Palavra do leitor
26 de maio de 2007
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Eu ainda choro
Li o texto "Não consigo chorar", e desejo declarar que eu ainda choro, chorar me faz bem, me faz melhor.
Chorei pelas misérias domésticas dos milhares de irmãos africanos.
Chorei pelas vítimas do Carandiru, da tsunami, do WTC.
Chorei quando um irmão me relatou do seu filho ingressando no tráfico.
Eu ainda choro pela vida desgraciosa que famílias inteiras vivem no meu bairro.
No entanto, minhas lágrimas não parecem secar, na verdade, elas gritam aos meus ouvidos que preciso fazer algo, que a igreja que pertenço precisa se mobilizar.
Há um choro especial, há em mim um choro diferente, as suas lágrimas são copiosas, o tempo passa e elas se intensificam, eu não tenho nenhum controle sobre elas, se no trabalho, se no culto, se em casa, se no ônibua, elas apenas descem estimuladas pelas lembranças.
Refiro-me a uma perda, as lágrimas da perda de um irmão pela violência humana recheada de brutalidade e animosidade, incentivada pela impunidade do sistema.
São seis meses, seis meses de choro, de lágrimas da falta, da saudade. No entanto, sei que enquanto chorar, estou bem.
Um dia darei gargalhadas de meus choros, em lágrimas.
Chorei pelas misérias domésticas dos milhares de irmãos africanos.
Chorei pelas vítimas do Carandiru, da tsunami, do WTC.
Chorei quando um irmão me relatou do seu filho ingressando no tráfico.
Eu ainda choro pela vida desgraciosa que famílias inteiras vivem no meu bairro.
No entanto, minhas lágrimas não parecem secar, na verdade, elas gritam aos meus ouvidos que preciso fazer algo, que a igreja que pertenço precisa se mobilizar.
Há um choro especial, há em mim um choro diferente, as suas lágrimas são copiosas, o tempo passa e elas se intensificam, eu não tenho nenhum controle sobre elas, se no trabalho, se no culto, se em casa, se no ônibua, elas apenas descem estimuladas pelas lembranças.
Refiro-me a uma perda, as lágrimas da perda de um irmão pela violência humana recheada de brutalidade e animosidade, incentivada pela impunidade do sistema.
São seis meses, seis meses de choro, de lágrimas da falta, da saudade. No entanto, sei que enquanto chorar, estou bem.
Um dia darei gargalhadas de meus choros, em lágrimas.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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