Palavra do leitor
- 08 de julho de 2009
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Faces do Perdão (1ª face)
"O perdão não é para muitos. É somente para os especiais. Vem do coração de Deus. E nem todos têm o coração de Deus" (Ana César).
"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mateus 6. 14).
A frase acima, de Ana César, foi pronunciada em uma situação em que alguém pediu perdão a outrem, e não obteve o perdão.
Como seres humanos que somos, o perdão (sentimento e ação) aflora em nossas mentes, quando estamos na condição de agentes passivos, ou seja, fomos a parte ofendida e entendemos que merecemos receber um pedido de perdão.
Mas, como cristãos que somos, precisamos ter a visão de Jesus no que diz respeito ao assunto. Para perdoar temos que "ter o coração de Deus", e muito mais: temos que ter Deus no coração, e temos que estar no coração de Deus.
Antes d’Ele mencionar o perdão, na oração que chamamos de "dominical" (não por ser uma oração para ser feita no domingo, mas dominical, palavra que vem de "dominus", que quer dizer Senhor, logo, "oração do Senhor"), Ele abordou o assunto da seguinte maneira:
"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta [sua vida em serviço, não, necessariamente, oferta financeira], ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24).
O Senhor, então, está nos ensinando um princípio de vida espiritual, quando estamos no papel do agente ativo, isto é, fomos o ofensor e temos que buscar a reconciliação pedindo perdão a quem ofendemos.
Isto nos leva à conclusão de que, se queremos servir a Deus, temos que estar com a nossa vida, em relação aos nossos semelhantes, bem como em relação a Deus, "em dia", melhor dizendo, sem pendências, sem dívidas de sentimentos.
A seguir, Ele diz: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juíz, o juíz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão" (Mateus 5. 25).
Este trecho deixa claro que a reconciliação, o pedido de perdão, tem que se dar enquanto estamos vivos, até porque depois que morrermos não teremos mais condições de buscar a reconciliação.
E, caso a situação seja inversa, se o nosso adversário falecer primeiro, não adianta irmos ao seu túmulo buscar o perdão, pois claro está na Palavra de Deus que os vivos não se comunicam com os mortos (Lucas 16. 26).
Essa expressão "enquanto estás com ele a caminho", tem o mesmo sentido [em nosso entendimento particular] da Palavra que nos orienta a buscar ao Senhor, enquanto se pode achar (Isaias 55. 6).
Ou O buscamos enquanto estamos vivos, ou depois não há mais como o fazer.
Importante é dizer que quando ofendemos a Deus [pecamos], ou seja, somos o agente ativo em relação a Deus, Ele não nos orienta a pedir perdão a Ele, mas a confessarmos o nosso pecado a Ele (I João 1. 9).
O perdão já foi concedido na cruz, faz parte da Graça de Deus, Ele já nos perdoou pelos pecados passados, presentes e futuros, não sendo, portanto, coerente pedir o que Ele já nos deu.
Mas Ele nos ensina, no caso, a "confessarmos" a Ele o nosso erro, a nossa falta, a nossa maldade, a nossa ação contrária aos seus desejos, a nossa omissão em relação ao que Ele quer que façamos, enfim o pecado que cometemos contra Ele e ou contra o próximo:
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1. 9).
Segundo os “expert” em grego, a tradução correta seria: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para já nos ter perdoado os pecados e já nos ter purificado de toda injustiça”, redação que fica coerente com o fato de que, na cruz, Jesus já levou sobre Si os nossos pecados passados, presente e futuros.
A oração de confissão é, portanto, o ato de nos apropriarmos do perdão que Ele já antecipou [na cruz].
É assim na dispensação da Graça [da Igreja], e foi assim antes, na dispensação mosaica [dispensação da lei], ou qualquer outra dispensação precedente à da Graça, conforme Deus deixou claro, através de Salomão:
"O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28. 13).
Estejamos, pois, em paz com Deus e com o nosso próximo, não só para não sermos pegos de surpresa, quando do nosso encontro com Jesus (arrebatamento ou falecimento), mas, também, para não termos óbices quando do exercício, quando da prática de nossa fé.
Editor do Sê Fiel
www.sefiel.com.br
"Porque se perdoardes aos homens as suas ofensas, também vosso Pai celeste vos perdoará" (Mateus 6. 14).
A frase acima, de Ana César, foi pronunciada em uma situação em que alguém pediu perdão a outrem, e não obteve o perdão.
Como seres humanos que somos, o perdão (sentimento e ação) aflora em nossas mentes, quando estamos na condição de agentes passivos, ou seja, fomos a parte ofendida e entendemos que merecemos receber um pedido de perdão.
Mas, como cristãos que somos, precisamos ter a visão de Jesus no que diz respeito ao assunto. Para perdoar temos que "ter o coração de Deus", e muito mais: temos que ter Deus no coração, e temos que estar no coração de Deus.
Antes d’Ele mencionar o perdão, na oração que chamamos de "dominical" (não por ser uma oração para ser feita no domingo, mas dominical, palavra que vem de "dominus", que quer dizer Senhor, logo, "oração do Senhor"), Ele abordou o assunto da seguinte maneira:
"Se, pois, ao trazeres ao altar a tua oferta [sua vida em serviço, não, necessariamente, oferta financeira], ali te lembrares de que teu irmão tem alguma cousa contra ti, deixa perante o altar a tua oferta, vai primeiro reconciliar-te com teu irmão; e, voltando, faze a tua oferta" (Mateus 5. 23-24).
O Senhor, então, está nos ensinando um princípio de vida espiritual, quando estamos no papel do agente ativo, isto é, fomos o ofensor e temos que buscar a reconciliação pedindo perdão a quem ofendemos.
Isto nos leva à conclusão de que, se queremos servir a Deus, temos que estar com a nossa vida, em relação aos nossos semelhantes, bem como em relação a Deus, "em dia", melhor dizendo, sem pendências, sem dívidas de sentimentos.
A seguir, Ele diz: "Entra em acordo sem demora com o teu adversário, enquanto estás com ele a caminho, para que o adversário não te entregue ao juíz, o juíz ao oficial de justiça, e sejas recolhido à prisão" (Mateus 5. 25).
Este trecho deixa claro que a reconciliação, o pedido de perdão, tem que se dar enquanto estamos vivos, até porque depois que morrermos não teremos mais condições de buscar a reconciliação.
E, caso a situação seja inversa, se o nosso adversário falecer primeiro, não adianta irmos ao seu túmulo buscar o perdão, pois claro está na Palavra de Deus que os vivos não se comunicam com os mortos (Lucas 16. 26).
Essa expressão "enquanto estás com ele a caminho", tem o mesmo sentido [em nosso entendimento particular] da Palavra que nos orienta a buscar ao Senhor, enquanto se pode achar (Isaias 55. 6).
Ou O buscamos enquanto estamos vivos, ou depois não há mais como o fazer.
Importante é dizer que quando ofendemos a Deus [pecamos], ou seja, somos o agente ativo em relação a Deus, Ele não nos orienta a pedir perdão a Ele, mas a confessarmos o nosso pecado a Ele (I João 1. 9).
O perdão já foi concedido na cruz, faz parte da Graça de Deus, Ele já nos perdoou pelos pecados passados, presentes e futuros, não sendo, portanto, coerente pedir o que Ele já nos deu.
Mas Ele nos ensina, no caso, a "confessarmos" a Ele o nosso erro, a nossa falta, a nossa maldade, a nossa ação contrária aos seus desejos, a nossa omissão em relação ao que Ele quer que façamos, enfim o pecado que cometemos contra Ele e ou contra o próximo:
"Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça" (I João 1. 9).
Segundo os “expert” em grego, a tradução correta seria: “Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para já nos ter perdoado os pecados e já nos ter purificado de toda injustiça”, redação que fica coerente com o fato de que, na cruz, Jesus já levou sobre Si os nossos pecados passados, presente e futuros.
A oração de confissão é, portanto, o ato de nos apropriarmos do perdão que Ele já antecipou [na cruz].
É assim na dispensação da Graça [da Igreja], e foi assim antes, na dispensação mosaica [dispensação da lei], ou qualquer outra dispensação precedente à da Graça, conforme Deus deixou claro, através de Salomão:
"O que encobre as suas transgressões, jamais prosperará; mas o que as confessa e deixa, alcançará misericórdia" (Provérbios 28. 13).
Estejamos, pois, em paz com Deus e com o nosso próximo, não só para não sermos pegos de surpresa, quando do nosso encontro com Jesus (arrebatamento ou falecimento), mas, também, para não termos óbices quando do exercício, quando da prática de nossa fé.
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