Palavra do leitor
- 15 de julho de 2009
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Faces do Perdão (2ª face)
"Errar é humano; pedir perdão revela altruísmo/nobreza, e, até, obediência a Deus; perdoar mostra que somos filhos de Deus" (Autor não identificado).
"Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6. 15).
Abordamos ontem (*) o tema do Perdão, sob o ângulo do agente ativo, ou seja, na condição daquele que cometeu algo contra seu próximo ou contra Deus, e tem que tomar a iniciativa de pedir perdão ao próximo, e, no que diz respeito a Deus, confessar a Ele o ato errôneo cometido.
A outra face do perdão é aquela em que somos o agente passivo, isto é, alguém nos ofendeu, nos agrediu com palavras, ou mesmo nos agrediu fisicamente, e a nossa postura é de espera, de expectativa quanto a sermos procurados para uma reconciliação.
Esse aspecto é tratado por Jesus na oração dominical [oração do Senhor] ou oração do Pai Nosso, quando ensina a seus discípulos, dizendo: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus (...) e perdoa-nos as nossas dívidas ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES ... - o destaque é nosso- (Mateus 6. 9-13).
O Senhor Jesus ensina a orar, e aqui sim Ele se refere a pedirmos perdão a Deus, mas acrescenta ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES (novamente o destaque é nosso).
Ou seja, se nós não perdoamos àqueles que nos ofenderam, quando pronunciamos essa oração, é como se estivéssemos orando: "Pai nosso, NÃO perdoe nossos pecados, pois não perdoamos os nossos devedores"; ou então estamos mentindo a Deus, ao dizer “assim como perdoamos...”; e Deus que é onisciente sabe que estamos mentindo, e não ouve o nosso pedido de perdão.
E, terminada a oração, Ele destaca essa postura dizendo: "Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6.15).
Em outra oportunidade, Pedro lhe pergunta até quantas vezes devemos perdoar aquele que nos ofende, e questiona "até sete vezes?".
O Senhor então responde: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18. 21-22).
Ele não está limitando o perdão, que temos a obrigação de sempre conceder ao nosso próximo, em 490 vezes; não! não é nada disso!
Isso quer dizer que devemos perdoar infinitamente, ou seja, não há um limite para o perdão, quando somos cristãos, quando já recebemos o direito de sermos chamados filhos de Deus (João 1. 12).
Até porque nada adiantaria perdoar, por exemplo, 490 vezes e, depois, passarmos a não perdoar mais. Caíram por terra os perdões anteriormente concedidos!
Continuamos crendo que o contexto do perdão foi aquele abordado ontem (*): se pecamos contra o nosso próximo, então devemos pedir perdão a ele, e, em relação a Deus, devemos confessar-Lhe o que fizemos, o que é um ato de nos apropriarmos do perdão já oferecido, graciosamente, na cruz, pelos nossos pecados passados, presentes e futuros.
Salvo melhor entendimento [lembrem-se que quem escreve este artigo não é teólogo], Jesus menciona a questão na Oração do Pai Nosso, para deixar claro que Deus só perdoa as nossas transgressões, se nós tivermos perdoado ao nosso próximo.
Logo a seguir, Ele conta a parábola do credor incompassivo, comparando o Reino do céu a essa situação por Ele abordada.
Um Senhor resolveu ajustar contas com seus servos, e um deles lhe devia uma quantia muito grande, mas não tinha como pagar. Então ele roga ao seu Senhor que o perdoe a dívida, no que é atendido.
Mas (...) aí vem a grande falta do servo perdoado: ele encontra um dos seus conservos que lhe devia uma pequena quantia, e faz a devida cobrança, mas o homem não tinha como pagar. Então ele o enviou para a prisão!
Sabendo disso, o seu senhor, que lhe perdoara grande dívida, não só lhe censurou veementemente, como lhe entregou aos verdugos até que lhe pagasse toda a dívida.
Concluindo Jesus com a advertência que havia feito antes, quando ensinou a Oração do Pai nosso: "Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (Mateus 18. 35).
Assim, se nos consideramos filhos de Deus, e desejamos que Deus nos perdoe as nossas faltas, os nossos erros, os nossos pecados, devemos sempre perdoar ao nosso próximo, de fato e de verdade.
Dizer "perdoo, mas não esqueço" é a mesma coisa que não perdoar.
Dizer que perdoa só para ficar livre do incômodo, mas continuar guardando mágoas, ressentimentos, mantendo-se afastado é a mesma coisa que não perdoar.
(*) quando nos referimos a artigo anterior, não queremos dizer, necessariamente, que tenha sido neste “Site”, mas sim em nosso Blog “Sê Fiel”, abaixo identificado.
Editor do Sê Fiel
www.sefiel.com.br
"Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas" (Mateus 6. 15).
Abordamos ontem (*) o tema do Perdão, sob o ângulo do agente ativo, ou seja, na condição daquele que cometeu algo contra seu próximo ou contra Deus, e tem que tomar a iniciativa de pedir perdão ao próximo, e, no que diz respeito a Deus, confessar a Ele o ato errôneo cometido.
A outra face do perdão é aquela em que somos o agente passivo, isto é, alguém nos ofendeu, nos agrediu com palavras, ou mesmo nos agrediu fisicamente, e a nossa postura é de espera, de expectativa quanto a sermos procurados para uma reconciliação.
Esse aspecto é tratado por Jesus na oração dominical [oração do Senhor] ou oração do Pai Nosso, quando ensina a seus discípulos, dizendo: "Portanto, vós orareis assim: Pai nosso que estás nos céus (...) e perdoa-nos as nossas dívidas ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES ... - o destaque é nosso- (Mateus 6. 9-13).
O Senhor Jesus ensina a orar, e aqui sim Ele se refere a pedirmos perdão a Deus, mas acrescenta ASSIM COMO NÓS TEMOS PERDOADO AOS NOSSOS DEVEDORES (novamente o destaque é nosso).
Ou seja, se nós não perdoamos àqueles que nos ofenderam, quando pronunciamos essa oração, é como se estivéssemos orando: "Pai nosso, NÃO perdoe nossos pecados, pois não perdoamos os nossos devedores"; ou então estamos mentindo a Deus, ao dizer “assim como perdoamos...”; e Deus que é onisciente sabe que estamos mentindo, e não ouve o nosso pedido de perdão.
E, terminada a oração, Ele destaca essa postura dizendo: "Se, porém, não perdoardes aos homens [as suas ofensas], tão pouco vosso Pai vos perdoará as vossas ofensas". (Mateus 6.15).
Em outra oportunidade, Pedro lhe pergunta até quantas vezes devemos perdoar aquele que nos ofende, e questiona "até sete vezes?".
O Senhor então responde: "Não te digo que até sete vezes, mas até setenta vezes sete" (Mateus 18. 21-22).
Ele não está limitando o perdão, que temos a obrigação de sempre conceder ao nosso próximo, em 490 vezes; não! não é nada disso!
Isso quer dizer que devemos perdoar infinitamente, ou seja, não há um limite para o perdão, quando somos cristãos, quando já recebemos o direito de sermos chamados filhos de Deus (João 1. 12).
Até porque nada adiantaria perdoar, por exemplo, 490 vezes e, depois, passarmos a não perdoar mais. Caíram por terra os perdões anteriormente concedidos!
Continuamos crendo que o contexto do perdão foi aquele abordado ontem (*): se pecamos contra o nosso próximo, então devemos pedir perdão a ele, e, em relação a Deus, devemos confessar-Lhe o que fizemos, o que é um ato de nos apropriarmos do perdão já oferecido, graciosamente, na cruz, pelos nossos pecados passados, presentes e futuros.
Salvo melhor entendimento [lembrem-se que quem escreve este artigo não é teólogo], Jesus menciona a questão na Oração do Pai Nosso, para deixar claro que Deus só perdoa as nossas transgressões, se nós tivermos perdoado ao nosso próximo.
Logo a seguir, Ele conta a parábola do credor incompassivo, comparando o Reino do céu a essa situação por Ele abordada.
Um Senhor resolveu ajustar contas com seus servos, e um deles lhe devia uma quantia muito grande, mas não tinha como pagar. Então ele roga ao seu Senhor que o perdoe a dívida, no que é atendido.
Mas (...) aí vem a grande falta do servo perdoado: ele encontra um dos seus conservos que lhe devia uma pequena quantia, e faz a devida cobrança, mas o homem não tinha como pagar. Então ele o enviou para a prisão!
Sabendo disso, o seu senhor, que lhe perdoara grande dívida, não só lhe censurou veementemente, como lhe entregou aos verdugos até que lhe pagasse toda a dívida.
Concluindo Jesus com a advertência que havia feito antes, quando ensinou a Oração do Pai nosso: "Assim também meu Pai celeste vos fará, se do íntimo não perdoardes cada um a seu irmão" (Mateus 18. 35).
Assim, se nos consideramos filhos de Deus, e desejamos que Deus nos perdoe as nossas faltas, os nossos erros, os nossos pecados, devemos sempre perdoar ao nosso próximo, de fato e de verdade.
Dizer "perdoo, mas não esqueço" é a mesma coisa que não perdoar.
Dizer que perdoa só para ficar livre do incômodo, mas continuar guardando mágoas, ressentimentos, mantendo-se afastado é a mesma coisa que não perdoar.
(*) quando nos referimos a artigo anterior, não queremos dizer, necessariamente, que tenha sido neste “Site”, mas sim em nosso Blog “Sê Fiel”, abaixo identificado.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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