Palavra do leitor
- 05 de março de 2014
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Estou de saco cheio
Peço desculpas, desde já, afinal de contas, a expressão aplicada no presente texto, em momento, objetiva descambar ao sarcasmo, ao pejorativo, ao esdrúxulo.
Simplesmente, estou de saco cheio de ouvir e ouvir e ouvir discursos ácidos com relação a igreja, como se os problemas acarretados por nossas posturas e procedimentos fossem gerados e procriados, através dela. É bem verdade, a multiplicidade de messias, para todos os gostos e paladares, numa espécie de caldo cultural de Cristo, tem provocado a submersão num evangelho abundantemente subjetivista, desentranhado de qualquer princípio norteador da existência e da espiritualidade humana. Aliás, concernentes matérias perpassam a léguas de distancias de uma pletora de púlpitos, cada vez mais, enredados por lideranças personalistas. Vou adiante, trilhamos por um período marcado por uma busca indiscutível no que toca ao sentido da nossa vida. Para muitos, as ufanias triunfalistas e as intervenções de um Criador voltado a dissipar nossas mancadas e irresponsabilidades basta e é o bastante.
Tornamo – nos adeptos de ajuntamentos, andarilhos a procura de um novo compêndio de sermões, de um idealismo que possa se adequar a uma fé ancorada no porto do meu eu e ponto final. Ora, em meio a uma pletora de espaços destinados de templos, pra lá e cá, o contingente de desesperançados segue ao lado. Quantas vezes enfatizamos sobre embates espirituais e miríades de campanhas para, lá no fundo, perceber expectativas frustradas, porque tiveram sua nascente em promessas irreais e absurdas.
Não posso negar, estou de saco cheio de ouvir que Jesus Cristo é o Senhor da minha, mas, em contrapartida, há o prosseguir de ser indiferente com relação ao próximo, conivente com a corrupção nos intestinos de nosso povo, com a violência venerada e tratada como celebridade, com a sexualidade vista como um objeto e por ai vai. Dou mais uma pontuada, estou de saco cheio desse vaivém de pessoas sedentas por gurus messiânicos, por fazer de Cristo capa de seus idealismos transitórios, por anular completamente qualquer itinerário de diálogo com outras vertentes cristãs, por pessoas que querem suas vontades e caprichos (pra isso, após se converterem, alugam um espaço, colocam uma placa e ditam as normas de suas revelações).
Sejamos sinceros e sérios, estou também de saco cheio dessa porfia por estruturas megalomaníacas e por haver uma rejeição a intenção da vida Kahal, pelo qual partilhamos a salvação que cura o passado, traz uma esperança viva ao presente e finca uma certeza, ou seja, do retorno a nossa origem. Deveras, estou de saco cheio de delimitar o pecado as fronteiras da masturbação, da intimidade carnal, do adultério, da prostituição, até porque aceitar os mandos e desmandos na política, não se importar com os milhões de recursos desembocados no soerguer de templos faraônicos do futebol, de subsidiar uma Olimpíada (enquanto pessoas, todos os anos, são vitimadas por enchentes), de fazer vistas grossas para a falência da gestão pública, de não acompanhar o desempenho de nossos parlamentares, de resumir a política a tendências partidárias e idealísticas, de excomungar a relevância de a igreja influenciar os cristãos a trabalharem pela política, sem, evidentemente, ser um meio para a promoção de oportunistas, de estimular os cristãos a compreenderem e discernirem o quanto ser espiritual envolve a questão de ser um ser político, que trabalha pela convivência entre indivíduos, comunidades, grupos, segmentos e nichos sociais, de aprender com os nossos irmãos protestantes, pentecostais e ortodoxos, de aceitar a multiforme Graça Jesus nas multifacetas de quem esteja no rolezinho, de quem esteja nas passeatas por mudanças e alterações sociais e tantas outras situações que é também pecado, alienação, indiferença e resignação.
Enfim, estou de saco cheio de, somente, sermos lembrados de ser sal da terra e luz do mundo, quando se aproxima o período de sucessão eleitoral, de nos acostumarmos com uma visão de cristandade, sem ir ao próximo, sem a relevância de uma ética que se constrói no espírito, na imaginação, no inconsciente, na inteligência, de não ponderarmos que ser próspero abraça o direito e o dever de todos, sejam judeus ou gentios, sejam brancos ou negros, sejam heterossexuais ou homossexuais, sejam de direita ou de esquerda, sejam de vanguarda ou tradicionais e disporem de uma cidadania plena, integral e contundente, ou seja, a cidadania do tive sede de justiça e não me deste mecanismo legais e institucionais para suprir tais demandas; tive fome de respeito e misericórdia, mas apenas encontrei intolerância e opressão; tive frio de honestidade, mas também não me deste as vestimentas da aplicabilidade de formas de corrigir correspondentes desvarios.
Ademais, estou de saco cheio de, em muitas vezes, falar em demasia e não rever os meus papéis, de não ir a direção da oração livre e despida diante do SENHOR e do discipulado aberto, franco e transparente do recomeçar.
Simplesmente, estou de saco cheio de ouvir e ouvir e ouvir discursos ácidos com relação a igreja, como se os problemas acarretados por nossas posturas e procedimentos fossem gerados e procriados, através dela. É bem verdade, a multiplicidade de messias, para todos os gostos e paladares, numa espécie de caldo cultural de Cristo, tem provocado a submersão num evangelho abundantemente subjetivista, desentranhado de qualquer princípio norteador da existência e da espiritualidade humana. Aliás, concernentes matérias perpassam a léguas de distancias de uma pletora de púlpitos, cada vez mais, enredados por lideranças personalistas. Vou adiante, trilhamos por um período marcado por uma busca indiscutível no que toca ao sentido da nossa vida. Para muitos, as ufanias triunfalistas e as intervenções de um Criador voltado a dissipar nossas mancadas e irresponsabilidades basta e é o bastante.
Tornamo – nos adeptos de ajuntamentos, andarilhos a procura de um novo compêndio de sermões, de um idealismo que possa se adequar a uma fé ancorada no porto do meu eu e ponto final. Ora, em meio a uma pletora de espaços destinados de templos, pra lá e cá, o contingente de desesperançados segue ao lado. Quantas vezes enfatizamos sobre embates espirituais e miríades de campanhas para, lá no fundo, perceber expectativas frustradas, porque tiveram sua nascente em promessas irreais e absurdas.
Não posso negar, estou de saco cheio de ouvir que Jesus Cristo é o Senhor da minha, mas, em contrapartida, há o prosseguir de ser indiferente com relação ao próximo, conivente com a corrupção nos intestinos de nosso povo, com a violência venerada e tratada como celebridade, com a sexualidade vista como um objeto e por ai vai. Dou mais uma pontuada, estou de saco cheio desse vaivém de pessoas sedentas por gurus messiânicos, por fazer de Cristo capa de seus idealismos transitórios, por anular completamente qualquer itinerário de diálogo com outras vertentes cristãs, por pessoas que querem suas vontades e caprichos (pra isso, após se converterem, alugam um espaço, colocam uma placa e ditam as normas de suas revelações).
Sejamos sinceros e sérios, estou também de saco cheio dessa porfia por estruturas megalomaníacas e por haver uma rejeição a intenção da vida Kahal, pelo qual partilhamos a salvação que cura o passado, traz uma esperança viva ao presente e finca uma certeza, ou seja, do retorno a nossa origem. Deveras, estou de saco cheio de delimitar o pecado as fronteiras da masturbação, da intimidade carnal, do adultério, da prostituição, até porque aceitar os mandos e desmandos na política, não se importar com os milhões de recursos desembocados no soerguer de templos faraônicos do futebol, de subsidiar uma Olimpíada (enquanto pessoas, todos os anos, são vitimadas por enchentes), de fazer vistas grossas para a falência da gestão pública, de não acompanhar o desempenho de nossos parlamentares, de resumir a política a tendências partidárias e idealísticas, de excomungar a relevância de a igreja influenciar os cristãos a trabalharem pela política, sem, evidentemente, ser um meio para a promoção de oportunistas, de estimular os cristãos a compreenderem e discernirem o quanto ser espiritual envolve a questão de ser um ser político, que trabalha pela convivência entre indivíduos, comunidades, grupos, segmentos e nichos sociais, de aprender com os nossos irmãos protestantes, pentecostais e ortodoxos, de aceitar a multiforme Graça Jesus nas multifacetas de quem esteja no rolezinho, de quem esteja nas passeatas por mudanças e alterações sociais e tantas outras situações que é também pecado, alienação, indiferença e resignação.
Enfim, estou de saco cheio de, somente, sermos lembrados de ser sal da terra e luz do mundo, quando se aproxima o período de sucessão eleitoral, de nos acostumarmos com uma visão de cristandade, sem ir ao próximo, sem a relevância de uma ética que se constrói no espírito, na imaginação, no inconsciente, na inteligência, de não ponderarmos que ser próspero abraça o direito e o dever de todos, sejam judeus ou gentios, sejam brancos ou negros, sejam heterossexuais ou homossexuais, sejam de direita ou de esquerda, sejam de vanguarda ou tradicionais e disporem de uma cidadania plena, integral e contundente, ou seja, a cidadania do tive sede de justiça e não me deste mecanismo legais e institucionais para suprir tais demandas; tive fome de respeito e misericórdia, mas apenas encontrei intolerância e opressão; tive frio de honestidade, mas também não me deste as vestimentas da aplicabilidade de formas de corrigir correspondentes desvarios.
Ademais, estou de saco cheio de, em muitas vezes, falar em demasia e não rever os meus papéis, de não ir a direção da oração livre e despida diante do SENHOR e do discipulado aberto, franco e transparente do recomeçar.
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