Palavra do leitor
- 28 de novembro de 2011
- Visualizações: 1346
- 2 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
Evangélico não praticante. 2a. pt
Estas ditas igrejas universais, mundiais, globais, internacionais, etc. (ainda não vi nenhuma Igreja Municipal da Glória de Deus...) fazem promessas espetaculares e seus cultos merecem, sem nenhum exagero, a denominação de “shows”. Superlota, claro, as custas de um marketing imbatível: o resultado. Mas dos milhares (os mais entusiasmados dizem “milhões”) que as frequentam jamais viram um milagre acontecer. Os milagres são para alguns que testemunham de modo eloquente nas plataformas, sob os holofotes de retransmissoras de grandes redes de TV. Isso aumenta a curiosidade e mais gente engrossa as fileiras das ditas “igrejas evangélicas” da mídia televisiva. O que muitos não atentam é que o público que aparece lotando estádios de futebol, ginásios de esporte e grandes várzeas a céu aberto, não possuem qualquer compromisso de filiação com a dita igreja ou entidade religiosa. Essas “mega-hiper-super-master” igrejas são como rodoviárias: há muita gente, mas em trânsito, simplesmente, trânsito. Agora pergunto: o que acontece com os que abandonam suas religiões em busca de cura e prosperidade material e não obtém o que tanto desejavam? Uma grande parte não volta mais, nem mesmo para sua antiga religião. Para não ficar sem identidade e ter o que responder para familiares e amigos, diz: “ - sou evangélico”.
Igrejas?
Com todo respeito para com essas igrejas midiáticas e seus líderes, não acredito que estes movimentos possam ser chamados de “igreja”, simplesmente porque não existe espaço para a prática cristã do “uns aos outros”. Jesus formou uma comunidade de discípulos, onde o relacionamento era marcado pela ajuda mútua, companheirismo, solidariedade, perdão, encorajamento e aceitação. Nestes auditórios lotados, todos estão eletrizados pelo orador e “nem aí” com a pessoa ao lado. Não há comunhão, a essência do cristianismo.
Sei que o que estou dizendo aqui vai gerar uma certa raiva em alguns, mas não faço isso de modo frio, indiferente. Sinto zelo pela obra de Deus na Terra. Sinto temor ao saber que milhares estão envolvidos num movimento que tenta fundir materialismo com cristianismo, marketing com proclamação da fé, tentando elevar homens à altura de Deus e abraçando uma crença mestiça, com textos bíblicos cuidadosamente escolhidos fora de seu contexto para justificar uma meia verdade, mais venenosa que a mentira propriamente dita.
Herança familiar
Mas não podemos culpar unicamente as igrejas mencionadas acima. Seria injustiça. Muitos seguiram, por um certo tempo, a fé dos pais, evangélicos de verdade, mas na primeira ou segunda adolescência, acabaram se afastando, não vendo em sua fé respostas para os apelos sensuais ou anti-cristãos da sociedade pós-moderna. Hoje, criticam a igreja concentrando-se nos maus exemplos dentro dela (o que sempre houve e haverá), justificando-se (ou tentando se justificar) a fim de calarem a voz da consciência que uma vez foi despertada pelas palavras de Cristo. Lamento dizer que há muitos jovens e adultos que tiveram a oportunidade de abraçar a fé de seus antepassados, mas se desligaram e hoje dizem ser evangélicos porque a mãe, o pai, o irmão mais velho ou a avó ainda é. Recusam-se a assistir uma missa ou ir a um templo budista ou espiritualista, mas se negam a um compromisso com Jesus e sua cruz.
Igrejas?
Com todo respeito para com essas igrejas midiáticas e seus líderes, não acredito que estes movimentos possam ser chamados de “igreja”, simplesmente porque não existe espaço para a prática cristã do “uns aos outros”. Jesus formou uma comunidade de discípulos, onde o relacionamento era marcado pela ajuda mútua, companheirismo, solidariedade, perdão, encorajamento e aceitação. Nestes auditórios lotados, todos estão eletrizados pelo orador e “nem aí” com a pessoa ao lado. Não há comunhão, a essência do cristianismo.
Sei que o que estou dizendo aqui vai gerar uma certa raiva em alguns, mas não faço isso de modo frio, indiferente. Sinto zelo pela obra de Deus na Terra. Sinto temor ao saber que milhares estão envolvidos num movimento que tenta fundir materialismo com cristianismo, marketing com proclamação da fé, tentando elevar homens à altura de Deus e abraçando uma crença mestiça, com textos bíblicos cuidadosamente escolhidos fora de seu contexto para justificar uma meia verdade, mais venenosa que a mentira propriamente dita.
Herança familiar
Mas não podemos culpar unicamente as igrejas mencionadas acima. Seria injustiça. Muitos seguiram, por um certo tempo, a fé dos pais, evangélicos de verdade, mas na primeira ou segunda adolescência, acabaram se afastando, não vendo em sua fé respostas para os apelos sensuais ou anti-cristãos da sociedade pós-moderna. Hoje, criticam a igreja concentrando-se nos maus exemplos dentro dela (o que sempre houve e haverá), justificando-se (ou tentando se justificar) a fim de calarem a voz da consciência que uma vez foi despertada pelas palavras de Cristo. Lamento dizer que há muitos jovens e adultos que tiveram a oportunidade de abraçar a fé de seus antepassados, mas se desligaram e hoje dizem ser evangélicos porque a mãe, o pai, o irmão mais velho ou a avó ainda é. Recusam-se a assistir uma missa ou ir a um templo budista ou espiritualista, mas se negam a um compromisso com Jesus e sua cruz.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
- 28 de novembro de 2011
- Visualizações: 1346
- 2 comentário(s)
- +A
- -A
- compartilhar
QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.
Ultimato quer falar com você.
A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.
PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.
Opinião do leitor
Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Escreva um artigo em resposta
Para escrever uma resposta é necessário estar cadastrado no site. Clique aqui para fazer o login ou seu cadastro.
Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.
Revista Ultimato
- +lidos
- +comentados
- A democracia [geográfica] da dor!
- O cristão morre?
- Só a Fé, sim (só a Escolha, não)
- Mergulhados na cultura, mas batizados na santidade (parte 2)
- Não nos iludamos, animal é animal!
- Amor, compaixão, perdas, respeito!
- Até aqui ele não me deixou
- O soldado rendido
- O verdadeiro "salto da fé"!
- E quando a profecia te deixa confuso?