Palavra do leitor
- 07 de julho de 2021
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Estranho atrativo
Devido às vicissitudes existenciais, à revolução cultural e espiritual, muitas coisas perderam o atrativo. Em contrapartida há um estranho poder de atração que assemelha-se ao feitiço, que insinua-se instigando à curiosidade, a qual após satisfeita, não raras vezes se revela frustrante, com danos irreparáveis, entretanto, renasce como fênix perfazendo um círculo vicioso na linha do tempo.
É inquietante o magnetismo que o desconhecido exerce sobre a alma humana, com maior obsessão por vasculhar o imaginado no semelhante; na expectativa de descobrir o suposto mistério. Com essa perspectiva a alma falena sai da casinha seduzida pelo canto da "sereia", no oceano da existência.
A sequela intrínseca pós edênica identifica um parentesco, afinidade ou semelhança com aquele que logrou êxito em comunicar atrativo à "coisa" incógnita alhures, incitando à agônica expectativa do "upgrade" dos sonhos valendo-se do fato que a alma humana é insaciável, por natureza. Pv 27.20.
A tentação é semelhante à caixa de Pandora, com toda sorte de pragas enviada por um desafeto de Prometheus, que significa - previdente - porém aberta pela curiosidade de Epimeteu - aquele que pondera demasiado tarde. Entretanto, devido à esperança, há uma motivação para correr sempre em busca de não sei o que, que deve estar não sei aonde. Como diz o gaúcho: "Coisa de louco!"
Geralmente é dessa natureza abissal o estranho poder de atração que se esconde, seja em coisas, lugares, paisagens; mesclados com devaneios. Há neste pitoresco perfil uma analogia do romântico, do nostálgico, que incita ir como barco à deriva ao sabor do vento, numa "viagem" incógnita multicor movida por insaciável; sôfrega ansiedade.
Uma saudade e anseio envoltos na coisa que não tem identidade, que não se conhece na realidade, que se esconde no surreal induzindo a uma jornada à "Terra do Nunca" em busca do tal "sensus plenior" da vida, oculto no desconhecido com seu bisonho romantismo.
Neste frenesi, a alma Peter Pan, viaja em voos agônicos, visualiza "Ets", dança com "Sininho" nas alturas do nada, conversa com "reptilianos", contempla e ouve os mortos, hospeda visitas noturnas que sequestram-na durante o sono, para orgias fora do corpo. Isso tem precedentes? Sim! Pois vários espíritos podem habitar no ser humano anarquizando a personalidade, na paranoica viagem para lugar nenhum. (ver Lucas 8.26-39 e Mateus 12.43-45).
O perigo de tais experiências incide sobre a dramática sensação de sentir-se no "corpo errado", visto que enquanto fora do corpo, é invadido por "alienígenas" [espíritos do mal], que anarquizam o ontológico, deixando a sensação do corpo estranho. devido ao "estranho" compartilhado no corpo, gerando confusão e conflitos na alma insuflado pelo "superego"; mundo invisível.
Estes caracterizam uma estirpe de "Sem Terra" de outra dimensão, que invadem a alma, e exploram suas riquezas mantendo-se inadimplentes. Para todos os efeitos, ninguém sabe, ninguém viu, com agravante cruel: se a vítima relatar tal episódio ou experiência corre o risco de ser considerada "insana" e não darão crédito devido à anomalia a que submeteu-se. Isso tem perfil de tragédia grega, ou de comédia tenebrosa.
O primeiro ato desse gênero foi encenado pela entidade que ocupava a mais alta patente, com exceção a Deus. Em seu imaginário roteiro consta: "Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo" Is 14.14. Isso o fascinava e atraia. Entretanto, despencou para as profundezas do abismo tornando-se abominável.
Portanto, "viajar" atraído pela ilusão é insanidade e aflição de alma. Em sentido etimológico, o termo "atração" significa [o ato de trazer para perto de si] Porém, a que procede da alucinação conduz inevitavelmente para longe, de si mesmo, do semelhante, dos ideais, de Deus, e da bem aventurança eterna. O aspecto trágico é que conduz à segunda morte (Ap 2.11).
A alma atraída pela sedução da serpente saiu da corporação divina, perdeu a identidade original e deformou o corpo. Adão e Eva sentiram-se no "corpo errado", e no desespero cobriram-no com folhas de figueira, Gn 3.7. Entretanto esta é ilusão de ótica, afinal era a alma que errava no corpo, visto ter incorporado o estranho na orgia da árvore proibida, Gn 2.17.
Em contrapartida, é indescritível o atrativo de Cristo pelas almas que perderam-se na utopia do pecado, descambando para um estado de distopia crônica. O contraste é que seu inimigo, no afã de subir mais alto, desceu às profundezas.
Jesus Cristo desceu das alturas atraído por amor às almas caídas no abismo, e não só alcançou o mais alto posto, porém levou consigo muitos que agonizavam nas profundezas do pecado (ler Ef 4.8). No contexto o Senhor observou: "Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim", Jo 12.32.
Por fim, a fé tem como base uma ilusão é um paradoxo de Hebreus 11.1, de maneira que tal "fé" é falta de fundamento e prova das coisas invisíveis, que seduzem a alma e apagam o espírito. Que estranho atrativo!
É inquietante o magnetismo que o desconhecido exerce sobre a alma humana, com maior obsessão por vasculhar o imaginado no semelhante; na expectativa de descobrir o suposto mistério. Com essa perspectiva a alma falena sai da casinha seduzida pelo canto da "sereia", no oceano da existência.
A sequela intrínseca pós edênica identifica um parentesco, afinidade ou semelhança com aquele que logrou êxito em comunicar atrativo à "coisa" incógnita alhures, incitando à agônica expectativa do "upgrade" dos sonhos valendo-se do fato que a alma humana é insaciável, por natureza. Pv 27.20.
A tentação é semelhante à caixa de Pandora, com toda sorte de pragas enviada por um desafeto de Prometheus, que significa - previdente - porém aberta pela curiosidade de Epimeteu - aquele que pondera demasiado tarde. Entretanto, devido à esperança, há uma motivação para correr sempre em busca de não sei o que, que deve estar não sei aonde. Como diz o gaúcho: "Coisa de louco!"
Geralmente é dessa natureza abissal o estranho poder de atração que se esconde, seja em coisas, lugares, paisagens; mesclados com devaneios. Há neste pitoresco perfil uma analogia do romântico, do nostálgico, que incita ir como barco à deriva ao sabor do vento, numa "viagem" incógnita multicor movida por insaciável; sôfrega ansiedade.
Uma saudade e anseio envoltos na coisa que não tem identidade, que não se conhece na realidade, que se esconde no surreal induzindo a uma jornada à "Terra do Nunca" em busca do tal "sensus plenior" da vida, oculto no desconhecido com seu bisonho romantismo.
Neste frenesi, a alma Peter Pan, viaja em voos agônicos, visualiza "Ets", dança com "Sininho" nas alturas do nada, conversa com "reptilianos", contempla e ouve os mortos, hospeda visitas noturnas que sequestram-na durante o sono, para orgias fora do corpo. Isso tem precedentes? Sim! Pois vários espíritos podem habitar no ser humano anarquizando a personalidade, na paranoica viagem para lugar nenhum. (ver Lucas 8.26-39 e Mateus 12.43-45).
O perigo de tais experiências incide sobre a dramática sensação de sentir-se no "corpo errado", visto que enquanto fora do corpo, é invadido por "alienígenas" [espíritos do mal], que anarquizam o ontológico, deixando a sensação do corpo estranho. devido ao "estranho" compartilhado no corpo, gerando confusão e conflitos na alma insuflado pelo "superego"; mundo invisível.
Estes caracterizam uma estirpe de "Sem Terra" de outra dimensão, que invadem a alma, e exploram suas riquezas mantendo-se inadimplentes. Para todos os efeitos, ninguém sabe, ninguém viu, com agravante cruel: se a vítima relatar tal episódio ou experiência corre o risco de ser considerada "insana" e não darão crédito devido à anomalia a que submeteu-se. Isso tem perfil de tragédia grega, ou de comédia tenebrosa.
O primeiro ato desse gênero foi encenado pela entidade que ocupava a mais alta patente, com exceção a Deus. Em seu imaginário roteiro consta: "Subirei acima das mais altas nuvens e serei semelhante ao Altíssimo" Is 14.14. Isso o fascinava e atraia. Entretanto, despencou para as profundezas do abismo tornando-se abominável.
Portanto, "viajar" atraído pela ilusão é insanidade e aflição de alma. Em sentido etimológico, o termo "atração" significa [o ato de trazer para perto de si] Porém, a que procede da alucinação conduz inevitavelmente para longe, de si mesmo, do semelhante, dos ideais, de Deus, e da bem aventurança eterna. O aspecto trágico é que conduz à segunda morte (Ap 2.11).
A alma atraída pela sedução da serpente saiu da corporação divina, perdeu a identidade original e deformou o corpo. Adão e Eva sentiram-se no "corpo errado", e no desespero cobriram-no com folhas de figueira, Gn 3.7. Entretanto esta é ilusão de ótica, afinal era a alma que errava no corpo, visto ter incorporado o estranho na orgia da árvore proibida, Gn 2.17.
Em contrapartida, é indescritível o atrativo de Cristo pelas almas que perderam-se na utopia do pecado, descambando para um estado de distopia crônica. O contraste é que seu inimigo, no afã de subir mais alto, desceu às profundezas.
Jesus Cristo desceu das alturas atraído por amor às almas caídas no abismo, e não só alcançou o mais alto posto, porém levou consigo muitos que agonizavam nas profundezas do pecado (ler Ef 4.8). No contexto o Senhor observou: "Eu, quando for levantado da terra, todos atrairei a mim", Jo 12.32.
Por fim, a fé tem como base uma ilusão é um paradoxo de Hebreus 11.1, de maneira que tal "fé" é falta de fundamento e prova das coisas invisíveis, que seduzem a alma e apagam o espírito. Que estranho atrativo!
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