Palavra do leitor
- 07 de julho de 2019
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Faze-nos um Deus
"Quando o povo viu que Moisés tardava em descer da montanha, congregaram-se em torno de Aarão e lhe disse: vamos, faze-nos um deus que vá a nossa frente, porque a esse Moisés, a esse homem que nos fez subir da terra do Egito, não sabemos o que lhe aconteceu". Aarão respondeu-lhes: ‘tirai os brincos de ouro das orelhas de vossas mulheres, de vossos filhos e filhas, e trazei-os’. Então todo o povo tirou das orelhas os brincos e o trouxeram a Aarão. Este recebeu o ouro das suas mãos, o fez fundir em um molde e fabricou com ele uma estátua de bezerro. Então exclamaram: ‘Este é o Deus ó Israel, o que te fez subir da terra do Egito’. Quando Aarão viu isso, edificou um altar diante da estátua e fez esta proclamação: ‘Amanhã será festa para Yaveh’. No dia seguinte, levantaram-se cedo, ofereceram holocaustos e trouxeram sacrifícios de comunhão. O povo assentou-se para comer e para beber, depois se levantou para divertir-se" (Ex 32.1 a 6).
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O texto acima relata um dos vários momentos em que o povo hebreu demonstrou falta de confiança naquele que com braço forte os havia libertado da escravidão, condição em que viveram durante 400 anos. Eles presenciaram as 10 pragas às quais Deus submeteu o povo egípcio, em que demonstrou ser superior aos dez deuses adorados por eles; presenciaram a abertura do mar por onde puderam atravessar a seco, mas que após sua passagem se fechou e submergiu o exército de faraó; presenciou a água brotar da rocha; porém não conseguiam crer em um deus não visível, um deus não palpável. O importante para aquele povo, o povo de Deus, era poder olhar e apalpar algo ou alguém que pudessem chamar de seu deus, e por isso praticamente ordenaram a Aarão: "faze-nos um deus que vá a nossa frente".
Mais de três mil anos se passaram, mas tal qual o povo de Deus daquela época, o atual povo de Deus, um bom contingente de cristãos do século XXI, mesmo conhecendo o sacrifício de Jesus Cristo, mesmo tendo nas mãos a Palavra de Deus – Bíblia -, mesmo sendo o Templo do Espírito Santo, mesmo vivendo no tempo da Graça, também pensa da mesma forma, ou seja, está o tempo todo dizendo: FAZE-NOS UM DEUS!
Faze-nos um deus para governar, faze-nos um deus que nos dê um bom emprego, faze-nos um deus que nos ajude a vender nosso produto, faze-nos um deus que nos propicie viajar no período das férias, faze-nos um deus que nos ofereça condições financeiras de criar nossos filhos com conforto e comodidade, faze-nos um deus que nos brinde com a casa própria, faze-nos um deus que nos ofereça polpudos cartões de crédito, faze-nos um deus que nos faça sonhar com os números da Mega-Sena, etc. etc. etc.
Durante 400 anos os hebreus viveram como escravos na terra do Egito, mas no momento em que foram libertos sem ser necessário fazerem qualquer esforço, foram incapazes de parar e pensar no presente recebido. Não se dignaram a confiar em seu libertador, e muito menos souberam esperar a hora certa de tomar posse da terra que lhes fora prometida, a terra que mana leite e mel.
Para boa parte dos cristãos do século XXI a história não é diferente, ou seja, após serem gratuitamente justificados do pecado, não conseguem refletir e dimensionar a grandiosidade do presente recebido, e tal qual os hebreus no deserto, querem aqui e agora a posse da terra que mana leite e mel, cada qual a sua maneira.
Existe uns que preferem somente o mel, outros apenas o leite, outros os preferem misturados; uns querem pela manhã, outros no período noturno, uns individualmente, outros coletivamente, porém em nenhum momento atentam para o que a Bíblia registra na 2ª carta de Pedro: " O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se", e a cada dia aumentam o tom da voz a dizer:
"faze-nos um deus que vá a nossa frente, porque a esse Jesus, a esse homem que nos fez a promessa da vida eterna, não sabemos o que lhe aconteceu".
• Fabio Silveira de Faria
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O texto acima relata um dos vários momentos em que o povo hebreu demonstrou falta de confiança naquele que com braço forte os havia libertado da escravidão, condição em que viveram durante 400 anos. Eles presenciaram as 10 pragas às quais Deus submeteu o povo egípcio, em que demonstrou ser superior aos dez deuses adorados por eles; presenciaram a abertura do mar por onde puderam atravessar a seco, mas que após sua passagem se fechou e submergiu o exército de faraó; presenciou a água brotar da rocha; porém não conseguiam crer em um deus não visível, um deus não palpável. O importante para aquele povo, o povo de Deus, era poder olhar e apalpar algo ou alguém que pudessem chamar de seu deus, e por isso praticamente ordenaram a Aarão: "faze-nos um deus que vá a nossa frente".
Mais de três mil anos se passaram, mas tal qual o povo de Deus daquela época, o atual povo de Deus, um bom contingente de cristãos do século XXI, mesmo conhecendo o sacrifício de Jesus Cristo, mesmo tendo nas mãos a Palavra de Deus – Bíblia -, mesmo sendo o Templo do Espírito Santo, mesmo vivendo no tempo da Graça, também pensa da mesma forma, ou seja, está o tempo todo dizendo: FAZE-NOS UM DEUS!
Faze-nos um deus para governar, faze-nos um deus que nos dê um bom emprego, faze-nos um deus que nos ajude a vender nosso produto, faze-nos um deus que nos propicie viajar no período das férias, faze-nos um deus que nos ofereça condições financeiras de criar nossos filhos com conforto e comodidade, faze-nos um deus que nos brinde com a casa própria, faze-nos um deus que nos ofereça polpudos cartões de crédito, faze-nos um deus que nos faça sonhar com os números da Mega-Sena, etc. etc. etc.
Durante 400 anos os hebreus viveram como escravos na terra do Egito, mas no momento em que foram libertos sem ser necessário fazerem qualquer esforço, foram incapazes de parar e pensar no presente recebido. Não se dignaram a confiar em seu libertador, e muito menos souberam esperar a hora certa de tomar posse da terra que lhes fora prometida, a terra que mana leite e mel.
Para boa parte dos cristãos do século XXI a história não é diferente, ou seja, após serem gratuitamente justificados do pecado, não conseguem refletir e dimensionar a grandiosidade do presente recebido, e tal qual os hebreus no deserto, querem aqui e agora a posse da terra que mana leite e mel, cada qual a sua maneira.
Existe uns que preferem somente o mel, outros apenas o leite, outros os preferem misturados; uns querem pela manhã, outros no período noturno, uns individualmente, outros coletivamente, porém em nenhum momento atentam para o que a Bíblia registra na 2ª carta de Pedro: " O Senhor não retarda a sua promessa, ainda que alguns a têm por tardia; mas é longânimo para convosco, não querendo que alguns se percam, senão que todos venham a arrepender-se", e a cada dia aumentam o tom da voz a dizer:
"faze-nos um deus que vá a nossa frente, porque a esse Jesus, a esse homem que nos fez a promessa da vida eterna, não sabemos o que lhe aconteceu".
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