Palavra do leitor
- 23 de fevereiro de 2020
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Eutanásia e suas implicações
Acaba de ser aprovada, em Portugal, uma lei que permite a Eutanásia [desligar os aparelhos] para pacientes sem qualquer possibilidade de se recuperar; falta, ainda, passar pela outra Casa do Poder Legislativo, subindo, depois, para a assinatura [sanção] presidencial, que pode vetar; todavia acredita-se que assine, pois a maioria do povo português assim o quer.
Alguns países, principalmente aqueles considerados do primeiro mundo, já permitem esse tipo de solução para o doente em estado de muito sofrimento, sem chances de cura; ou se "desligam os aparelhos" [se interrompe a medicação], ou deixam o paciente em estado vegetativo não se sabe por quanto tempo.
Parece ser unanimidade, entre as denominações cristãs, a defesa da vida, como ocorre na discussão do aborto, que nós condenamos por não se poder tirar a vida, quer de uma pessoa viva, quer de um ser humano em formação no ventre de sua mãe, em face do mandamento divino "não matarás".
No caso da interrupção da gravidez, alega-se que a "mãe" tem o direito de decidir sobre o seu próprio corpo podendo, em alguns países, fazer o aborto sem o risco de ser penalizada; ocorre, penso eu, que não se trata de manter o corpo da mulher em "forma", pois ela, sim, tem direito de decidir sobre o seu próprio corpo, mas não sobre o corpo, inocente, de um ser em formação.
Sou contra o aborto exatamente por defender a vida, vida já existente desde a fecundação; se uma mulher não quer ter filhos [excetuo no estupro] que se previna com tantos preservativos existentes, ou então que se abstenha das práticas sexuais.
Quanto à eutanásia, de um modo quase geral, creio que as denominações cristãs são contra pelo mesmo motivo, que é defender a vida, pois sempre há esperança de cura; quando os recursos inexistem ou se extinguiram para o ser humano [o corpo médico] é que se inicia a ação misericordiosa de Deus.
Há um caso em minha família de parada cardiorrespiratória, em que o corpo clínico do hospital tentou ressuscitar o paciente superando o tempo devido para as massagens no peito e outros expedientes médicos; o médico chefe, então, deu ordem para que os aparelhos fossem desligados; uma enfermeira evangélica disse: "não desliga não, doutor, estou orando por ele" (sic); repentinamente o equipamento começou a "apitar" mostrando que os sinais de vida voltaram, e hoje essa pessoa está viva, decorridos vários anos, e participa de todas as atividades humanas, trabalhando inclusive.
Na semana passada vi um vídeo de um médico que dizia que estava operando em uma sala, quando foi chamado pelos médicos de outra sala, que já haviam esgotado os procedimentos de recuperação em um rapaz, e iam desligar os aparelhos; ele fez uma tentativa pessoalmente, e em seguida pediu que abrissem o peito do "falecido", passando a massagear diretamente o coração, após ter orado pedindo a intervenção de Deus; não houve imediata resposta do paciente, ele continuou a massagear aquele coração, que voltou a bater instantaneamente, e o rapaz vive até hoje (sic).
Na minha família, recentemente, houve vários falecimentos, mas nenhum com forte sofrimento ou "vida vegetativa", não tendo havido, portanto, a necessidade dos procedimentos para a "ressurreição".
Receio, algum dia, ter que tomar uma decisão dessas, desligar deixando que o paciente faleça normalmente [no tempo de Deus], ou deixar aqueles tubos todos funcionando, prologando o sofrimento, a vida vegetativa quando não há mais recursos da ciência.
A Palavra de Deus diz, pela voz do Senhor Jesus: "eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10. 10b); qual é a abundância que nos atrai: longevidade ou qualidade de vida? Particularmente, eu opto não pela longevidade, mas pela vida com qualidade.
Pergunto-me: "por que prolongar a vida de alguém que sofre muito, estando em situação vegetativa, se não há recursos científicos para reverter o quadro?" E a única resposta que me vem ao coração é que esgotados os recursos humanos, científicos, chegou a hora da atuação de Deus; esta é a esperança, a última que morre, conforme diz o povo.
Oro sempre pela vontade de Deus, que é que tenhamos vida em abundância, creio que em longevidade e em qualidade; e a decisão a que devemos nos submeter, espero, seja dupla - longevidade com qualidade – se não há vida plena, abundante, sadia, não devemos impedir a mão de Deus; devemos orar para que Ele, o Pai, em um ato de misericórdia, recolha seu filho que está sofrendo. Ou, caso seja a vontade d’Ele, que sejam desligados os aparelhos e Ele, assim mesmo, cure o paciente.
Se, assim, pecamos, a Palavra de Deus diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (...) Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (I João 1.9 e 2.1).
Pense nisto!
Alguns países, principalmente aqueles considerados do primeiro mundo, já permitem esse tipo de solução para o doente em estado de muito sofrimento, sem chances de cura; ou se "desligam os aparelhos" [se interrompe a medicação], ou deixam o paciente em estado vegetativo não se sabe por quanto tempo.
Parece ser unanimidade, entre as denominações cristãs, a defesa da vida, como ocorre na discussão do aborto, que nós condenamos por não se poder tirar a vida, quer de uma pessoa viva, quer de um ser humano em formação no ventre de sua mãe, em face do mandamento divino "não matarás".
No caso da interrupção da gravidez, alega-se que a "mãe" tem o direito de decidir sobre o seu próprio corpo podendo, em alguns países, fazer o aborto sem o risco de ser penalizada; ocorre, penso eu, que não se trata de manter o corpo da mulher em "forma", pois ela, sim, tem direito de decidir sobre o seu próprio corpo, mas não sobre o corpo, inocente, de um ser em formação.
Sou contra o aborto exatamente por defender a vida, vida já existente desde a fecundação; se uma mulher não quer ter filhos [excetuo no estupro] que se previna com tantos preservativos existentes, ou então que se abstenha das práticas sexuais.
Quanto à eutanásia, de um modo quase geral, creio que as denominações cristãs são contra pelo mesmo motivo, que é defender a vida, pois sempre há esperança de cura; quando os recursos inexistem ou se extinguiram para o ser humano [o corpo médico] é que se inicia a ação misericordiosa de Deus.
Há um caso em minha família de parada cardiorrespiratória, em que o corpo clínico do hospital tentou ressuscitar o paciente superando o tempo devido para as massagens no peito e outros expedientes médicos; o médico chefe, então, deu ordem para que os aparelhos fossem desligados; uma enfermeira evangélica disse: "não desliga não, doutor, estou orando por ele" (sic); repentinamente o equipamento começou a "apitar" mostrando que os sinais de vida voltaram, e hoje essa pessoa está viva, decorridos vários anos, e participa de todas as atividades humanas, trabalhando inclusive.
Na semana passada vi um vídeo de um médico que dizia que estava operando em uma sala, quando foi chamado pelos médicos de outra sala, que já haviam esgotado os procedimentos de recuperação em um rapaz, e iam desligar os aparelhos; ele fez uma tentativa pessoalmente, e em seguida pediu que abrissem o peito do "falecido", passando a massagear diretamente o coração, após ter orado pedindo a intervenção de Deus; não houve imediata resposta do paciente, ele continuou a massagear aquele coração, que voltou a bater instantaneamente, e o rapaz vive até hoje (sic).
Na minha família, recentemente, houve vários falecimentos, mas nenhum com forte sofrimento ou "vida vegetativa", não tendo havido, portanto, a necessidade dos procedimentos para a "ressurreição".
Receio, algum dia, ter que tomar uma decisão dessas, desligar deixando que o paciente faleça normalmente [no tempo de Deus], ou deixar aqueles tubos todos funcionando, prologando o sofrimento, a vida vegetativa quando não há mais recursos da ciência.
A Palavra de Deus diz, pela voz do Senhor Jesus: "eu vim para que tenham vida, e a tenham em abundância" (João 10. 10b); qual é a abundância que nos atrai: longevidade ou qualidade de vida? Particularmente, eu opto não pela longevidade, mas pela vida com qualidade.
Pergunto-me: "por que prolongar a vida de alguém que sofre muito, estando em situação vegetativa, se não há recursos científicos para reverter o quadro?" E a única resposta que me vem ao coração é que esgotados os recursos humanos, científicos, chegou a hora da atuação de Deus; esta é a esperança, a última que morre, conforme diz o povo.
Oro sempre pela vontade de Deus, que é que tenhamos vida em abundância, creio que em longevidade e em qualidade; e a decisão a que devemos nos submeter, espero, seja dupla - longevidade com qualidade – se não há vida plena, abundante, sadia, não devemos impedir a mão de Deus; devemos orar para que Ele, o Pai, em um ato de misericórdia, recolha seu filho que está sofrendo. Ou, caso seja a vontade d’Ele, que sejam desligados os aparelhos e Ele, assim mesmo, cure o paciente.
Se, assim, pecamos, a Palavra de Deus diz: "Se confessarmos os nossos pecados, ele é fiel e justo para nos perdoar os pecados e nos purificar de toda injustiça (...) Filhinhos meus, estas coisas vos escrevo para que não pequeis. Se, todavia, alguém pecar, temos Advogado junto ao Pai, Jesus Cristo, o Justo" (I João 1.9 e 2.1).
Pense nisto!
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