:23), amplamente difundido nas epístolas paulinas. Espiritual é o cristão que tem discernimento pela Palavra (Hb 4:12), age a partir do seu espirito, que contém O Espirito do Senhor (1Co 6:19; Rm 8:16; 2Tm 4:22) para que Cristo, a Vida Eterna, salve nossa alma (Hb 10:39). Esta, que ainda terá o espinho da Velha Natureza encravado, para que não aja independente do espírito e dependa de Cristo como Graça (2 Co 12:9). Isto é cruz. Viram? É tudo espiritual, adjetivo para espirito.
Com esta compreensão do que é a cruz em nossa experiência, é constrangedor ser preconceituoso ou intolerante, pois só há um Cristo e um corpo, que é formado por muitos membros; membros uns dos outros. O preconceito, em qualquer sentido, não é uma chaga moral; é uma chaga espiritual. Milhões não sabem que o espirito humano existe para contatar Deus, que é Espírito e deseja que todos sejam salvos e cheguem ao pleno conhecimento de Jesus, a Verdade (1Tm 2:4; Jo 14:6; 1Tm 3:15). Todavia, é mais cômodo considerar tudo como geleia e seguir com o sectarismo.
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