Palavra do leitor
- 01 de dezembro de 2008
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Façamos a nossa parte
"Porque, daqui a sete dias, farei chover sobre a terra durante quarenta dias e quarenta noites... E tudo fez Noé, segundo o Senhor lhe ordenara." (Gn 7.4,5)
Aliviados pela "marola" da crise financeira que ainda não tinha chegado até o Brasil, fomos impactados pelos estragos das chuvas que castigaram o estado de Santa Catarina, atingindo 40 municípios, dois quais, 8 ficaram isolados, 12 em estado de calamidade e 32 em situação de emergência.
Já são mais de uma centena de mortos e quase oitenta mil desabrigados. Milhares de deslizamentos, 11 rodovias interditadas, 64 mil imóveis sem energia elétrica, destruição de parte do gasoduto Brasil-Bolívia e o principal porto completamente inoperante, com previsão de seis meses para recuperação.
O povo de Santa Catarina necessitará da assistência e ajuda financeira de toda a nação brasileira, incluindo governos, empresas e sociedade civil. O custo da reconstrução ainda não está fechado, mas deve superar 10 % do PIB do Estado, de R$ 93,2 bilhões, segundo estimativas do governo catarinense.
O duro é saber que, até certo ponto, essa é uma tragédia anunciada. Embora em bem menor intensidade, as chuvas naquela região são comuns neste período do ano. Segundo os especialistas, o estrago não seria tão grande se houvesse, por parte das autoridades, ações voltadas para a preservação das cabeceiras dos rios, o aumento do escoamento do rio Itajaí-Açu e, principamente, um esforço efetivo visando evitar a ocupação irregular das áreas de risco.
Nessas horas, fico pensando por que nós brasileiros somos tão negligentes. Qual a razão para tanta displicência e desatenção com coisas que fazem uma enorme diferença para nossas próprias vidas. Arrisco a imaginar que talvez tenha sido a excessiva generosidade de Deus em nos oferecer uma terra, como diz o poeta, "abençoada e bonita por natureza."
De qualquer modo, agora é hora de darmos as mãos e ajudarmos nossos irmãos catarinenses, na esperança de que eles possam ter um natal melhor, apagando um pouco as lembranças dessa tragédia. E que todos nós possamos aprender a lição de que a bênção divina não dispensa a responsabilidade de fazermos a nossa parte.
www.ajudadoalto.com.br
Aliviados pela "marola" da crise financeira que ainda não tinha chegado até o Brasil, fomos impactados pelos estragos das chuvas que castigaram o estado de Santa Catarina, atingindo 40 municípios, dois quais, 8 ficaram isolados, 12 em estado de calamidade e 32 em situação de emergência.
Já são mais de uma centena de mortos e quase oitenta mil desabrigados. Milhares de deslizamentos, 11 rodovias interditadas, 64 mil imóveis sem energia elétrica, destruição de parte do gasoduto Brasil-Bolívia e o principal porto completamente inoperante, com previsão de seis meses para recuperação.
O povo de Santa Catarina necessitará da assistência e ajuda financeira de toda a nação brasileira, incluindo governos, empresas e sociedade civil. O custo da reconstrução ainda não está fechado, mas deve superar 10 % do PIB do Estado, de R$ 93,2 bilhões, segundo estimativas do governo catarinense.
O duro é saber que, até certo ponto, essa é uma tragédia anunciada. Embora em bem menor intensidade, as chuvas naquela região são comuns neste período do ano. Segundo os especialistas, o estrago não seria tão grande se houvesse, por parte das autoridades, ações voltadas para a preservação das cabeceiras dos rios, o aumento do escoamento do rio Itajaí-Açu e, principamente, um esforço efetivo visando evitar a ocupação irregular das áreas de risco.
Nessas horas, fico pensando por que nós brasileiros somos tão negligentes. Qual a razão para tanta displicência e desatenção com coisas que fazem uma enorme diferença para nossas próprias vidas. Arrisco a imaginar que talvez tenha sido a excessiva generosidade de Deus em nos oferecer uma terra, como diz o poeta, "abençoada e bonita por natureza."
De qualquer modo, agora é hora de darmos as mãos e ajudarmos nossos irmãos catarinenses, na esperança de que eles possam ter um natal melhor, apagando um pouco as lembranças dessa tragédia. E que todos nós possamos aprender a lição de que a bênção divina não dispensa a responsabilidade de fazermos a nossa parte.
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