Entre vós não deverá ser assim!

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"Mas entre vós não será assim; antes, qualquer que, entre vós, quiser ser grande será vosso serviçal. E qualquer que, dentre vós, quiser ser o primeiro será servo de todos. Porque o Filho do Homem também não veio para ser servido, mas para servir e dar a sua vida em resgate de muitos." Marcos 10:43-45.

Nas últimas décadas a teoria do poder da inteligência emocional tornou-se o mantra do sucesso profissional e empresarial de todos que buscam bons resultados na vida pessoal e no âmbito organizacional, estendendo seus "tentáculos" até mesmo nos círculos religiosos. Acreditam que sem ela (a inteligência emocional) um indivíduo pode ter a melhor formação educacional do mundo, mas não será um bom líder e não conseguirá direcionar os seus liderados na direção desejada. Essa técnica comportamental antiga, com roupagem de modernidade, encanta muitas pessoas na igreja e tenta corromper um sério ensino bíblico: a Igreja de Cristo está fundamentada sobre o princípio do serviço e não do poder, da humildade e não da autoridade.

O ambiente eclesial, distintamente de qualquer instituição humana, tem o Espírito Santo de Deus como principal agente transformador dos relacionamentos interpessoais. É Ele (o Espírito Santo) que age de forma sobrenatural no espírito do homem, levando-o a uma prática de comunhão com os irmãos infinitamente mais eficaz que o padrão exercido no mundo. "Então Jesus, chamando-os para junto de si, disse: bem sabeis que pelos príncipes dos gentios são estes dominados, e que os grandes exercem autoridade sobre eles. Não será assim entre vós; mas todo aquele que quiser entre vós fazer-se grande seja vosso serviçal. E, qualquer que entre vós quiser ser o primeiro, seja vosso servo. No reino de Deus há uma "disputa" (rivalizai-vos no amor - Romanos 12:10) para ver quem ajuda mais um ao outro. " Diz John Calvin: "Eu reconheço que essa doutrina se aplica tanto a pessoas particulares quanto a reis e magistrados; pois nenhum homem merece ser considerado um dos rebanhos de Cristo, a menos que tenha feito tal proficiência sob o mestre da humildade, de modo a não reivindicar nada para si mesmo, mas a condescender em cultivar o amor fraterno". E completa: "Mas Cristo nomeia pastores de sua Igreja, não para governar , mas para servir."

O exercício arbitrário e tirânico exercido no âmbito religioso, amplamente aceita nos meios seculares e governamentais, jamais podem ser corroboradas pelos ensinamentos das Santas Escrituras. O cabeça-chefe da Igreja é Cristo e são os seus ensinamentos que conduzem os princípios fundamentais de relacionamento entre o povo de Deus. E eles (os ensinamentos de Jesus) se baseiam na humildade e no amor fraternal.

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Opinião do leitor