Palavra do leitor
- 22 de fevereiro de 2007
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Fé ativa x fé passiva
"... porquanto em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá - e há de passar." (Mateus 17: 20)
“.. porquanto em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá - e há de passar.” (Mateus 17: 20).
“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque... sim, aquele que recebera as promessas ofereceu seu unigênito.” (Hebreus 11:17)
Estamos acostumados a relacionar a fé a realizações de natureza extraordinária, e isso tem, inclusive, razões de cultura bíblica, além do desejo instintivo das pessoas em se reportar aos fatos positivos, vitoriosos e de benefício imediato.
O famoso relato bíblico de I Samuel 17, nos versos de 32 a 35, mostra a posição do ainda pastor de ovelhas Davi diante da audácia do gigante Golias que ofendia ao povo de Israel e ao próprio Deus.
A batalha que travou e sua vitória extraordinária sem contar com espada, lança ou armadura ajustam-se bem à afirmação de Jesus anotada no início, e podem ser identificadas como demonstrações de fé ativa.
Acontece, porém, que a definição canônica de fé: “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem ( Hebreus 11:1)” nos remete, todavia, a uma outra categoria de gigantes de perfil difuso, envolvidos na realidade das circunstâncias nem sempre claras que envolvem nossa jornada diária, exigindo uma fé especial, a fé passiva.
Quando a fé tem característica ativa, como a da disputa de Davi, a mente está incendiada de motivação, não tem tempo nem espaço para pensar no pior e isso vem a nosso favor.
No caso da fé passiva, que nos leva a assumir o risco de “esperar em Deus” e confiar nEle, mesmo quando as circunstâncias parecem ser contrárias a tudo que aprendemos em nossa vida cristã, a coisa muda de figura. Esse é o caso de Abraão a quem foi ordenado destruir não somente seu filho unigênito, mas o fundamento da promessa maior de Deus para sua vida.
Ocorre, todavia, que enquanto Abraão foi denominado o “pai da fé”, Davi ganhou o título de “o homem segundo o coração de Deus”. Isso indica que a verdadeira fé que agrada a Deus (Hebreus 11:6) é realmente a fé passiva, que aceita o que Ele faz sem discutir e sem qualquer pretensão de ter uma retribuição imediata.
Não deixo de considerar que tal proposta parece um grande desafio, mas na realidade é uma chave para bênçãos que talvez você ainda não tenha experimentado. A maior vitória se sua vida está no descanso e na paz que o Senhor pode lhe conceder. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la como o mundo a dá.” ( João 14:27)
Em suas meditações tenha em mente os seguintes versos bíblicos:
“Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas; e não tiver luz nenhuma; confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus.” ( Isaías 50:10)
“Porque assim diz o Senhor Jeová, o Santo de Israel: Em vos converteres, e em repousares, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes.” ( Isaías 30: 15)
Pr. Elcio Lourenço
“.. porquanto em verdade vos digo que, se tiverdes fé como um grão de mostarda, direis a este monte: passa daqui para acolá - e há de passar.” (Mateus 17: 20).
“Pela fé ofereceu Abraão a Isaque... sim, aquele que recebera as promessas ofereceu seu unigênito.” (Hebreus 11:17)
Estamos acostumados a relacionar a fé a realizações de natureza extraordinária, e isso tem, inclusive, razões de cultura bíblica, além do desejo instintivo das pessoas em se reportar aos fatos positivos, vitoriosos e de benefício imediato.
O famoso relato bíblico de I Samuel 17, nos versos de 32 a 35, mostra a posição do ainda pastor de ovelhas Davi diante da audácia do gigante Golias que ofendia ao povo de Israel e ao próprio Deus.
A batalha que travou e sua vitória extraordinária sem contar com espada, lança ou armadura ajustam-se bem à afirmação de Jesus anotada no início, e podem ser identificadas como demonstrações de fé ativa.
Acontece, porém, que a definição canônica de fé: “firme fundamento das coisas que se esperam e a prova das coisas que se não vêem ( Hebreus 11:1)” nos remete, todavia, a uma outra categoria de gigantes de perfil difuso, envolvidos na realidade das circunstâncias nem sempre claras que envolvem nossa jornada diária, exigindo uma fé especial, a fé passiva.
Quando a fé tem característica ativa, como a da disputa de Davi, a mente está incendiada de motivação, não tem tempo nem espaço para pensar no pior e isso vem a nosso favor.
No caso da fé passiva, que nos leva a assumir o risco de “esperar em Deus” e confiar nEle, mesmo quando as circunstâncias parecem ser contrárias a tudo que aprendemos em nossa vida cristã, a coisa muda de figura. Esse é o caso de Abraão a quem foi ordenado destruir não somente seu filho unigênito, mas o fundamento da promessa maior de Deus para sua vida.
Ocorre, todavia, que enquanto Abraão foi denominado o “pai da fé”, Davi ganhou o título de “o homem segundo o coração de Deus”. Isso indica que a verdadeira fé que agrada a Deus (Hebreus 11:6) é realmente a fé passiva, que aceita o que Ele faz sem discutir e sem qualquer pretensão de ter uma retribuição imediata.
Não deixo de considerar que tal proposta parece um grande desafio, mas na realidade é uma chave para bênçãos que talvez você ainda não tenha experimentado. A maior vitória se sua vida está no descanso e na paz que o Senhor pode lhe conceder. “Deixo-vos a paz, a minha paz vos dou: não vo-la como o mundo a dá.” ( João 14:27)
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“Quem há entre vós que tema a Jeová, e ouça a voz do seu servo? Quando andar em trevas; e não tiver luz nenhuma; confie no nome do Senhor, e firme-se sobre o seu Deus.” ( Isaías 50:10)
“Porque assim diz o Senhor Jeová, o Santo de Israel: Em vos converteres, e em repousares, estaria a vossa salvação; no sossego e na confiança estaria a vossa força, mas não quisestes.” ( Isaías 30: 15)
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