Palavra do leitor
- 31 de outubro de 2011
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Fomos reaceitos, isso é bom!
Fomos reaceitos, isso é bom!
Falar do amor pode ser visto como mexer num vespeiro de interpretações. É bem verdade, muito embora a literatura forneça um acervo de formas de concebê – lo, indiscutivelmente, esbarramos na sua veracidade. Para muitos, representa uma panacéia, uma distração a efeito de sedar espíritos desprovidos da capacidade de enfrentar a sina de cada ser humano, ou seja, da transitoriedade. Mesmo assim, o amor simboliza um tema assaz apreciado e discutido. Seja nos palcos acadêmicos, seja nas conversas do dia – a – dia.
Sem titubear, a cultura grega nos congratulou com as vertentes do amor Eros, Philia e Ágape. Não para por aqui, a psicanálise de Freud trouxe a balia suas posturas e definições sobre esse arisco tabuleiro de xadrez. Negar seria uma temeridade, o teatro com seus dramas e comédias, a pintura com suas nuances, a escultura com suas múltiplas formas, a literatura em toda a sua extensão e pluralidade trilham pelos caminhos do amor.
Agora, ao abrirmos as páginas da história da humanidade, encontramos povos subjugados por caudilhos ditatoriais bélicos (caso dos episódios facínoras e inaceitáveis vivenciados pelos judeus, pelos ciganos, pelos tidos opositores do regime nazista, submetidos a extermínios massivos nas câmaras de gás). Vamos adiante, as culturas indígenas expressamente dizimadas pelos colonizadores europeus, na América Latina, por exemplo. Damos mais alguns passos e, mormente todo o avanço conquistado pelo homem no campo científico e tecnológico, a intolerância tisna com laivos aterradores inocentes.
Ora, sem qualquer sensacionalismo, os atentados terroristas, como ocorrido na Noruega, devem ser lembrados para nos incomodar. Deveras, os mosaicos de um mundo desordenado, de economias falidas, de ideologias separatistas e xenofóbicas fluem intensamente no vetusto continente europeu.
Enquanto isso, antigos coadjuvantes aspiram vorazmente pertencer a uma realidade orquestrada e plasmada pela cultura do individualismo e da coisificação do próximo, da vida e de si mesmo. Pouco importa se há ainda contingentes colossais de excluídos de pão, de água, de justiça, de paz e de dignidade. Afinal de contas, nada posso, ou podemos proporcionar de alterações, semelhante ao adágio popular – ‘’uma andorinha só, não faz verão’’.
De tudo, nos últimos tempos, debrucei – me na incontestável e peremptória questão sobre o sentido de ser cristão. Melhor dito, de decidir por andar pelas pegadas de uma figura emblemática, enigmática, despida das amarras das manipulações, de ser um eco esbravejador a fim de não submeter o próximo as gaiolas ideológicas, de ser um aceno em direção ao mais profundo e expressivo milagre (ou seja, tornar – nos livres, munidos de uma coragem para recomeçar, de uma vocação para discernir as diferenças e as idiossincrasias do semelhante).
Devo atestar, o texto de I Coríntios 13. 13 evoca a resposta de Cristo pela reaceitação. Diga – se de passagem, eqüidistante de barganhas e cartilhas de exigências. Opostamente, o vinde a mi, todos os que estais cansados e oprimidos e vos aliviarei. Sim e sim, aliviar – nos de um macabro e tortuoso efeito estabelecido pela religiosidade, seja mística e ou secular.
Em outras palavras, deter – me – ei no hemisfério eclesiástico e observo, notoriamente e nitidamente, um estigma lançado sobre as pessoas no tocante a fazer com que permanecem numa relação sôfrega e sem a condição de voltar a abrir os olhos para a vida. Lamentavelmente, aceitamos a Cristo e pronto, embrenha – nos numa espécie de intermináveis provas e comprovações. Nessa trajetória, carregamos os fardos do passado, de uma história de erros como demonstração de sermos gratos pela salvação. Destarte nos esquecermos de que as senzalas sucumbiram, diante do Pai, tudo está consumado.
Aliás, as senzalas de uma dimensão familiar envolta de traumas e violações, de uma dimensão de experiências fincadoras de estacas de culpa e condenação. Eis o martírio de muitos, dentro da seara evangélica, em função de se remoerem por não lograrem os paradigmas de uma pretensa identidade e proximidade com a Graça. Indo a simplicidade de Cristo, somos confrontados com a proposta de aceitarmos a reaceitação.
Cabe salientar, a reaceitação apresenta um papel em branco, uma tinta e uma pena, um amigo e um dicionário de situações a serem enfrentadas. Quiçá, torna – se de bom parecer resgatarmos a liberdade da Graça participante das agruras, das vicissitudes, das tensões, das ambigüidades e, enfim, da contextualidade concreta da vida.
O presente século impregnado pelo relativismo, cauterizado por uma perda da transcendência e da espiritualidade, acorrentado, cada vez mais, a uma vida de labirintos (em virtude de as pessoas abdicarem e mandarem o diálogo e ouvir para o ostracismo) carece de um discurso prático e efetivo da reaceitação, ou seja, do amor incondicional conquistado por meio de Cristo.
Falar do amor pode ser visto como mexer num vespeiro de interpretações. É bem verdade, muito embora a literatura forneça um acervo de formas de concebê – lo, indiscutivelmente, esbarramos na sua veracidade. Para muitos, representa uma panacéia, uma distração a efeito de sedar espíritos desprovidos da capacidade de enfrentar a sina de cada ser humano, ou seja, da transitoriedade. Mesmo assim, o amor simboliza um tema assaz apreciado e discutido. Seja nos palcos acadêmicos, seja nas conversas do dia – a – dia.
Sem titubear, a cultura grega nos congratulou com as vertentes do amor Eros, Philia e Ágape. Não para por aqui, a psicanálise de Freud trouxe a balia suas posturas e definições sobre esse arisco tabuleiro de xadrez. Negar seria uma temeridade, o teatro com seus dramas e comédias, a pintura com suas nuances, a escultura com suas múltiplas formas, a literatura em toda a sua extensão e pluralidade trilham pelos caminhos do amor.
Agora, ao abrirmos as páginas da história da humanidade, encontramos povos subjugados por caudilhos ditatoriais bélicos (caso dos episódios facínoras e inaceitáveis vivenciados pelos judeus, pelos ciganos, pelos tidos opositores do regime nazista, submetidos a extermínios massivos nas câmaras de gás). Vamos adiante, as culturas indígenas expressamente dizimadas pelos colonizadores europeus, na América Latina, por exemplo. Damos mais alguns passos e, mormente todo o avanço conquistado pelo homem no campo científico e tecnológico, a intolerância tisna com laivos aterradores inocentes.
Ora, sem qualquer sensacionalismo, os atentados terroristas, como ocorrido na Noruega, devem ser lembrados para nos incomodar. Deveras, os mosaicos de um mundo desordenado, de economias falidas, de ideologias separatistas e xenofóbicas fluem intensamente no vetusto continente europeu.
Enquanto isso, antigos coadjuvantes aspiram vorazmente pertencer a uma realidade orquestrada e plasmada pela cultura do individualismo e da coisificação do próximo, da vida e de si mesmo. Pouco importa se há ainda contingentes colossais de excluídos de pão, de água, de justiça, de paz e de dignidade. Afinal de contas, nada posso, ou podemos proporcionar de alterações, semelhante ao adágio popular – ‘’uma andorinha só, não faz verão’’.
De tudo, nos últimos tempos, debrucei – me na incontestável e peremptória questão sobre o sentido de ser cristão. Melhor dito, de decidir por andar pelas pegadas de uma figura emblemática, enigmática, despida das amarras das manipulações, de ser um eco esbravejador a fim de não submeter o próximo as gaiolas ideológicas, de ser um aceno em direção ao mais profundo e expressivo milagre (ou seja, tornar – nos livres, munidos de uma coragem para recomeçar, de uma vocação para discernir as diferenças e as idiossincrasias do semelhante).
Devo atestar, o texto de I Coríntios 13. 13 evoca a resposta de Cristo pela reaceitação. Diga – se de passagem, eqüidistante de barganhas e cartilhas de exigências. Opostamente, o vinde a mi, todos os que estais cansados e oprimidos e vos aliviarei. Sim e sim, aliviar – nos de um macabro e tortuoso efeito estabelecido pela religiosidade, seja mística e ou secular.
Em outras palavras, deter – me – ei no hemisfério eclesiástico e observo, notoriamente e nitidamente, um estigma lançado sobre as pessoas no tocante a fazer com que permanecem numa relação sôfrega e sem a condição de voltar a abrir os olhos para a vida. Lamentavelmente, aceitamos a Cristo e pronto, embrenha – nos numa espécie de intermináveis provas e comprovações. Nessa trajetória, carregamos os fardos do passado, de uma história de erros como demonstração de sermos gratos pela salvação. Destarte nos esquecermos de que as senzalas sucumbiram, diante do Pai, tudo está consumado.
Aliás, as senzalas de uma dimensão familiar envolta de traumas e violações, de uma dimensão de experiências fincadoras de estacas de culpa e condenação. Eis o martírio de muitos, dentro da seara evangélica, em função de se remoerem por não lograrem os paradigmas de uma pretensa identidade e proximidade com a Graça. Indo a simplicidade de Cristo, somos confrontados com a proposta de aceitarmos a reaceitação.
Cabe salientar, a reaceitação apresenta um papel em branco, uma tinta e uma pena, um amigo e um dicionário de situações a serem enfrentadas. Quiçá, torna – se de bom parecer resgatarmos a liberdade da Graça participante das agruras, das vicissitudes, das tensões, das ambigüidades e, enfim, da contextualidade concreta da vida.
O presente século impregnado pelo relativismo, cauterizado por uma perda da transcendência e da espiritualidade, acorrentado, cada vez mais, a uma vida de labirintos (em virtude de as pessoas abdicarem e mandarem o diálogo e ouvir para o ostracismo) carece de um discurso prático e efetivo da reaceitação, ou seja, do amor incondicional conquistado por meio de Cristo.
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