Palavra do leitor
- 03 de outubro de 2007
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Feliz aniversário, faça o seu pedido!
O Senhor disse a Moisés: "farei o que me pede, porque tenho me agradado de você e o reconheço pelo nome". Então disse Moisés: "peço-te que me mostres a tua glória." (Ex 33.17-18)
No dia 31 de outubro comemoraremos o aniversário da Reforma Protestante. Anos de luta, de pregação do evangelho num mundo onde cada vez mais as verdades eternas recebem nuances de relatividade. Onde pessoas valem pelo que possuem do lado de fora e não do lado de dentro. O mundo é um deserto que atravessamos sob a crença na promessa de um dia herdarmos uma morada infinitamente melhor. Há 490 anos, quando Martinho Lutero publicava as suas 95 teses, era Deus levando a cume o movimento que colocaria a Igreja novamente nos trilhos da suficiência das Escrituras, da salvação e justificação pela graça através da fé no Senhor Jesus e na vida de adoração exclusiva a Deus. Tudo isso a fim de que a Igreja, entre outras coisas, voltasse a ser uma agência capacitadora para que homens e mulheres pudessem atravessar o inevitável deserto do mundo com a chama da Promessa bem viva em seus corações. Até chegar o momento de se ouvir o convite mais esperado de todos os tempos: Venham benditos de meu Pai! Recebam como herança o reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Quase consigo ouvir as muitas maranatas, vem Senhor!
Falar de deserto, reforma, promessa, herança... me fizeram lembrar do êxodo Hebreu do Egito à Terra Prometida. Essa passagem em muitos aspectos tem servido de ilustração para os dias atuais da Igreja. Aliás, creio que as histórias do passado ajudam a dar forma e cores as realidades que tentamos esboçar, ou seja, identificar e compreender o que se vive no presente. Por exemplo: quando queremos falar sobre a negatividade da murmuração na igreja, é comum darmos cores a essa realidade danosa através dos queixosos comedores de cebolas e pepinos liderados por Moisés e as conseqüências de seus atos. Porém, nesse momento gostaria que pensássemos sobre o que mais pode existir de comum entre uma Igreja (pós-Reforma) que faz 490 anos de caminhada no deserto do mundo e o povo que no passado veterotestamentário marchou quarenta anos no deserto. Só o fato de muitas vezes sermos tão murmuradores quanto eles? Não. Existe o fato de também podermos estar compartilhando das mesmas "bênçãos" que eles!
Quando olho para as questões que mais preocupavam aquele povo que saiu do Egito, percebo entre eles e Moisés preocupações e conseqüentes provisões divinas, muito distintas entre si.
Em primeiro, vejo um povo que o tempo todo lamentava por causa da comida e da bebida. Mar que se abriu, coluna de nuvens de dia, coluna de fogo de noite, nada disso lhe suplantava o imediato desejo por comodidade e conforto. A eles Deus deu o maná, deu carne, deu água que brotou da rocha, deu roupas que não ficavam gastas. Deus lhes deu as coisas que eles mais ansiavam, que eles mais enxergavam. Deus tanto correspondeu aos seus anseios, que lhes concedeu quarenta anos para que desfrutassem dessas coisas e só - eles não entraram em Canaã, Deus não tem culpa, eles é que pediam mal. Como podemos ser parecidos com esse povo, se enxergarmos como necessidades prementes apenas o que o nosso ventre projeta em nossas mentes ansiosas. Para muitos a salvação não tem mais tanto valor quanto um carro novo, o testemunho não tem tanta importância quanto uma boa conta bancária. Diante do calor do deserto que nos rodeia, os paliativos do bem-viver são muito mais bem-vindos do que a consumação de uma promessa que não se sabe quando será consumada - Ah se os hebreus soubessem que por pedirem mal, a viagem de quarenta dias se transformaria em quarenta anos. Nós até sabemos, mas não daremos importância, se não conhecermos outra benção que não seja a de ver nossas necessidades carnais supridas.
Para muitos, 490 anos podem ter representado tempos produtivos, porque os viveram intensamente reconhecendo e valorizando a verdadeira Bênção. Porém, para muitos, cinco, dez anos já podem representar uma eternidade penosa, porque vivem sob o fardo da busca da "benção-minha-de-cada-dia". Caso queiramos aprender individualmente e coletivamente o significado e importância da Reforma, precisamos olhar para o exemplo de Moisés, que partiu do deserto direto, não para a Canaã terrestre, mais sim para a Canaã Celestial e lá juntamente com os santos que já partiram, aguarda por aqueles que assim como ele são capazes de viver sob a escassez de muitas coisas. Entretanto, não conseguem dar um passo sem a maior de todas as Bênçãos: a Glória do Senhor, que nos permite marchar pelo deserto, seja ele qual for, na certeza de que o Deus que nos espera na Canaã Celestial é o mesmo que hoje quer caminhar conosco até lá. Moisés desejou a presença do Senhor em primeiro lugar e isso não lhe foi negado.
Nesta data tão especial, o que peço é que venhamos a comemorar ainda muitos anos de trabalho evangélico genuíno no solo do planeta azul, com todo amor, dedicação e anseio pela Glória do Senhor a nos guiar até o momento em que ouviremos o maravilhoso convite: Venham benditos...
No dia 31 de outubro comemoraremos o aniversário da Reforma Protestante. Anos de luta, de pregação do evangelho num mundo onde cada vez mais as verdades eternas recebem nuances de relatividade. Onde pessoas valem pelo que possuem do lado de fora e não do lado de dentro. O mundo é um deserto que atravessamos sob a crença na promessa de um dia herdarmos uma morada infinitamente melhor. Há 490 anos, quando Martinho Lutero publicava as suas 95 teses, era Deus levando a cume o movimento que colocaria a Igreja novamente nos trilhos da suficiência das Escrituras, da salvação e justificação pela graça através da fé no Senhor Jesus e na vida de adoração exclusiva a Deus. Tudo isso a fim de que a Igreja, entre outras coisas, voltasse a ser uma agência capacitadora para que homens e mulheres pudessem atravessar o inevitável deserto do mundo com a chama da Promessa bem viva em seus corações. Até chegar o momento de se ouvir o convite mais esperado de todos os tempos: Venham benditos de meu Pai! Recebam como herança o reino que lhes foi preparado desde a criação do mundo. Quase consigo ouvir as muitas maranatas, vem Senhor!
Falar de deserto, reforma, promessa, herança... me fizeram lembrar do êxodo Hebreu do Egito à Terra Prometida. Essa passagem em muitos aspectos tem servido de ilustração para os dias atuais da Igreja. Aliás, creio que as histórias do passado ajudam a dar forma e cores as realidades que tentamos esboçar, ou seja, identificar e compreender o que se vive no presente. Por exemplo: quando queremos falar sobre a negatividade da murmuração na igreja, é comum darmos cores a essa realidade danosa através dos queixosos comedores de cebolas e pepinos liderados por Moisés e as conseqüências de seus atos. Porém, nesse momento gostaria que pensássemos sobre o que mais pode existir de comum entre uma Igreja (pós-Reforma) que faz 490 anos de caminhada no deserto do mundo e o povo que no passado veterotestamentário marchou quarenta anos no deserto. Só o fato de muitas vezes sermos tão murmuradores quanto eles? Não. Existe o fato de também podermos estar compartilhando das mesmas "bênçãos" que eles!
Quando olho para as questões que mais preocupavam aquele povo que saiu do Egito, percebo entre eles e Moisés preocupações e conseqüentes provisões divinas, muito distintas entre si.
Em primeiro, vejo um povo que o tempo todo lamentava por causa da comida e da bebida. Mar que se abriu, coluna de nuvens de dia, coluna de fogo de noite, nada disso lhe suplantava o imediato desejo por comodidade e conforto. A eles Deus deu o maná, deu carne, deu água que brotou da rocha, deu roupas que não ficavam gastas. Deus lhes deu as coisas que eles mais ansiavam, que eles mais enxergavam. Deus tanto correspondeu aos seus anseios, que lhes concedeu quarenta anos para que desfrutassem dessas coisas e só - eles não entraram em Canaã, Deus não tem culpa, eles é que pediam mal. Como podemos ser parecidos com esse povo, se enxergarmos como necessidades prementes apenas o que o nosso ventre projeta em nossas mentes ansiosas. Para muitos a salvação não tem mais tanto valor quanto um carro novo, o testemunho não tem tanta importância quanto uma boa conta bancária. Diante do calor do deserto que nos rodeia, os paliativos do bem-viver são muito mais bem-vindos do que a consumação de uma promessa que não se sabe quando será consumada - Ah se os hebreus soubessem que por pedirem mal, a viagem de quarenta dias se transformaria em quarenta anos. Nós até sabemos, mas não daremos importância, se não conhecermos outra benção que não seja a de ver nossas necessidades carnais supridas.
Para muitos, 490 anos podem ter representado tempos produtivos, porque os viveram intensamente reconhecendo e valorizando a verdadeira Bênção. Porém, para muitos, cinco, dez anos já podem representar uma eternidade penosa, porque vivem sob o fardo da busca da "benção-minha-de-cada-dia". Caso queiramos aprender individualmente e coletivamente o significado e importância da Reforma, precisamos olhar para o exemplo de Moisés, que partiu do deserto direto, não para a Canaã terrestre, mais sim para a Canaã Celestial e lá juntamente com os santos que já partiram, aguarda por aqueles que assim como ele são capazes de viver sob a escassez de muitas coisas. Entretanto, não conseguem dar um passo sem a maior de todas as Bênçãos: a Glória do Senhor, que nos permite marchar pelo deserto, seja ele qual for, na certeza de que o Deus que nos espera na Canaã Celestial é o mesmo que hoje quer caminhar conosco até lá. Moisés desejou a presença do Senhor em primeiro lugar e isso não lhe foi negado.
Nesta data tão especial, o que peço é que venhamos a comemorar ainda muitos anos de trabalho evangélico genuíno no solo do planeta azul, com todo amor, dedicação e anseio pela Glória do Senhor a nos guiar até o momento em que ouviremos o maravilhoso convite: Venham benditos...
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