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Palavra do leitor

Estou com tudo sem estar prosa!

Lá nas Minas Gerais, meu primeiro amor, minha amada terra, meu berço, meu torrão natal, é comum, a nós mineiros, o uso de jargões, os famosos ditados populares; alguns são de mau gosto, mas sinceros [os chamados politicamente incorretos], outros, pelo contrário, são agradáveis, elogiosos, ou seja, na linguagem atual, os politicamente corretos.

Devo reafirmar, conforme já fiz em várias oportunidades, que não sou muito simpático quanto ao politicamente correto; é uma dissimulação, é uma inverdade, é um faz de conta para agradar os ouvidos alheios.

Prefiro ficar com o que o Senhor Jesus ensinou: "Seja, porém, a tua palavra: Sim, sim; não, não. O que disto passar vem do maligno" (Mateus 5.37).

Quando penso em Minas, meu torrão natal, por isso meu primeiro amor [e o primeiro amor é como o "primeiro ‘Valisere’, ninguém esquece", é eterno] lembro-me dos versos do poeta Gonçalves Dias, quando exilado em Portugal, cantando suas saudades do Brasil:

"Minha terra tem palmeiras,
onde canta o Sabiá;
as aves, que aqui gorjeiam,
não gorjeiam como lá.

Nosso céu tem mais estrelas,
nossas várzeas têm mais flores,
nossos bosques têm mais vida,
nossa vida mais amores.

Em cismar – sozinho – à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
Minha terra tem palmeiras;
onde canta o Sabiá.

Minha terra tem primores,
que tais não encontro eu cá;
Em cismar – sozinho à noite –
Mais prazer encontro eu lá;
minha terra tem palmeiras,
onde canta o Sabiá.

Não permita Deus que eu morra,
sem que eu volte para lá;
sem que eu desfrute os primores que não encontro por cá;
sem qu’inda aviste as palmeiras,
onde canta o Sabiá."

Um parêntese: com essa pandemia, com essa paralização de quase todas as atividades, com esse isolamento social, os céus estão limpos e belos, azuis; as águas dos rios e dos mares estão límpidas, o ar está puro, os peixes e animais marinhos vieram para a beira mar, os pássaros voltaram às nossas vizinhas árvores com seus cantos maviosos!

Dá, até, vontade de proclamar, alto e bom som, algo desagradável, abominável, politicamente incorreto: "Viva a pandemia!"

Então, voltemos a Minas, a minha amada terra: quando alguém conquista muitos valores, muitos privilégios, muitas vitórias, o felizardo diz: "Estou com tudo e não estou prosa" (sic), que quer dizer que, apesar do lucro, apesar das vitórias, apesar dos louros a pessoa não se gaba, não se vangloria, não conta vantagens; isso é típico de nós mineiros, a modéstia, quiçá a inibição.

Mas, aqui, volto a tratar da tal pandemia, o coronavírus, citando e destacando alguns dos chamados "grupos de risco": idosos [acima de 65 anos], hipertensão, diabetes, obesidade, doenças crônicas como as cardiovasculares, as pulmonares, como a asma, as renais crônicas, câncer etc.

Não é que "estou com tudo, sem estar prosa!"; mas, segundo minhas médicas, sou pré-diabético, fui [ou sou] asmático, tenho enfisema pulmonar [a tratar após a pandemia], sou hipertenso, tenho três "stent" na coronária esquerda, sou "pré-idoso (79)"; o jeito é perguntar "e, agora, José?"

Agora, é confiar no "confinamento" tão somente? Creio que não, pois já há casos de contemplados nos grupos de risco, que não puseram um pé fora da porta, nem receberam alguém em casa, mas já contraíram o vírus!

Agora, portanto, só me cabe confiar no nosso Deus poderoso, e dizer como o disse o Senhor Jesus: "Senhor, se puder passa de mim este cálice, mas seja feita a tua vontade e não a minha" (Marcos 14.36).

Mas posso e devo dizer, como o Apóstolo Paulo: "Para mim o viver é Cristo, mas o morrer é lucro"; lucro porque vou para as moradas que o Senhor Jesus nos foi preparar, na Casa do Pai; lá, sim, é o meu verdadeiro lar:

"Não se turbe o vosso coração; credes em Deus, crede também em mim. Na casa de meu Pai há muitas moradas. Se assim não fora, eu vo-lo teria dito. Pois vou preparar-vos lugar [aposento]. E, quando eu for e vos preparar lugar, voltarei e vos receberei para mim mesmo, para que, onde eu estou, estejais vós também" (João 14.1-3).

Esta é a certeza do cristão, esta é a esperança dos filhos de Deus, temos morada eterna garantida quando "nascemos de novo", que é a conversão ao Senhor Jesus; criaturas que éramos adquirimos o poder de sermos feitos filhos de Deus:

"Mas, a todos quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos que creem no seu nome; os quais não nasceram do sangue, nem da vontade da carne, nem da vontade do homem, mas de Deus" (João 1.12-13).

Concluo como o fez Paulo, cujo texto serviu de base para um dos livros que publiquei em 2001 [Tudo tem o seu tempo]:

"Combati o bom combate, completei a carreira, guardei a fé. Já agora a coroa da justiça me está guardada, a qual o Senhor, reto juiz, me dará naquele Dia; e não somente a mim, mas também a todos quantos amam a sua vinda [volta]" (2 Timóteo 4.7-8).

Aguardo, pacientemente. a Coroa, que me está reservada!

Pense nisto!
São Paulo - SP
Textos publicados: 829 [ver]

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