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Palavra do leitor

Entre o Céu e o Inferno, há algum em comum!

Entre o Céu e o Inferno, ha algum em comum!


''Qual a serventia do perdão, se não for a direção do relacionamento mútuo, dentro do corpo de Cristo? Não por menos, quando falo do amor a Cristo, terá sentido, caso não seja inclinado e voltado ao meu próximo, ou, mais especificamente, ao meu irmão? Ora, não posso exigir do mundo tais decisões, até porque devem partir daqueles envolvidos com a salvação. ''


A parábola de Lázaro e do Rico, a princípio, tende a nos levar a uma visão do ser misericordioso e de uma espécie de compensação, com relação aos marcados pelos infortúnios, aqui nesta vida.

Durante muito tempo, ouvia um discurso, a partir da narrativa desses dois personagens, de conformismo, de uma aceitação no que toca as mazelas que atingia os pobres.

Em contrapartida, mesmo diante das profundas desigualdades sociais, os miseráveis lograriam um retorno no porvir, na eternidade, no pós – vida. Até hoje não me esqueço, observava uma gama de denominados filhos (as) de Deus ancorados na esperança de, mormente as situações de escassez, alcançariam uma compensação.

Então, as histórias de pessoas padecendo de alimentos, com os filhos num estado de exclusão e marginalização social, com uma visão de que as discrepâncias serviam como uma forma de provar e patentear nossa fé.

Sinceramente, confesso, o quanto inquiria a aplicação desse texto a fim de manter as pessoas num ciclo de indiferença, com relação a própria existência. Sem titubear, o texto de Lucas 16. 19, pode estabelecer uma interpretação a contento, mas eqüidistante das verdade crua e nua.

Em outras palavras, como somos tentados a sublimar, a refinar, a dar uma narrativa convidativa e eqüidistante da sua raiz, ou seja, a questão da eternidade. Valho – me, então, do presente texto e, de maneira alguma, condeno aos ricos, aos afortunados, aos bem – sucedidos e muito menos faço dos miseráveis, dos injustiçados, dos vitimados pelas inquididades, dos por quais motivos disso e daquilo uma forma de predestinação ou sei lá mais o que.

Deveras, adentro no âmbito dimensional da fé, ou seja, do próprio Cristo Ressuscitado e enfoco haver algo em comum, entre o céu e o inferno, ou seja, a eternidade.

Agora, a questão precípua envolve a maneira como vamos trilhar por essa eternidade.

De certo, Lázaro e o Rico são a face de uma mesma moeda. Além do mais, tanto em um quanto outro, não observamos nenhum paradigma de virtudes, de ser bom ou mal, de ser justo ou leviano.

Não há uma retórica ética social e nem uma apologia a pobreza. Ambos desaguaram no destino da eternidade e espelha o quanto devemos atentar para essa questão.

Evidentemente, em meio a uma geração regida por um estado de desesperança, por onde o presente imediato serve de consolo, porque se haverá algo no derradeiro suspiro, caberá a cada um experimentar.

Sempre é de bom alvitre ressaltar, não sabemos e nem saberemos se Lázaro não passava de um pedinte impertinente e preguiçoso, se o Rico foi um individuo centrado a si mesmo. Lá no fundo, ir para tais elucubrações, somente, abre um leque para conjecturações.

É bem verdade, o Rico tinha toda a opulência, por causa de Lázaro e vice – versa. Acredito aqui no aspecto de serem as duas faces de uma mesma moeda. Vamos adiante, o texto retrata o papel da Igreja, ou seja, anunciar a salvação, a cura da realidade humana, como condição fundamental de sua missão e incumbência e não a atenção as demandas de uma busca pelo efêmero (aliás, tão imperativa, em nossos dias).

Não podemos nos esquecer, vejo no episódio do Rico, uma eternidade desvencilhada de uma esperança ou de uma justiça, de uma paz e de uma alegria plena, integral e incessante.

Ou, melhor dito, a figura do Rico pontua uma existência sem o próximo, sem a relevância de que podemos deixar legados para a posteridade, centrada no seu eu e nada mais.

Noutro lado do rio, Lázaro pode ser visto como o próprio contexto de uma humanidade carente.

Novamente reitero, tudo isso acaba por incorrer em ponderações e, com propriedade, essa parábola nos apresenta a eternidade com sentido, destino e motivo, como também desprovida.

Por enquanto, tenhamos a coragem de, sem histeria nenhuma, colocar a eternidade como uma questão séria e sincera a ser vivenciada pela Igreja (não o templo, mas cada um de nós, banhados e purificados pelo Cristo Ressuscitado).
São Paulo - SP
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