Palavra do leitor
- 24 de novembro de 2010
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Fora das portas
Em outra oportunidade, já comentamos um fato que presenciamos, após o culto dominical em uma comunidade cristã, quando o pastor ao despedir os seus paroquianos dizia: "bom culto!"
Podia parecer estranha essa palavra, tendo em vista que o culto acabara de ser prestado a Deus e os fieis estavam saindo para suas casas, para seu restante de domingo, de descanso, para iniciarem, na segunda-feira, uma nova semana de trabalho, e de estudos para os jovens e crianças.
Isso nos fez lembrar de um texto devocional [Boa Semente] que havíamos lido, no qual o seu autor, não identificado, dizia: "… Quem é Jesus Cristo? Para muitas pessoas, essa questão no máximo pertence ao ambiente eclesiástico. Com base nessa opinião, se pretende manter o Filho de Deus dentro dos muros dos templos e edifícios religiosos."
Era exatamente essa situação que o referido pastor procurava, de uma maneira bem natural, mostrar aos membros de sua comunidade que o culto cristão, a vida cristã, o reconhecimento e recebimento de Jesus Cristo em suas vidas não poderia se limitar a duas horas dominicais.
Ao responder à pergunta citada “Quem é Jesus Cristo”, o discípulo Pedro disse a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16. 16), e foi essa a resposta que o próprio autor da frase acima citada, de uma maneira diferente, mencionou em seu texto devocional. E aí ele complementa que Jesus não pode ficar restrito a uma presença no templo [ambiente eclesiástico], quiçá, acrescentamos, limitado a duas horas semanais!
Fomos comissionados por Jesus, depois do “vinde”, ao “ide” [indo], e essa é uma missão difícil de ser discernida pelos cristãos. Jesus disse: “vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt 11. 28); esse convite ninguém esquece, e é o que mais fazemos em nossa vida: ir a Jesus quando temos dificuldades, quando temos dissabores, quando temos problemas, quando temos sofrimentos quer sejam físicos, quer sejam emocionais.
Alguém já disse que se Deus fosse atender todos os pedidos que lhe são feitos este mundo seria um caos; pois um quer chuva, outro sol; um quer calor, outro frio; um quer riqueza, mas não trabalho. Vivemos em um mundo de conveniências, e queremos moldar Deus aos nossos desejos, aos nossos deleites, e Ele nos diz: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).
Mas, voltemos ao ponto inicial, sim ao “ide” [indo] que Jesus nos determinou, e é exatamente isso que aquele pastor estava se referindo ao despedir as pessoas, na saída do templo, com a expressão “bom culto”, ou seja, o culto se inicia no momento em que colocamos os pés fora da porta do templo e caminhamos em direção a uma semana de trabalho, a uma semana de estudos, ou a uma semana de lazer [para os mais aquinhoados], quando devemos estar “ensinando” (Mt 28. 19); “pregando” (Mc 16. 15); “testemunhando” (At 1. 8), vivendo a Palavra de Deus.
O culto na igreja [instituição] é para que a Igreja [Corpo de Cristo] seja edificada, receba o alimento espiritual para o seu crescimento em Cristo, receba o “combustível”, a unção do Espírito Santo para que, fora das portas, durante a semana, até que chegue o outro domingo, possa cultuar a Deus diariamente, em todos os momentos, quer esteja ou não exercendo uma atividade simultânea.
E esse culto permanente inclui estar compartilhando com o próximo, quer seja por palavra, quer seja por escrito, quer seja por testemunho de vida reta diante de Deus e do mundo, o Evangelho [boas novas] de Jesus, que “veio ao mundo para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3. 16).
Ao transmitirmos a Palavra de Deus a quem não a conhece, temos que ter em mente, em oração, pelo menos três coisas, que o nosso interlocutor terá que fazer, convencido pelo Espírito Santo de Deus [não por nós, que somos apenas instrumentos nas mãos de Deus, que nos capacita para isso]: arrepender-se de seus pecados; receber a Cristo no coração (Jo 1. 12) confessando-o como seu único e suficiente Senhor e Salvador (Rm 10. 9), que é a conversão; e buscar a santificação, que é o crescimento espiritual maduro e sincero, embora possa ser lento e gradual.
Então essa nossa missão, esse nosso ministério, que é de todos os cristãos, é uma prática de vida cristã ininterrupta, sincera e, sobretudo, por amor a Deus e ao próximo (I Jo 3. 16): “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”. Claro está que isso não é para ser feito apenas entre quatro paredes, em apenas um determinado momento, mas é para ser feito fora das portas do templo, a todo o tempo, motivo pelo qual sempre esclarecemos que não é “ide”, mas “indo”.
Peçamos todos nós a Deus capacitação [a ordem do “ide” caminha junto com a promessa do poder do Espírito – Élben César], discernimento da Palavra, unção do Espírito, para falarmos em seu nome, como embaixadores de Cristo (II Co 5. 20).
Podia parecer estranha essa palavra, tendo em vista que o culto acabara de ser prestado a Deus e os fieis estavam saindo para suas casas, para seu restante de domingo, de descanso, para iniciarem, na segunda-feira, uma nova semana de trabalho, e de estudos para os jovens e crianças.
Isso nos fez lembrar de um texto devocional [Boa Semente] que havíamos lido, no qual o seu autor, não identificado, dizia: "… Quem é Jesus Cristo? Para muitas pessoas, essa questão no máximo pertence ao ambiente eclesiástico. Com base nessa opinião, se pretende manter o Filho de Deus dentro dos muros dos templos e edifícios religiosos."
Era exatamente essa situação que o referido pastor procurava, de uma maneira bem natural, mostrar aos membros de sua comunidade que o culto cristão, a vida cristã, o reconhecimento e recebimento de Jesus Cristo em suas vidas não poderia se limitar a duas horas dominicais.
Ao responder à pergunta citada “Quem é Jesus Cristo”, o discípulo Pedro disse a Jesus: “Tu és o Cristo, o Filho do Deus vivo” (Mt 16. 16), e foi essa a resposta que o próprio autor da frase acima citada, de uma maneira diferente, mencionou em seu texto devocional. E aí ele complementa que Jesus não pode ficar restrito a uma presença no templo [ambiente eclesiástico], quiçá, acrescentamos, limitado a duas horas semanais!
Fomos comissionados por Jesus, depois do “vinde”, ao “ide” [indo], e essa é uma missão difícil de ser discernida pelos cristãos. Jesus disse: “vinde a mim todos vós que estais cansados e sobrecarregados e eu vos aliviarei” (Mt 11. 28); esse convite ninguém esquece, e é o que mais fazemos em nossa vida: ir a Jesus quando temos dificuldades, quando temos dissabores, quando temos problemas, quando temos sofrimentos quer sejam físicos, quer sejam emocionais.
Alguém já disse que se Deus fosse atender todos os pedidos que lhe são feitos este mundo seria um caos; pois um quer chuva, outro sol; um quer calor, outro frio; um quer riqueza, mas não trabalho. Vivemos em um mundo de conveniências, e queremos moldar Deus aos nossos desejos, aos nossos deleites, e Ele nos diz: “pedis e não recebeis, porque pedis mal, para esbanjardes em vossos prazeres” (Tg 4.3).
Mas, voltemos ao ponto inicial, sim ao “ide” [indo] que Jesus nos determinou, e é exatamente isso que aquele pastor estava se referindo ao despedir as pessoas, na saída do templo, com a expressão “bom culto”, ou seja, o culto se inicia no momento em que colocamos os pés fora da porta do templo e caminhamos em direção a uma semana de trabalho, a uma semana de estudos, ou a uma semana de lazer [para os mais aquinhoados], quando devemos estar “ensinando” (Mt 28. 19); “pregando” (Mc 16. 15); “testemunhando” (At 1. 8), vivendo a Palavra de Deus.
O culto na igreja [instituição] é para que a Igreja [Corpo de Cristo] seja edificada, receba o alimento espiritual para o seu crescimento em Cristo, receba o “combustível”, a unção do Espírito Santo para que, fora das portas, durante a semana, até que chegue o outro domingo, possa cultuar a Deus diariamente, em todos os momentos, quer esteja ou não exercendo uma atividade simultânea.
E esse culto permanente inclui estar compartilhando com o próximo, quer seja por palavra, quer seja por escrito, quer seja por testemunho de vida reta diante de Deus e do mundo, o Evangelho [boas novas] de Jesus, que “veio ao mundo para que todo o que nele crê não pereça, mas tenha a vida eterna” (Jo 3. 16).
Ao transmitirmos a Palavra de Deus a quem não a conhece, temos que ter em mente, em oração, pelo menos três coisas, que o nosso interlocutor terá que fazer, convencido pelo Espírito Santo de Deus [não por nós, que somos apenas instrumentos nas mãos de Deus, que nos capacita para isso]: arrepender-se de seus pecados; receber a Cristo no coração (Jo 1. 12) confessando-o como seu único e suficiente Senhor e Salvador (Rm 10. 9), que é a conversão; e buscar a santificação, que é o crescimento espiritual maduro e sincero, embora possa ser lento e gradual.
Então essa nossa missão, esse nosso ministério, que é de todos os cristãos, é uma prática de vida cristã ininterrupta, sincera e, sobretudo, por amor a Deus e ao próximo (I Jo 3. 16): “Nisto conhecemos o amor: que Cristo deu a sua vida por nós; e devemos dar nossa vida pelos irmãos”. Claro está que isso não é para ser feito apenas entre quatro paredes, em apenas um determinado momento, mas é para ser feito fora das portas do templo, a todo o tempo, motivo pelo qual sempre esclarecemos que não é “ide”, mas “indo”.
Peçamos todos nós a Deus capacitação [a ordem do “ide” caminha junto com a promessa do poder do Espírito – Élben César], discernimento da Palavra, unção do Espírito, para falarmos em seu nome, como embaixadores de Cristo (II Co 5. 20).
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