Palavra do leitor
- 07 de julho de 2008
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Eu só quero a igreja como ela deve ser
Não quero mais do que uma igreja que seja comunitária. Não quero mais do que uma igreja que seja organismo. Não quero mais do que uma igreja com diversidade de dons. Não quero mais do que uma igreja amorosa, calorosa. Não quero mais do que uma igreja humana em Cristo.
Não quero uma igreja perfeita, sei que isso não existe. Não estou em busca de humanos perfeitos. Quero apenas e tão-somente a igreja-corpo de Cristo, a igreja-rebanho, a igreja-lavoura e edifício de Deus.
As relações na igreja não podem ser exclusivamente verticais. Discordo incisivamente da noção de que a igreja só adora a Deus e pronto. Precisamos das relações em nível horizontal, precisamos da fraternidade, precisamos da comunhão. Não quero transformar a igreja em clube social: antes, quero que ela seja aquilo para que foi constituída - o amor fraternal entre os salvos.
"Uns e outros", "uns para com os outros" são expressões neotestamentárias referentes ao necessário entrosamento dos irmãos. Não me conformo com os cultos em que a gente fica como mero espectador, assistindo a uma sucessão de talentos. Gostaria de que as reuniões aproximassem, em vez de afastar as pessoas.
Há um problema sério com as igrejas grandes. Com mais de 300 membros já começa a ser muito difícil a administração do rebanho. Se não houver um corpo cuidadoso e suficiente de pastores, como serão visitadas as ovelhas em suas reais necessidades? Estou para entender que uma igreja em que o pastor não consegue visitar as ovelhas ao menos uma vez ao ano deveria rever seu tamanho e seu propósito. Dividir nem sempre é ruim, nesse sentido de criar outras congregações de igrejas grandes para um pastoreio mais efetivo.
Igreja, por definição, tem que ser acolhedora, mas o que tenho visto são grupos divididos por vaidade.
No Brasil, há dois tipos nocivos de "crescimento" evangélico: o inchaço do número de supostos evangélicos e a divisão de igrejas formando novas denominações. Surgem igrejas "mega", com estruturas absurdas, parecendo shopping center, para deleite de seus acomodados membros. O que é isso? Até quando quereremos agradar as pessoas em lugar de agradar a Cristo?
Há igrejas em que o membro não consegue ser útil. Se ele deseja fazer alguma coisa, tem que passar por certos escaninhos burocráticos que mais parecem feudos. Tem que falar, por exemplo, com o pastor tal, que cuida da subdivisão de evangelismo pessoal, que por sua vez se vincula ao setor de evangelismo, ligado ao departamento de evangelismo e missões. Se fizer qualquer coisa sem passar pelos trâmites, sem falar com as pessoas certas, haverá retaliações motivadas por ciúmes.
Não consigo aquiescer com líderes que desrespeitam o cuidado das ovelhas. Não consigo aceitar a conduta de quem não enxerga a igreja como feita de pessoas. Sim, a igreja somos nós. Nenhum tijolo do templo irá subir naquele Dia.
Não quero uma igreja perfeita, sei que isso não existe. Não estou em busca de humanos perfeitos. Quero apenas e tão-somente a igreja-corpo de Cristo, a igreja-rebanho, a igreja-lavoura e edifício de Deus.
As relações na igreja não podem ser exclusivamente verticais. Discordo incisivamente da noção de que a igreja só adora a Deus e pronto. Precisamos das relações em nível horizontal, precisamos da fraternidade, precisamos da comunhão. Não quero transformar a igreja em clube social: antes, quero que ela seja aquilo para que foi constituída - o amor fraternal entre os salvos.
"Uns e outros", "uns para com os outros" são expressões neotestamentárias referentes ao necessário entrosamento dos irmãos. Não me conformo com os cultos em que a gente fica como mero espectador, assistindo a uma sucessão de talentos. Gostaria de que as reuniões aproximassem, em vez de afastar as pessoas.
Há um problema sério com as igrejas grandes. Com mais de 300 membros já começa a ser muito difícil a administração do rebanho. Se não houver um corpo cuidadoso e suficiente de pastores, como serão visitadas as ovelhas em suas reais necessidades? Estou para entender que uma igreja em que o pastor não consegue visitar as ovelhas ao menos uma vez ao ano deveria rever seu tamanho e seu propósito. Dividir nem sempre é ruim, nesse sentido de criar outras congregações de igrejas grandes para um pastoreio mais efetivo.
Igreja, por definição, tem que ser acolhedora, mas o que tenho visto são grupos divididos por vaidade.
No Brasil, há dois tipos nocivos de "crescimento" evangélico: o inchaço do número de supostos evangélicos e a divisão de igrejas formando novas denominações. Surgem igrejas "mega", com estruturas absurdas, parecendo shopping center, para deleite de seus acomodados membros. O que é isso? Até quando quereremos agradar as pessoas em lugar de agradar a Cristo?
Há igrejas em que o membro não consegue ser útil. Se ele deseja fazer alguma coisa, tem que passar por certos escaninhos burocráticos que mais parecem feudos. Tem que falar, por exemplo, com o pastor tal, que cuida da subdivisão de evangelismo pessoal, que por sua vez se vincula ao setor de evangelismo, ligado ao departamento de evangelismo e missões. Se fizer qualquer coisa sem passar pelos trâmites, sem falar com as pessoas certas, haverá retaliações motivadas por ciúmes.
Não consigo aquiescer com líderes que desrespeitam o cuidado das ovelhas. Não consigo aceitar a conduta de quem não enxerga a igreja como feita de pessoas. Sim, a igreja somos nós. Nenhum tijolo do templo irá subir naquele Dia.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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