Palavra do leitor
- 16 de outubro de 2007
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Faca na caveira
Semana passada eu assisti ao famoso "Tropa de Elite". O filme é um soco no estômago. Menos pelas cenas de violência, palavrões e etc. Com isso já nos acostumamos a conviver todo dia. O que choca no filme é a maneira como se coloca a degradação da nossa sociedade, espelhada numa instituição que deveria ser guardiã das leis, que são as regras para que uma sociedade funcione corretamente. Um dos méritos do filme é esse: colocar os pingos nos "is", mostrar com crueza e realismo, sem condescendências ou meias-palavras, como se perdeu a noção do que é certo e errado e se imiscuiu na polícia, PM no caso, a corrupção e o pior do famigerado "jeitinho brasileiro". Que esperança haverá numa cidade onde o policial se comporta como bandido e vice-versa?
Certo. Você vai me dizer que a realidade não é bem essa. Que o retrato que o filme faz da PM e, principalmente, o endeusamento do BOPE – Batalhão de OPerações Especiais - como o último baluarte da moral e dos bons costumes é um tanto exagerado. Claro, não sou ingênuo. Sei que aquilo é uma obra de ficção e qualquer semelhança com fatos, nomes ou pessoas será mera coincidência. Mas é uma estória baseada no cotidiano das nossas ruas. Ou alguém duvida que há policiais que recebem o "arrego" do tráfico e do bicho e fornecem armas pesadas aos bandidos em troca de qualquer merreca de um punhado de reais? Eu não duvido. Como já disse, não sou ingênuo.
Algumas cenas do filme já nasceram clássicas. Pela extrema verossimilhança demonstrada e, especialmente, pelo debate que geram. Como, por exemplo, a ONG cujos integrantes têm aquela visão romântica e fantasiosa dos traficantes que, segundo eles, têm "consciência social"; o debate hipócrita, em sala de aula, dos filhinhos-de-papai abastados – ou seriam "abestados"? – que não têm a menor noção da dureza que é subir o morro para trocar bala com bandido, com ou sem consciência social, e ficam devaneando sobre um assunto do qual não têm a menor idéia, protegidos que estão no céu azul com bolinhas amarelas do seu "apartamentinho de zona sul"; a antológica surra dada por um dos principais personagens do filme em um daqueles mesmos filhinhos-de-papai que participa de uma passeata de clamor pela paz, sendo ele próprio financiador, porque é consumidor de drogas, e cúmplice do tráfico ao servir de ponte entre o traficante e o seu mundo bem-nascido. "Tropa de Elite", como "Cidade de Deus", é um desses filmes que vêm para ficar. Ninguém é obrigado a gostar dele, mas pelo tanto de temas relevantes que traz à tona, não pode ser ignorado.
Mas não quero aqui fazer crítica cinematográfica. Nem saberia fazê-lo. Também não estou aqui para defender o BOPE ou atacar a classe média amiguinha da bandidagem. Gostaria de expor algumas idéias que me assaltaram (sem trocadilho) e me fizeram refletir sobre a nossa condição de crentes no Senhor Jesus Cristo, filhos do Criador, servos do Deus Altíssimo.
Vamos divagar um pouco e nos permitir viajar, no bom sentido, com o pensamento: analogamente, os traficantes podem simbolizar o mal, as forças infernais, as hostes a serviço do Inimigo de nossas almas, os demônios propriamente ditos. Estão por aí para semear o caos e a desordem. Seu único objetivo é perverter tudo que é bom em mal puro e absoluto. A PM é a polícia que não policia. A força inicialmente criada para atuar em favor do bem, mas que não o faz. Perdeu suas características primordiais de zeladores da pureza e perfeição. Antes, corrompeu-se a tal ponto que se confunde com o mal que deveria enfrentar. Semelhantemente, pode ser entendida como aquela igreja cristã que se diz Mãe das demais. Aquela mesma, daquele senhor de branco, que julga-se a si mesma a única igreja cristã legítima e verdadeira, mas corrompida e totalmente entregue nas mãos do secularismo. Por último, o BOPE. Que na nossa analogia espiritual, somos nós. A Tropa de Elite de Cristo. Os escolhidos para fazer frente às hordas satânicas. A Geração Eleita, o Sacerdócio Real, a Nação Santa. Sobre quem está a missão de levar a Palavra de Deus a toda a parte. A quem foi entregue o anunciar o ano aceitável do Senhor e as suas maravilhosas bênçãos. Cabe a nós, os soldados de Cristo, enfrentar até as últimas conseqüências, sob as ordens do nosso General Jesus, todo mal que nos circunda. Mostrar que a única esperança que há é não corromper-se e manter-se intransigentemente fiel aos mandamentos d’Aquele que levou cativo o cativeiro e nos chamou da Morte para a Vida Eterna.
É grande a nossa missão. Conseqüentemente será também grande a nossa vitória. Sem desfalecer e comprometidos com Deus, subiremos os morros da perdição e destronaremos o príncipe das potestades do ar. Quem vai à nossa frente é ninguém menos que o Senhor dos Exércitos, o próprio Deus Onipotente.
Obs: Se você ainda não viu o filme e ficou interessado após ter lido esse artigo, por favor, vá ao cinema e não compre CD/DVD pirata. É feio para quem diz que é crente. Além de ser crime, você corre o risco de ser preso por isso.
Certo. Você vai me dizer que a realidade não é bem essa. Que o retrato que o filme faz da PM e, principalmente, o endeusamento do BOPE – Batalhão de OPerações Especiais - como o último baluarte da moral e dos bons costumes é um tanto exagerado. Claro, não sou ingênuo. Sei que aquilo é uma obra de ficção e qualquer semelhança com fatos, nomes ou pessoas será mera coincidência. Mas é uma estória baseada no cotidiano das nossas ruas. Ou alguém duvida que há policiais que recebem o "arrego" do tráfico e do bicho e fornecem armas pesadas aos bandidos em troca de qualquer merreca de um punhado de reais? Eu não duvido. Como já disse, não sou ingênuo.
Algumas cenas do filme já nasceram clássicas. Pela extrema verossimilhança demonstrada e, especialmente, pelo debate que geram. Como, por exemplo, a ONG cujos integrantes têm aquela visão romântica e fantasiosa dos traficantes que, segundo eles, têm "consciência social"; o debate hipócrita, em sala de aula, dos filhinhos-de-papai abastados – ou seriam "abestados"? – que não têm a menor noção da dureza que é subir o morro para trocar bala com bandido, com ou sem consciência social, e ficam devaneando sobre um assunto do qual não têm a menor idéia, protegidos que estão no céu azul com bolinhas amarelas do seu "apartamentinho de zona sul"; a antológica surra dada por um dos principais personagens do filme em um daqueles mesmos filhinhos-de-papai que participa de uma passeata de clamor pela paz, sendo ele próprio financiador, porque é consumidor de drogas, e cúmplice do tráfico ao servir de ponte entre o traficante e o seu mundo bem-nascido. "Tropa de Elite", como "Cidade de Deus", é um desses filmes que vêm para ficar. Ninguém é obrigado a gostar dele, mas pelo tanto de temas relevantes que traz à tona, não pode ser ignorado.
Mas não quero aqui fazer crítica cinematográfica. Nem saberia fazê-lo. Também não estou aqui para defender o BOPE ou atacar a classe média amiguinha da bandidagem. Gostaria de expor algumas idéias que me assaltaram (sem trocadilho) e me fizeram refletir sobre a nossa condição de crentes no Senhor Jesus Cristo, filhos do Criador, servos do Deus Altíssimo.
Vamos divagar um pouco e nos permitir viajar, no bom sentido, com o pensamento: analogamente, os traficantes podem simbolizar o mal, as forças infernais, as hostes a serviço do Inimigo de nossas almas, os demônios propriamente ditos. Estão por aí para semear o caos e a desordem. Seu único objetivo é perverter tudo que é bom em mal puro e absoluto. A PM é a polícia que não policia. A força inicialmente criada para atuar em favor do bem, mas que não o faz. Perdeu suas características primordiais de zeladores da pureza e perfeição. Antes, corrompeu-se a tal ponto que se confunde com o mal que deveria enfrentar. Semelhantemente, pode ser entendida como aquela igreja cristã que se diz Mãe das demais. Aquela mesma, daquele senhor de branco, que julga-se a si mesma a única igreja cristã legítima e verdadeira, mas corrompida e totalmente entregue nas mãos do secularismo. Por último, o BOPE. Que na nossa analogia espiritual, somos nós. A Tropa de Elite de Cristo. Os escolhidos para fazer frente às hordas satânicas. A Geração Eleita, o Sacerdócio Real, a Nação Santa. Sobre quem está a missão de levar a Palavra de Deus a toda a parte. A quem foi entregue o anunciar o ano aceitável do Senhor e as suas maravilhosas bênçãos. Cabe a nós, os soldados de Cristo, enfrentar até as últimas conseqüências, sob as ordens do nosso General Jesus, todo mal que nos circunda. Mostrar que a única esperança que há é não corromper-se e manter-se intransigentemente fiel aos mandamentos d’Aquele que levou cativo o cativeiro e nos chamou da Morte para a Vida Eterna.
É grande a nossa missão. Conseqüentemente será também grande a nossa vitória. Sem desfalecer e comprometidos com Deus, subiremos os morros da perdição e destronaremos o príncipe das potestades do ar. Quem vai à nossa frente é ninguém menos que o Senhor dos Exércitos, o próprio Deus Onipotente.
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