Palavra do leitor
- 26 de novembro de 2020
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Existe justiça, mas você tem que ter fome dela
O mundo, nossa sociedade, os sistemas, estão repletos de justiça! Sim, você leu correto: justiça (e repletos). Estranho? Se as injustiças fossem tão gritantes e tão predominantes assim, nem você nem eu iríamos mais para o trabalho. Abandonaríamos os estudos, escolas e universidades. Terminaríamos nossos relacionamentos, amizades, namoros, casamentos. Sairíamos da igreja. Mas há uma certa quantidade suficiente de justiça no mundo que nos faz tocar a vida para frente, sem entrarmos constantemente em crise. Há equilíbrio suficiente nos relacionamentos em nosso mundo, apesar das injustiças, para continuarmos coexistindo em sociedade. Graças a Deus!
O mundo, nossa sociedade, os sistemas, estão repletos de injustiças. Sim, você leu correto: injustiça. Basta lermos os jornais ou sairmos para as ruas: injustiça social, violência, desigualdade, criminalidade. Embora exista em nosso DNA – em uns mais em outros menos – o desejo natural por justiça, a sociedade em que vivemos é sufocada pelas injustiças. Então não é de se estranhar que, em certa medida, todo ser humano deseje a justiça em detrimento à injustiça, principalmente quando ele se sente injustiçado. Até mesmo quando são outros as vítimas das injustiças, há normalmente um desconforto. Dependendo do grau de empatia de cada indivíduo o sentimento de indignação pela injustiça alheia pode ser maior ou menor, mas a indignação está lá.
Por isso o que Jesus fala não é sobre a simples percepção das injustiças no mundo e o desejo por suplantá-las. Fome e sede são necessidades básicas e existenciais. É mais que simples inconformismo com o estado das coisas e também é menos que um sentimento compulsivo por justiça a todo e qualquer preço. Fome e sede de justiça é o motor mais básico e mais elementar e permanente na vida do discípulo de Cristo. Se ele não tem fome ele não se alimenta, se ele não tem sede ele não bebe, se ele não come nem bebe, ele morre...
Por isso a porta de entrada das bem aventuranças é a pobreza de espírito, pois, diante de tudo aquilo que Deus nos oferece, temos que primeiramente ter consciência das injustiças que cometemos contra Ele, de nossa falência espiritual, de nossa dívida. Somos tão miseráveis que estamos condenados à inanição pelas injustiças pessoais que cometemos ou sistêmicas, das quais fazemos parte. Ester ciente disto e condoer-se é o que se chama de consciência do pecado.
A consciência de pecado faz com que tiremos o foco das falhas alheias e concentremo-nos em nossas próprias. Paramos de apontar o dedo para as injustiças do mundo e voltamo-nos para a injustiça que nós mesmos praticamos, para nossa condição de culpados diante de um Deus santo e justo. Nos vemos debaixo de condenação, destinados à morte. Todavia o amor próprio e natural impulsiona-nos para a busca por socorro. Por um lado, a consciência e o senso de justiça apontam para a sentença e o juízo que merecemos. Por outro, o senso de sobrevivência alerta para o fato de que carecemos desesperadamente de uma solução que nos livre desse peso de culpa. Queremos justiça, sabemo-nos culpados, mas não queremos ser punidos: não queremos que o merecido juízo seja exercido sobre nós.
A solução é oferecida por Deus por meio do evangelho da cruz de Cristo.
A fé no sacrifício feito por Jesus na Cruz resolve o problema da culpa. Mas é a fé na ressurreição de Cristo, um homem puro, santo e inocente e sua ida para seu Pai que satisfazem plenamente em nosso interior a fome e sede por justiça. Assim como a fome por alimentos só é saciada quando ingerimos algo saudável. A fome e a sede de justiça só podem ser saciadas quando primeiramente algo muda em nosso interior e não exclusivamente no mundo exterior. Como Jesus disse, temos que beber de seu sangue e comer de sua carne. Tomarmos parte em seu sacrifício. Crermos, em nosso interior, em nosso coração, que Deus o ressuscitou dos mortos.
Tendo assim nossa consciência purificada e sendo justificados pelo próprio Deus tornamo-nos agentes de justiça nesse mundo. A cada dia somos impelidos a buscar a justiça do Reino dos Céus e nos saciarmos com ela. Até que virá novos céus e nova terra onde eternamente habite a justiça, só a justiça.
Então percebemos que há abundância de justiça e que quem tem fome e sede dela, é bem aventurado, pois, em Cristo – e só em Cristo – será sempre satisfeito.
O mundo, nossa sociedade, os sistemas, estão repletos de injustiças. Sim, você leu correto: injustiça. Basta lermos os jornais ou sairmos para as ruas: injustiça social, violência, desigualdade, criminalidade. Embora exista em nosso DNA – em uns mais em outros menos – o desejo natural por justiça, a sociedade em que vivemos é sufocada pelas injustiças. Então não é de se estranhar que, em certa medida, todo ser humano deseje a justiça em detrimento à injustiça, principalmente quando ele se sente injustiçado. Até mesmo quando são outros as vítimas das injustiças, há normalmente um desconforto. Dependendo do grau de empatia de cada indivíduo o sentimento de indignação pela injustiça alheia pode ser maior ou menor, mas a indignação está lá.
Por isso o que Jesus fala não é sobre a simples percepção das injustiças no mundo e o desejo por suplantá-las. Fome e sede são necessidades básicas e existenciais. É mais que simples inconformismo com o estado das coisas e também é menos que um sentimento compulsivo por justiça a todo e qualquer preço. Fome e sede de justiça é o motor mais básico e mais elementar e permanente na vida do discípulo de Cristo. Se ele não tem fome ele não se alimenta, se ele não tem sede ele não bebe, se ele não come nem bebe, ele morre...
Por isso a porta de entrada das bem aventuranças é a pobreza de espírito, pois, diante de tudo aquilo que Deus nos oferece, temos que primeiramente ter consciência das injustiças que cometemos contra Ele, de nossa falência espiritual, de nossa dívida. Somos tão miseráveis que estamos condenados à inanição pelas injustiças pessoais que cometemos ou sistêmicas, das quais fazemos parte. Ester ciente disto e condoer-se é o que se chama de consciência do pecado.
A consciência de pecado faz com que tiremos o foco das falhas alheias e concentremo-nos em nossas próprias. Paramos de apontar o dedo para as injustiças do mundo e voltamo-nos para a injustiça que nós mesmos praticamos, para nossa condição de culpados diante de um Deus santo e justo. Nos vemos debaixo de condenação, destinados à morte. Todavia o amor próprio e natural impulsiona-nos para a busca por socorro. Por um lado, a consciência e o senso de justiça apontam para a sentença e o juízo que merecemos. Por outro, o senso de sobrevivência alerta para o fato de que carecemos desesperadamente de uma solução que nos livre desse peso de culpa. Queremos justiça, sabemo-nos culpados, mas não queremos ser punidos: não queremos que o merecido juízo seja exercido sobre nós.
A solução é oferecida por Deus por meio do evangelho da cruz de Cristo.
A fé no sacrifício feito por Jesus na Cruz resolve o problema da culpa. Mas é a fé na ressurreição de Cristo, um homem puro, santo e inocente e sua ida para seu Pai que satisfazem plenamente em nosso interior a fome e sede por justiça. Assim como a fome por alimentos só é saciada quando ingerimos algo saudável. A fome e a sede de justiça só podem ser saciadas quando primeiramente algo muda em nosso interior e não exclusivamente no mundo exterior. Como Jesus disse, temos que beber de seu sangue e comer de sua carne. Tomarmos parte em seu sacrifício. Crermos, em nosso interior, em nosso coração, que Deus o ressuscitou dos mortos.
Tendo assim nossa consciência purificada e sendo justificados pelo próprio Deus tornamo-nos agentes de justiça nesse mundo. A cada dia somos impelidos a buscar a justiça do Reino dos Céus e nos saciarmos com ela. Até que virá novos céus e nova terra onde eternamente habite a justiça, só a justiça.
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