Palavra do leitor
- 09 de julho de 2013
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Evangélicos sob inquisição
o caso do pastor criminoso
não discordo que escândalos envolvendo líderes religiosos garantem uma renda extra aos jornais e semanários, das mais diversas ideologias. E se os evangélicos despontaram como força política nos últimos anos (e têm feito questão de mostrar seus "músculos") associam-se dois aspectos rendosos para a mídia: o político e o religioso.
há um aspecto que temos que pensar. Quais candidatos apresentam-se aos seus eleitores através de sua profissão? Já vi "dr fulano" (no caso, médico); mas não vi "psicólogo siclano", "advogado tal", "padeiro X". Mas já vi "bispo tal", "pastor qual", "padre fulano". Dentre as profissões, ou mesmo vocações, a mais próxima do divino é a sacerdotal. E do sacerdote se espera, injustamente, além do humano; se esperam projeções de fantasias que não podem ser reais. E talvez as pessoas nem se deem conta disto.
pois quando um pastor é flagrado cometendo crimes que, em nenhuma hipótese poderiam ter sido cometidos, ele cai na rede duas vezes: o político "corrupto" e o religioso "mentiroso" (que se fez passar por algo que não é).
além da questão do evangélico hoje ser vidraça à disposição de qualquer engraçadinho que queira quebrá-la, acredito existir esta outra, objetiva: o comportamento denunciado não é compatível com o título / rótulo que se apresenta publicamente. É possível que seja inocente. Mas foi então descuidado no seu ministério pastoral e flagrado em situação de dubiedade, que mina a confiança na sua vocação pastoral e desperta dúvidas honestas sobre sua retidão pessoal.
e a situação piora quando o pastor não é de uma denominação histórica (posso estar enganado, mas raramente a imprensa se refere ao protestantismo histórico como "seita"), pois graças a outros escândalos (ou situações difíceis de explicar - a mansão do Mário de Oliveira, por exemplo) ligados ao uso do dinheiro ou às exortações pouco cuidadosas ao dízimo dentro da IURD já se parte do "pré-conceito" de que aquela comunidade de fé não é séria; apenas um meio de uma pessoa esperta enriquecer. E se esta comunidade tiver alguma peculiaridade pouco usual, pior ainda.
publicado no crerpensar
não discordo que escândalos envolvendo líderes religiosos garantem uma renda extra aos jornais e semanários, das mais diversas ideologias. E se os evangélicos despontaram como força política nos últimos anos (e têm feito questão de mostrar seus "músculos") associam-se dois aspectos rendosos para a mídia: o político e o religioso.
há um aspecto que temos que pensar. Quais candidatos apresentam-se aos seus eleitores através de sua profissão? Já vi "dr fulano" (no caso, médico); mas não vi "psicólogo siclano", "advogado tal", "padeiro X". Mas já vi "bispo tal", "pastor qual", "padre fulano". Dentre as profissões, ou mesmo vocações, a mais próxima do divino é a sacerdotal. E do sacerdote se espera, injustamente, além do humano; se esperam projeções de fantasias que não podem ser reais. E talvez as pessoas nem se deem conta disto.
pois quando um pastor é flagrado cometendo crimes que, em nenhuma hipótese poderiam ter sido cometidos, ele cai na rede duas vezes: o político "corrupto" e o religioso "mentiroso" (que se fez passar por algo que não é).
além da questão do evangélico hoje ser vidraça à disposição de qualquer engraçadinho que queira quebrá-la, acredito existir esta outra, objetiva: o comportamento denunciado não é compatível com o título / rótulo que se apresenta publicamente. É possível que seja inocente. Mas foi então descuidado no seu ministério pastoral e flagrado em situação de dubiedade, que mina a confiança na sua vocação pastoral e desperta dúvidas honestas sobre sua retidão pessoal.
e a situação piora quando o pastor não é de uma denominação histórica (posso estar enganado, mas raramente a imprensa se refere ao protestantismo histórico como "seita"), pois graças a outros escândalos (ou situações difíceis de explicar - a mansão do Mário de Oliveira, por exemplo) ligados ao uso do dinheiro ou às exortações pouco cuidadosas ao dízimo dentro da IURD já se parte do "pré-conceito" de que aquela comunidade de fé não é séria; apenas um meio de uma pessoa esperta enriquecer. E se esta comunidade tiver alguma peculiaridade pouco usual, pior ainda.
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