Ética ou santificação

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A ética tem como elemento parte daquilo que é aceito ou tolerado pela sociedade. Diante disto, um cristão pode ser levado a viver uma vida de pecado sem se dar conta do erro, caso viva numa sociedade totalmente pervertida. Desta forma, se faz necessário um outro dispositivo orientador, a bíblia, que como um todo deve ser usada como manual ético, e se pensarmos num resumo fácil de procedimentos éticos encontramos os dez mandamentos (Decálogo).

Certamente há muita confusão no meio cristão quanto ao que está escrito no antigo testamento, a principal dificuldade é entender a relação graça e lei. Podemos observar que decálogo, mesmo sendo integrante da lei, tem sua continuidade no ensino de Jesus e dos apóstolos. Quanto a entrega do decálogo há um importante plano de fundo ante a entrega dos mandamentos, onde o Senhor se revela ao seu povo como, "O seu Deus, que os tirou da servidão do Egito" (Ex 20:2). Veja, primeiramente o Senhor liberta o seu povo da opressão e faz uma aliança com esse povo no Sinai, após isto ocorre a entrega dos mandamentos. Em outras palavras, o povo é salvo pela graça de Deus, e, num segundo momento lhe são entregues as regras que servem de orientação para que um povo liberto possa viver como tal. O pano de fundo histórico dos dez mandamentos é o evangelho.

Logo, o princípio para a obediência não se encontra na moralidade, mas na gratidão! Tal princípio é mesmo para os cristãos de todas as épocas. Se perguntarmos, como o povo salvo pode viver em santidade? A resposta mais correta é obedecendo aos mandamentos, em especial ao decálogo! Contudo, sempre observando a linha tênue entre santificação e legalismo. O Senhor não deseja que o seu povo seja um povo ético para que possa alcançar algo, ou use desta obediência para ser uma moeda de troca, ou motivações para o pecado do orgulho quando em comparação a outros cristãos, mas que lhe obedeçam porque já foram alcançados pela graça e agraciado com toda sorte de bênçãos!

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Opinião do leitor