Palavra do leitor
- 11 de abril de 2011
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Estamos no "princípio das dores" profetizado por Jesus?
Pelo menos neste momento, não pretendo escrever de forma sucinta sobre Escatologia Bíblica, e nem defender qual a minha linha de pensamento no que diz respeito às várias correntes defendidas pelos teólogos renomados que já dissertaram sobre o tema, até pelo fato de que esta temática gera uma discussão acalorada.
Todavia, não há como negar que os versículos a seguir parecem se referir aos dias atuais em decorrência das tragédias naturais e daquelas que resultam da violência urbana que assola o nosso pais e o mundo:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Romanos 8:22) ... "Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará" (Hebreus 10:37).
Até por ter vivido alguns "apocalipses particulares", sepultei qualquer biblicismo triunfalista, inclusive depois que debrucei o meu olhar sobre as Escrituras e vi a maneira trágica pela qual também morreram muitos servos de Deus, conforme relatos bíblicos e trechos de alguns livros sobre a história da igreja.
Quem só acredita em Deus nos dias bons, corre sério risco de experimentar grandes e terríveis crises existenciais, psicológicas e até no âmbito da fé quando a adversidade arrombar a porta sem pedir licença. Observe o relato da Sra. Nilza Cruz, avó de Karine Lorraine de Oliveira, uma das vítimas fatais da recente chacina na escola de Realengo: “Antes de sair, ela pediu minha benção, como sempre fazia. Eu respondi: ‘Deus te proteja e te guarde, minha filha’. Desta vez, Ele não guardou” (Página 88, da Edição 2212 da Revista Veja).
Lendo estas palavras, meu coração ficou apertado, compungido, e solidarizei-me com a dor alheia, tanto que venho pedindo a Deus consolo em favor dos inúmeros enlutados desta tenebrosa tragédia.
Situações deste gênero servem para ratificar a efemeridade da vida, razão pela qual devemos rever urgentemente a nossa condição espiritual diante de Deus, pois a morte chega muitas vezes sem pedir licença, seja para crentes ou descrentes:
“E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas ? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém ? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:1-5).
Nos tempos de Jesus, “a calamidade era comumente considerada como resultado do pecado (João 9:1-2), porém, Jesus nega que esses galileus (conf. relato Lucas 13:1-5) fossem especialmente pecadores. Todos são pecadores, por isso Jesus chama seus ouvintes ao arrependimento – pois de outro modo eles perecerão. Os galileus não tiveram tempo para arrepender-se por ocasião da sua morte e os ouvintes impenitentes de Jesus podiam também enfrentar a morte sem tempo de preparar-se” (Bíblia de Estudo Genebra).
Por isto, longe de mim fazer juízo condenatório sobre as vítimas do assassino da escola de Realengo, mas é inegável que este acontecimento representa uma oportunidade para refletirmos sobre em quem (ou em que) temos crido. E se cremos em Cristo, apeguemo-nos às seguintes Palavras proferidas pelo Mestre, Senhor e Salvador das nossas almas: “Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores” (Marcos 13:8) ... “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
Em tempo: “A Holanda amanheceu de luto neste domingo, um dia depois da matança em um shopping da cidade de Alphen aan den Rijn, a 46 quilômetros de Amsterdã, onde um jovem de 24 anos entrou atirando a esmo, assassinando sete pessoas antes de se matar” (aqui).
Que Deus tenha misericórdia de nós !
Todavia, não há como negar que os versículos a seguir parecem se referir aos dias atuais em decorrência das tragédias naturais e daquelas que resultam da violência urbana que assola o nosso pais e o mundo:
"Porque sabemos que toda a criação geme e está juntamente com dores de parto até agora" (Romanos 8:22) ... "Porque ainda um pouquinho de tempo, e o que há de vir virá, e não tardará" (Hebreus 10:37).
Até por ter vivido alguns "apocalipses particulares", sepultei qualquer biblicismo triunfalista, inclusive depois que debrucei o meu olhar sobre as Escrituras e vi a maneira trágica pela qual também morreram muitos servos de Deus, conforme relatos bíblicos e trechos de alguns livros sobre a história da igreja.
Quem só acredita em Deus nos dias bons, corre sério risco de experimentar grandes e terríveis crises existenciais, psicológicas e até no âmbito da fé quando a adversidade arrombar a porta sem pedir licença. Observe o relato da Sra. Nilza Cruz, avó de Karine Lorraine de Oliveira, uma das vítimas fatais da recente chacina na escola de Realengo: “Antes de sair, ela pediu minha benção, como sempre fazia. Eu respondi: ‘Deus te proteja e te guarde, minha filha’. Desta vez, Ele não guardou” (Página 88, da Edição 2212 da Revista Veja).
Lendo estas palavras, meu coração ficou apertado, compungido, e solidarizei-me com a dor alheia, tanto que venho pedindo a Deus consolo em favor dos inúmeros enlutados desta tenebrosa tragédia.
Situações deste gênero servem para ratificar a efemeridade da vida, razão pela qual devemos rever urgentemente a nossa condição espiritual diante de Deus, pois a morte chega muitas vezes sem pedir licença, seja para crentes ou descrentes:
“E, Naquele mesmo tempo, estavam presentes ali alguns que lhe falavam dos galileus, cujo sangue Pilatos misturara com os seus sacrifícios. E, respondendo Jesus, disse-lhes: Cuidais vós que esses galileus foram mais pecadores do que todos os galileus, por terem padecido tais coisas ? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis. E aqueles dezoito, sobre os quais caiu a torre de Siloé e os matou, cuidais que foram mais culpados do que todos quantos homens habitam em Jerusalém ? Não, vos digo; antes, se não vos arrependerdes, todos de igual modo perecereis” (Lucas 13:1-5).
Nos tempos de Jesus, “a calamidade era comumente considerada como resultado do pecado (João 9:1-2), porém, Jesus nega que esses galileus (conf. relato Lucas 13:1-5) fossem especialmente pecadores. Todos são pecadores, por isso Jesus chama seus ouvintes ao arrependimento – pois de outro modo eles perecerão. Os galileus não tiveram tempo para arrepender-se por ocasião da sua morte e os ouvintes impenitentes de Jesus podiam também enfrentar a morte sem tempo de preparar-se” (Bíblia de Estudo Genebra).
Por isto, longe de mim fazer juízo condenatório sobre as vítimas do assassino da escola de Realengo, mas é inegável que este acontecimento representa uma oportunidade para refletirmos sobre em quem (ou em que) temos crido. E se cremos em Cristo, apeguemo-nos às seguintes Palavras proferidas pelo Mestre, Senhor e Salvador das nossas almas: “Porque se levantará nação contra nação, e reino contra reino, e haverá terremotos em diversos lugares, e haverá fomes e tribulações. Estas coisas são os princípios das dores” (Marcos 13:8) ... “Tenho-vos dito isto, para que em mim tenhais paz; no mundo tereis aflições, mas tende bom ânimo, eu venci o mundo” (João 16:33).
Em tempo: “A Holanda amanheceu de luto neste domingo, um dia depois da matança em um shopping da cidade de Alphen aan den Rijn, a 46 quilômetros de Amsterdã, onde um jovem de 24 anos entrou atirando a esmo, assassinando sete pessoas antes de se matar” (aqui).
Que Deus tenha misericórdia de nós !
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