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Palavra do leitor

Estevão, estou do teu lado!

Não me importo se for odiado por isso... estou do teu lado...

Imagino o que o amado irmão sofreu e quero deixar aqui registrada a minha admiração e respeito a quem é digno de merecimento...

A tua história é a de um homem de profunda piedade e grande fé.

Quantas são as testemunhas da tua incansável luta pela causa de Cristo e da ousadia com que o amado sempre proclamou sua fé.

Somos sabedores das inúmeras vezes que teve que enfrentar oponentes em discussões sobre a verdade e que eles "não podiam resistir à tua sabedoria, e ao espírito com que falava" Atos 6:10.

Entre todos os diáconos, nenhum se destacou como o irmão Estevão, homem estudioso das profecias, e instruído em todos os assuntos da lei.

Nenhum juiz ou sacerdote jamais te condenou (não sei se o irmão Estevão era casado) a quatro anos de prisão por crime de evasão de divisas. Quando foi preso nunca pode recorrer da decisão em liberdade.

A tua Igreja também não pode recorrer da sentença nem a tua prisão ser substituída pela pena de prestação de serviços a entidades filantrópicas. A tua prisão se intensificou não por violação do dever inerente ao ministério, ou seja, atividade religiosa, mas, por viver e pregar a verdade.

Estevão não possuía elevada ou baixa capacidade econômica nem dinheiro no exterior, não morava em uma mansão em algum condomínio da Ásia ou numa fazenda de 54 hectares nos arredores de Atenas.

Jamais se auto-intitulou diácono ou qualquer outra coisa.

Quando foi preso, se tivesse uma bíblia, nela encontrariam apenas A PALAVRA DE DEUS.

No seu apedrejamento, sua personalidade foi testemunhada até pelos agressores, jamais sendo chamado de egocêntrico ou pessoa que usa da popularidade para obtenção de satisfação e benefícios econômicos próprios.

Tivemos a felicidade de conhecer o irmão Estevão pela Santa Palavra de Deus já que na época não existiam a CNN, Fox e CBS, ou os jornais The New York Times, Los Angeles Times, etc.

Louvamos a Deus porque o irmão Estevão não lançou lama na honra dos demais irmãos nivelando o seu grupo como "uma dessas igrejas que existem para enriquecer seus donos", oferecendo "promessas vagas de salvação e fé".

Imagino a tua cela, irmão Estevão!

Com certeza não tinha uma cama, pia nem um vaso sanitário.

Chuveiro? Nem pensar. O que você comia? Cereais, mingau, café e suco? No almoço uma carne acompanhada de vegetais e, de sobremesa, frutas? No jantar a repetição do cardápio do almoço?

Durante o dia você era autorizado a circular por uma área livre da prisão?

Porque o irmão foi preso? Por denuncia de lavagem de dinheiro, estelionato ou por falsidade ideológica? Certamente que não.

Alguém escreveu carta ou abaixo assinado dizendo: “Se você é a favor, e quer que o irmão Estevão volte a trazer, através de sua vida, cura, salvação e transformação para todo Oriente, Ásia e o mundo, preencha o formulário abaixo com todos os seus dados e contribua com o nosso abaixo assinado”. ”Por favor, não deixe de assinar. Agradecemos em nome de Jesus e do nosso “pai”.

Nem algemas nas mãos e correntes nos pés foram suficientes para calar Estevão.
Sua prisão, julgamento, castigo, apedrejamento e morte serviram como testemunho de honra a toda a Igreja de Cristo.

Não obrigou ninguém a chamá-lo de líder, de chefe, de apóstolo, bispo, pai, bastava-lhe o título de irmão menor!

Não foi recebido no Senado como representante do seu povo, nem nas praças como herói.

Ninguém fez uma “Marcha pra Estevão” (a não ser que alguém interessado por eleger-se tentasse, em vão, suborná-lo, devido à sua popularidade).

Estevão não foi como Josias, Joaquim, Sedecias, entre outros denunciados pelo profeta: “As suas casas são cheias de fraude; por isso, se tornaram poderosos e enriqueceram. Engordaram, tornaram-se médios e ultrapassaram até os feitos dos malignos.... Os profetas profetizam falsamente, e os sacerdotes dominam de mãos dadas com eles (os governantes). Os seus ouvidos estão incircuncisos e não podem ouvir. Cada um se dá à ganância, e tanto o profeta como o sacerdote usam de falsidade. Cometem abominação sem sentir por isso vergonha; nem sabem que coisa é envergonhar-se” (Jeremias 6).
Por último ato aceitou a morte que se prenunciava, sendo recebido pelo próprio Rei a quem amava e servia em integridade e humildade.

Como prova de seu caráter Deus fez resplandecer sua face, e "todos os que estavam assentados no conselho, fixando os olhos nele, viram o seu rosto como o rosto de um anjo" Atos 6:15.

A porta do Céu se abriu e recebeu o primeiro mártir do cristianismo, nosso amado irmão Estevão.

Pode exclamar: "Eis que vejo os Céus abertos, e o Filho do homem, que está em pé à mão direita de Deus."Atos 7:56.

Qual o seu epitáfio? "E apedrejaram a Estevão, que em invocação dizia: Senhor Jesus, recebe o meu espírito. E, pondo-se de joelhos, clamou com grande voz: Senhor, não lhes imputes este pecado . E, tendo dito isto, adormeceu." Atos 7:59,60.
Irmão Estevão, não sou digno da grandeza que foi sua vida.

Nada mais a declarar...
Itatiba - SP
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