Palavra do leitor
- 24 de maio de 2011
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Fé, razão, incredulidade e dúvida
No seu livro intitulado Contato, Carl Sagan satiricamente pergunta porque Deus não coloca uma cruz ameaçadora no céu à noite para servir de prova irrefutável da ressurreição de Jesus, ou porque na superfície da lua não estão gravados os dez mandamentos? Em outras palavras, se Deus quer que creiamos nele porque não prova sua existência de maneira clara?
Refletindo sobre esse pensamento de Carl Sagan, lembrei-me da declaração de Francis Bacon, cientista inglês que viveu entre os séculos XVI e XVII: "nunca houve milagre realizado por Deus para converter um ateu, porque a luz da natureza poderia tê-lo levado a confessar um Deus".
Aqueles que não querem crer em Deus ou na revelação das Escrituras alegam muitas vezes não terem provas suficientes que lhes dê razão pra crerem. Em outras palavras, como acreditar num Deus invisível? Como crer num livro de relatos "impossíveis" cuja história remonta a uma época distante e de personagens desconhecidos?
Racionalizar à moda "ver pra crer" não é algo novo. Muda-se época e personagens mas o cenário se repete.O próprio Jesus quando crucificado fora afrontado por alguns judeus ; em tom se insulto e zombaria o desafiaram a descer da cruz. Segundo o texto bíblico diziam eles : "...para que vejamos e creiamos...". Um dos ladrões que foi crucificado com Jesus também pediu um milagre como prova de que Jesus era o Cristo (Lc 23:39).
Em ambos os relatos, o que vemos não são pessoas humildes e sinceras precisando ou almejando melhor luz para crerem, mas sim pessoas arrogantes e blasfemas querendo ditar o que Deus tem que fazer para que eles o reconheçam como Deus. Pessoas essas que se dispunham a acreditar em Deus desde que ele aceitasse suas condições preestabelecidas. Para estes, os seus preconceitos, interesses e caprichos pessoais atendidos são os "métodos empíricos" pelos quais Deus deve ser testado, subordinado e assim aceito ou rejeitado.
No entanto, não é essa alternativa que a Bíblia indica para os que querem crer nele. Sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e se torna o galardoador dos que o buscam (Hb 11:6). Negar a existência de Deus por não entendê-lo ou vê-lo é pura soberba e presunção.
Ao nos criar, Deus nos fez seres pensantes, inteligentes e dotados de razão e consciência. Seria estranho um Deus que fizesse seres humanos (racionais) e não se comunicasse com eles pela mente ou não lhes falasse à inteligência. A própria Bíblia nos ensina que devemos amar a Deus com todo nosso entendimento (Mt 22:39) e oferecer a ele um culto racional (Rm 12:1).Como diz Jonh Stott "crer é também pensar" e assim sendo, faz parte deste processo o questionamento, a dúvida, a busca pela compreensão racional e empírica.
Mas em se tratando de Deus, se nossos pressupostos sobre ele incluir a sua onipotência, onisciência e onipresença, mesmo que o busquemos servir ou entendê-lo racionalmente teremos que admitir nossa limitação quanto ao nosso entendimento sobre ele. Na verdade sabemos muito pouco, queremos conhecer muito e o que temos a aprender é infinito.
Reconhecer que não podemos compreender Deus inteiramente, é simplesmemte admitir que a mente humana é finita, limitada, e que o ser humano é mortal e intelectualmente debilitado e imperfeito para compreender o transcendente e que pelos seus métodos não pode descobri-lo a menos que ele se revele graciosamente.
Através das coisas criadas, de Jesus Cristo e pela sua Palavra, Deus tem se revelado de maneira misericordiosa ao homens. Em Deuteronômio 29:29 nos é dito que as coisas reveladas são para nós e as incobertas para Deus. Sendo assim, se Deus não se revelar, restará ao ser humano apenas conjecturas, especulações, ou escuridão.
A dúvida como instrumento de busca pelo conhecer não é uma coisa negativa. Faz parte do espírito humano tanto o crer para compreender como o compreender para crer. O primeiro termo é predominante na teologia enquanto que o segundo na ciência. Considerando que crer também é pensar e fé não é fideísmo, podemos concluir que crer em Deus ou na Bíblia não é ter uma fé cega - como costumam alegar os céticos, pois ele não pede que creiamos em nada sem nos dar evidências suficientes para crermos.
Para uma pessoa sincera e honesta intelectualmente a dúvida não será impedimento para a fé em Deus ou na sua Palavra, e sim um meio de o conduzir a verdade almejada. Como diz Samuel Coleridge: Nunca tenha medo da dúvida se você tem a disposição para a acreditar.
A dúvida expressa sinceridade, transparência e até mesmo sensatez. Porém a incredulidade, orgulho e rebeldia. Para o incrédulo e duro de coração não haverá milagres que lhe bastem.Os hebreus que viram o mar vermelho se abrir e se tornaram blasfemadores,os fariseus que viram diversos milagres, um dos ladrões na cruz e outros casos bíblicos nos provam que nem sempre os milagres são suficiente." Deus é o invisível evidente... alguns negam o sol, são 'cegos'" (Victor Hugo).
Refletindo sobre esse pensamento de Carl Sagan, lembrei-me da declaração de Francis Bacon, cientista inglês que viveu entre os séculos XVI e XVII: "nunca houve milagre realizado por Deus para converter um ateu, porque a luz da natureza poderia tê-lo levado a confessar um Deus".
Aqueles que não querem crer em Deus ou na revelação das Escrituras alegam muitas vezes não terem provas suficientes que lhes dê razão pra crerem. Em outras palavras, como acreditar num Deus invisível? Como crer num livro de relatos "impossíveis" cuja história remonta a uma época distante e de personagens desconhecidos?
Racionalizar à moda "ver pra crer" não é algo novo. Muda-se época e personagens mas o cenário se repete.O próprio Jesus quando crucificado fora afrontado por alguns judeus ; em tom se insulto e zombaria o desafiaram a descer da cruz. Segundo o texto bíblico diziam eles : "...para que vejamos e creiamos...". Um dos ladrões que foi crucificado com Jesus também pediu um milagre como prova de que Jesus era o Cristo (Lc 23:39).
Em ambos os relatos, o que vemos não são pessoas humildes e sinceras precisando ou almejando melhor luz para crerem, mas sim pessoas arrogantes e blasfemas querendo ditar o que Deus tem que fazer para que eles o reconheçam como Deus. Pessoas essas que se dispunham a acreditar em Deus desde que ele aceitasse suas condições preestabelecidas. Para estes, os seus preconceitos, interesses e caprichos pessoais atendidos são os "métodos empíricos" pelos quais Deus deve ser testado, subordinado e assim aceito ou rejeitado.
No entanto, não é essa alternativa que a Bíblia indica para os que querem crer nele. Sem fé é impossível agradar a Deus, portanto é necessário que aquele que se aproxima de Deus creia que ele existe e se torna o galardoador dos que o buscam (Hb 11:6). Negar a existência de Deus por não entendê-lo ou vê-lo é pura soberba e presunção.
Ao nos criar, Deus nos fez seres pensantes, inteligentes e dotados de razão e consciência. Seria estranho um Deus que fizesse seres humanos (racionais) e não se comunicasse com eles pela mente ou não lhes falasse à inteligência. A própria Bíblia nos ensina que devemos amar a Deus com todo nosso entendimento (Mt 22:39) e oferecer a ele um culto racional (Rm 12:1).Como diz Jonh Stott "crer é também pensar" e assim sendo, faz parte deste processo o questionamento, a dúvida, a busca pela compreensão racional e empírica.
Mas em se tratando de Deus, se nossos pressupostos sobre ele incluir a sua onipotência, onisciência e onipresença, mesmo que o busquemos servir ou entendê-lo racionalmente teremos que admitir nossa limitação quanto ao nosso entendimento sobre ele. Na verdade sabemos muito pouco, queremos conhecer muito e o que temos a aprender é infinito.
Reconhecer que não podemos compreender Deus inteiramente, é simplesmemte admitir que a mente humana é finita, limitada, e que o ser humano é mortal e intelectualmente debilitado e imperfeito para compreender o transcendente e que pelos seus métodos não pode descobri-lo a menos que ele se revele graciosamente.
Através das coisas criadas, de Jesus Cristo e pela sua Palavra, Deus tem se revelado de maneira misericordiosa ao homens. Em Deuteronômio 29:29 nos é dito que as coisas reveladas são para nós e as incobertas para Deus. Sendo assim, se Deus não se revelar, restará ao ser humano apenas conjecturas, especulações, ou escuridão.
A dúvida como instrumento de busca pelo conhecer não é uma coisa negativa. Faz parte do espírito humano tanto o crer para compreender como o compreender para crer. O primeiro termo é predominante na teologia enquanto que o segundo na ciência. Considerando que crer também é pensar e fé não é fideísmo, podemos concluir que crer em Deus ou na Bíblia não é ter uma fé cega - como costumam alegar os céticos, pois ele não pede que creiamos em nada sem nos dar evidências suficientes para crermos.
Para uma pessoa sincera e honesta intelectualmente a dúvida não será impedimento para a fé em Deus ou na sua Palavra, e sim um meio de o conduzir a verdade almejada. Como diz Samuel Coleridge: Nunca tenha medo da dúvida se você tem a disposição para a acreditar.
A dúvida expressa sinceridade, transparência e até mesmo sensatez. Porém a incredulidade, orgulho e rebeldia. Para o incrédulo e duro de coração não haverá milagres que lhe bastem.Os hebreus que viram o mar vermelho se abrir e se tornaram blasfemadores,os fariseus que viram diversos milagres, um dos ladrões na cruz e outros casos bíblicos nos provam que nem sempre os milagres são suficiente." Deus é o invisível evidente... alguns negam o sol, são 'cegos'" (Victor Hugo).
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