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Palavra do leitor

Faces do Perdão (2ª face)

"Errar é humano; pedir perdão revela altruísmo/nobreza, e, até, obediência a Deus; perdoar mostra que somos filhos de Deus" (Autor não identificado).

"Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6. 15).

Abordamos ontem (*) o tema do Perdão, sob o ângulo do agente ativo, ou seja, na condição daquele que cometeu algo contra seu próximo ou contra Deus, e tem que tomar a iniciativa de pedir perdão ao próximo, e, no que diz respeito a Deus, confessar a Ele o ato errôneo cometido.

A outra face do perdão é aquela em que somos o agente passivo, isto é, alguém nos ofendeu, nos agrediu com palavras, ou mesmo nos agrediu fisicamente, e a nossa postura é de espera, de expectativa quanto a sermos procurados para uma reconciliação.

Esse aspecto é tratado por Jesus na oração dominical [oração do Senhor] ou oração do Pai Nosso, quando ensina a seus discípulos, dizendo: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus (...) e perdoa-nos as nossas dívidas ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES ... - o destaque é nosso- (Mateus 6. 9-13).

O Senhor Jesus ensina a orar, e aqui sim Ele se refere a pedirmos perdão a Deus, mas acrescenta ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES (novamente o destaque é nosso).

Ou seja, se nós não perdoamos àqueles que nos ofenderam, quando pronunciamos essa oração, é como se estivéssemos orando: "Pai nosso, NÃO perdoe nossos pecados, pois não perdoamos os nossos devedores"; ou então estamos mentindo a Deus, ao dizer “assim como perdoamos...”; e Deus que é onisciente sabe que estamos mentindo, e não ouve o nosso pedido de perdão.

E, terminada a oração, Ele destaca essa postura dizendo: "Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6.15).

Em outra oportunidade, Pedro lhe pergunta até quantas vezes devemos perdoar aquele que nos ofende, e questiona "até sete vezes?".

O Senhor então responde: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18. 21-22).

Ele não está limitando o perdão, que temos a obrigação de sempre conceder ao nosso próximo, em 490 vezes; não! não é nada disso!

Isso quer dizer que devemos perdoar infinitamente, ou seja, não há um limite para o perdão, quando somos cristãos, quando já recebemos o direito de sermos chamados filhos de Deus (João 1. 12).

Até porque nada adiantaria perdoar, por exemplo, 490 vezes e, depois, passarmos a não perdoar mais. Caíram por terra os perdões anteriormente concedidos!

Continuamos crendo que o contexto do perdão foi aquele abordado ontem (*): se pecamos contra o nosso próximo, então devemos pedir perdão a ele, e, em relação a Deus, devemos confessar-Lhe o que fizemos, o que é um ato de nos apropriarmos do perdão já oferecido, graciosamente, na cruz, pelos nossos pecados passados, presentes e futuros.

Salvo melhor entendimento [lembrem-se que quem escreve este artigo não é teólogo], Jesus menciona a questão na Oração do Pai Nosso, para deixar claro que Deus só perdoa as nossas transgressões, se nós tivermos perdoado ao nosso próximo.

Logo a seguir, Ele conta a parábola do credor incompassivo, comparando o Reino do céu a essa situação por Ele abordada.

Um Senhor resolveu ajustar contas com seus servos, e um deles lhe devia uma quantia muito grande, mas não tinha como pagar. Então ele roga ao seu Senhor que o perdoe a dívida, no que é atendido.

Mas (...) aí vem a grande falta do servo perdoado: ele encontra um dos seus conservos que lhe devia uma pequena quantia, e faz a devida cobrança, mas o homem não tinha como pagar. Então ele o enviou para a prisão!

Sabendo disso, o seu senhor, que lhe perdoara grande dívida, não só lhe censurou veementemente, como lhe entregou aos verdugos até que lhe pagasse toda a dívida.

Concluindo Jesus com a advertência que havia feito antes, quando ensinou a Oração do Pai nosso: "Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (Mateus 18. 35).

Assim, se nos consideramos filhos de Deus, e desejamos que Deus nos perdoe as nossas faltas, os nossos erros, os nossos pecados, devemos sempre perdoar ao nosso próximo, de fato e de verdade.

Dizer "perdoo, mas não esqueço" é a mesma coisa que não perdoar.

Dizer que perdoa só para ficar livre do incômodo, mas continuar guardando mágoas, ressentimentos, mantendo-se afastado é a mesma coisa que não perdoar.

(*) quando nos referimos a artigo anterior, não queremos dizer, necessariamente, que tenha sido neste “Site”, mas sim em nosso Blog “Sê Fiel”, abaixo identificado.

Editor do Sê Fiel
www.sefiel.com.br
São Paulo - SP
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