Palavra do leitor
- 28 de fevereiro de 2011
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Fico a imaginar um Brasil politicamente evangélico
"Quando o justo governa, o povo se alegra, mas quando o ímpio domina, o povo suspira..." Provérbios cap. 29 vs. 2
Sou grato a Deus por ter sido alcançado com a mensagem do Evangelho através do movimento protestante no Brasil, poderia perfeitamente ter sido outro, haja vista a mensagem de Jesus Cristo não poder ser represada nem monopolizada por qualquer organização religiosa.
Apesar de toda gratidão que tenho, não posso me calar diante do quadro abusivo, manipulador, tendencioso e que tem sido motivo de disputas antiéticas e vergonhosas por parte de meus pares, em nome de um "governo para o bem da nação".
O texto do livro de provérbios que lemos acima, tem sido o mais extensiva e ostensivamente usado por aqueles que defendem a inclusão massiva de representantes evangélicos no cenário político.
O "corporativismo evangélico" tem ganhado proporções expressivas nunca vista antes, principalmente com a atuação de líderes carismáticos e persuasivos de denominações pentecostais e neo-pentecostais que são influenciadas pela teologia da prosperidade.
Uma “colonização política” da classe, reside com contornos de “totalitarismo absoluto” que tanto abominamos e demonizamos, no subconsciente coletivo de uma grande parcela dessa parte da sociedade.
A verdade subjetiva porém nas entrelinhas da questão, é a “SÍNDROME DE PODER”, com a escusa motivação de monopolizar setores da sociedade que hoje estão em outras mãos, em benefício de uma classe específica (a evangélica), que agora seria a agente controladora das esferas que lhe proporcionassem benefícios e expansão.
Fico a imaginar um Brasil politicamente evangélico...
Provavelmente todas as concessões televisivas, radiofônicas e mídias em geral, estariam sob a gestão de algum apóstolo ou bispo oficial do governo, que administraria com mão de ferro e intransigência para com a liberdade de expressão.
Regularizações e doações de terrenos, seriam feitas de forma exclusivista e não muito ética, para que mais templos fossem construídos e a hegemonia da classe se consolidasse.
Creio que seria muito possível também, que todas universidades e escolas públicas em geral no país, fossem controladas pelos tais “ministros de Deus”, para que o ensino religioso “Evangélico” fosse obrigatório, e a catequese então preparasse os futuros agentes da nação “evangelicalizada”.
Os livros de história seriam extremamente tendenciosos, ignorando a luta de tantos heróis das mais variadas crenças que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da nação, e se limitariam a contar a biografia de “Apóstolos”, “Bispos” e “Políticos do meio”, colocando-os na galeria dos “Desbravadores da Fé e Infantes da Coroa Real Divina”.
Você gosta de feriados?! Com toda certeza os feriados oficiais evangélicos, sobrepujariam em demasia os que já estão instituídos, senão a extinção dos já existentes pela substituição de outros com uma configuração “apostolada” ou “bispolada”.
As entidades religiosas da classe, além de não pagarem tributação financeira, seriam beneficiárias de uma ajuda monetária mensal em prol de seus projetos, em detrimento da total indiferença com as demais instituições que não carregassem consigo a chancela de: “Entidade Oficializada pelo Governo”.
Concursos e cargos públicos reservariam 90% (estou sendo otimista) das vagas, para aqueles que fossem adeptos e professassem a fé na “cartilha religiosa do governo”.
Homossexuais sofreriam sanções governamentais e seriam privados, senão excluídos dos benefícios sociais, se insistissem na “união legal de corpos”.
Atrocidades sociológicas em grande proporção, seriam notícia no mundo inteiro devido aos privilégios com os da fé e descaso com os “de fora da fé”.
Se isso acontecesse ou acontecer de fato, somos potenciais candidatos (não entrando no mérito teológico da questão) a fornecedores para história do “ANTI-CRISTO EVANGÉLICO”.
Meu consolo, é que por enquanto são só imaginações, embora a realidade gritante da práxis política evangélica (salvo alguns bons exemplos), caminhe a passos largos para esse desfecho!!!
Sou grato a Deus por ter sido alcançado com a mensagem do Evangelho através do movimento protestante no Brasil, poderia perfeitamente ter sido outro, haja vista a mensagem de Jesus Cristo não poder ser represada nem monopolizada por qualquer organização religiosa.
Apesar de toda gratidão que tenho, não posso me calar diante do quadro abusivo, manipulador, tendencioso e que tem sido motivo de disputas antiéticas e vergonhosas por parte de meus pares, em nome de um "governo para o bem da nação".
O texto do livro de provérbios que lemos acima, tem sido o mais extensiva e ostensivamente usado por aqueles que defendem a inclusão massiva de representantes evangélicos no cenário político.
O "corporativismo evangélico" tem ganhado proporções expressivas nunca vista antes, principalmente com a atuação de líderes carismáticos e persuasivos de denominações pentecostais e neo-pentecostais que são influenciadas pela teologia da prosperidade.
Uma “colonização política” da classe, reside com contornos de “totalitarismo absoluto” que tanto abominamos e demonizamos, no subconsciente coletivo de uma grande parcela dessa parte da sociedade.
A verdade subjetiva porém nas entrelinhas da questão, é a “SÍNDROME DE PODER”, com a escusa motivação de monopolizar setores da sociedade que hoje estão em outras mãos, em benefício de uma classe específica (a evangélica), que agora seria a agente controladora das esferas que lhe proporcionassem benefícios e expansão.
Fico a imaginar um Brasil politicamente evangélico...
Provavelmente todas as concessões televisivas, radiofônicas e mídias em geral, estariam sob a gestão de algum apóstolo ou bispo oficial do governo, que administraria com mão de ferro e intransigência para com a liberdade de expressão.
Regularizações e doações de terrenos, seriam feitas de forma exclusivista e não muito ética, para que mais templos fossem construídos e a hegemonia da classe se consolidasse.
Creio que seria muito possível também, que todas universidades e escolas públicas em geral no país, fossem controladas pelos tais “ministros de Deus”, para que o ensino religioso “Evangélico” fosse obrigatório, e a catequese então preparasse os futuros agentes da nação “evangelicalizada”.
Os livros de história seriam extremamente tendenciosos, ignorando a luta de tantos heróis das mais variadas crenças que contribuíram para o crescimento e desenvolvimento da nação, e se limitariam a contar a biografia de “Apóstolos”, “Bispos” e “Políticos do meio”, colocando-os na galeria dos “Desbravadores da Fé e Infantes da Coroa Real Divina”.
Você gosta de feriados?! Com toda certeza os feriados oficiais evangélicos, sobrepujariam em demasia os que já estão instituídos, senão a extinção dos já existentes pela substituição de outros com uma configuração “apostolada” ou “bispolada”.
As entidades religiosas da classe, além de não pagarem tributação financeira, seriam beneficiárias de uma ajuda monetária mensal em prol de seus projetos, em detrimento da total indiferença com as demais instituições que não carregassem consigo a chancela de: “Entidade Oficializada pelo Governo”.
Concursos e cargos públicos reservariam 90% (estou sendo otimista) das vagas, para aqueles que fossem adeptos e professassem a fé na “cartilha religiosa do governo”.
Homossexuais sofreriam sanções governamentais e seriam privados, senão excluídos dos benefícios sociais, se insistissem na “união legal de corpos”.
Atrocidades sociológicas em grande proporção, seriam notícia no mundo inteiro devido aos privilégios com os da fé e descaso com os “de fora da fé”.
Se isso acontecesse ou acontecer de fato, somos potenciais candidatos (não entrando no mérito teológico da questão) a fornecedores para história do “ANTI-CRISTO EVANGÉLICO”.
Meu consolo, é que por enquanto são só imaginações, embora a realidade gritante da práxis política evangélica (salvo alguns bons exemplos), caminhe a passos largos para esse desfecho!!!
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