Palavra do leitor
- 10 de dezembro de 2014
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Formas de promoção humana: promover pela transformação da sociedade
As três formas anteriores de promoção humana, a compaixão, o ensino e o estar comprometido com, não fazem uma pergunta: por que existem necessitados? Alguns, talvez até de forma não muito honesta, tiram a frase de Jesus do contexto e explicam que "os pobres sempre tereis convosco" - é como dizer, faz parte da natureza das coisas haver necessitados e não necessitados.
Mas uma observação mais detalhada de como funciona nossa sociedade mostra que há relações sociais injustas. Uma simples de ser percebida: os brasileiros de origem negra são, em sua maioria, a parcela da população de menor poder aquisitivo porque seus antepassados não escolheram vir ao Brasil: foram sequestrados e, se sobreviveram, vendidos como escravos. E após a abolição dessa instituição infame, não havia lugar para o ex-escravo trabalhar, pois a mão de obra imigrante havia chegado. E quem os educou ou lhes deu emprego, ou terra?
As relações sociais injustas permanecem por razões complexas, inclusive pela incapacidade dos envolvidos, sejam oprimidos, sejam opressores, de se enxergarem nestes papeis.
A capacidade de oprimir é grande. Oprime-se quando se impede o acesso à justiça (e se a gratuita for pequena frente à demanda, paciência...), quando as forças públicas deixam a legalidade nas suas ações (quantos Amarildos vai haver?), quando o emprego somente é pensado enquanto gerador de lucro e não de vida, quando grupos de comunicação não são isentos em sua atividade e servem como agentes de propaganda do partido político no poder (sendo remunerados pela divulgação da propaganda oficial), quando pesquisas médicas são realizadas em seres humanos sem seguir a legislação que os protege... Consegue pensar em outras opções?
Os criativos são aqueles que se propõe a imaginar formas de sair da situação engessada rumo a uma sociedade mais justa. Para tal, avaliam, em conjunto com os oprimidos, e aprendendo com eles, qual é a realidade vivenciada por eles. A partir daí, analisam, em conjunto, de forma crítica, esta realidade e partem, baseados na justiça, para a participação solidária e reivindicatória, pressionando as estruturas injustas rumo às mudanças necessárias. Os criativos não tomam à frente, mas estimulam, apoiam e lutam junto
Mas uma observação mais detalhada de como funciona nossa sociedade mostra que há relações sociais injustas. Uma simples de ser percebida: os brasileiros de origem negra são, em sua maioria, a parcela da população de menor poder aquisitivo porque seus antepassados não escolheram vir ao Brasil: foram sequestrados e, se sobreviveram, vendidos como escravos. E após a abolição dessa instituição infame, não havia lugar para o ex-escravo trabalhar, pois a mão de obra imigrante havia chegado. E quem os educou ou lhes deu emprego, ou terra?
As relações sociais injustas permanecem por razões complexas, inclusive pela incapacidade dos envolvidos, sejam oprimidos, sejam opressores, de se enxergarem nestes papeis.
A capacidade de oprimir é grande. Oprime-se quando se impede o acesso à justiça (e se a gratuita for pequena frente à demanda, paciência...), quando as forças públicas deixam a legalidade nas suas ações (quantos Amarildos vai haver?), quando o emprego somente é pensado enquanto gerador de lucro e não de vida, quando grupos de comunicação não são isentos em sua atividade e servem como agentes de propaganda do partido político no poder (sendo remunerados pela divulgação da propaganda oficial), quando pesquisas médicas são realizadas em seres humanos sem seguir a legislação que os protege... Consegue pensar em outras opções?
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