Palavra do leitor
- 01 de julho de 2024
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Em que Deus você não acredita?
Êxodo 3.14 e Mateus 28.20
Quem é Deus para você? Em suas definições, em que Deus você acredita? Então, Deus se adequa as nossas representações e assim permitiu para o definir? Agora, quando o definimos não restringimos e o tornamos um pouco acima de nós? Quando somos confrontados e inquietados ou nos confrontamos e nos inquietamos sobre se ainda ser possível acreditar na narrativa de um Deus bom, benigno, justo e verdadeiro, quando olhamos, ao nosso redor, para toda uma sucessão de desgraças e injustiças, como se manter agarrado a crer? Muitos dirão que os homens são responsáveis, por suas escolhas, tanto desastrosas quanto corretas. Outros dirão de que tudo já faz parte de algo predefinido. Entrementes, há aqueles que lançam as mais desconfortáveis interrogações de se há ou existe Deus, o por qual motivo há tanto sofrimento, tanta aflição, parece haver o prevalecer do mal e da injustiça? Quiçá, valer-se das argumentações teológicas e das conexões das evidências de que no princípio era o verbo e o verbo estava e é Deus, como a Consciência que tornou toda essa complexidade e profundidade chamada vida possível, ainda assim, não satisfaz e fica um eco de vazio de olhar para a vida, com uma sensação de vagueza. Melhor, diante disto, então, sermos honestos e dizer o Deus em que eu não acredito. Sinceramente, particularmente, não acredito num Deus parecido como um ser de compensações ou se eu cumprir as cartilhas por ser bom, por fazer o bem e praticar a bondade, por consequência, serei contemplado, presenteado, favorecido, como se fazer o que é certo estivesse, de tal modo, condicionado ao meu querer e não a ser responsável. Vou adiante, não acredito num Deus de se eu cumprir tais e quais votos, sacrifícios e oferendas, aí sim, poderei chamar sua atenção.
Pontuo o quanto sinto dificuldade em acreditar num Deus que atendeu as minhas preces, porque me livrou de presepadas e de malogros, lá na frente, como se eu fosse um eterno adolescente e uma criança mimada, sem nenhuma maturidade ou prefiro mesmo não atingir nenhuma maturidade. Sempre ouvi e ainda ouço que Deus sabe o que é melhor para nós e isso pode funcionar muito bem, verdadeiramente, quando não estamos na condição de um mãe com o filho desfigurado pelas drogas, de um pai de família receoso com um diagnóstico aterrador, com o desemprego bem na sua frente. Sabe, não acredito num Deus conveniente com trocas, com barganhas, com o toma cá e dá lá. Não acredito num Deus escondido num templo ou numa sinagoga ou numa mesquita. Não acredito num Deus presente, por algumas horas, preferencialmente, aos domingos, e, durante os demais dias da semana, retira-se para algum cantinho do cosmo, do universo e de sei lá mais aonde. Não acredito num Deus restrito a uma teologia e as outras de nada servem. Não acredito num Deus que nos usa para mostrar sua glória e se não aconteceu, porque faltou fé, dedicação e compromisso da minha parte. Não acredito na oração como uma mágica e se soubermos manuseá-la, vamos lograr todos os resultados. Não acredito num Deus como uma força impessoal, como as leis da natureza. Sei o quanto não deve ser fácil romper com um Deus papai noel e não é mesmo, com ênfase, quando olhamos para a vida e reconhecemos o quanto é dura, o quanto nos inquieta, o quanto nos assusta, o quanto nem sempre congratula os melhores. Enfim, deixar de acreditar num Deus conto de fadas, representa a saída para sermos abraçados pelo Deus que diz: hei, estou contigo, sei que não esperava isso, levanta a cabeça, não se envergonhe, se refaça, vou o e a ajudar a encontrar subsídios e recursos, a partir da minha presença, na sua vida, para continuar a acreditar na minha Graça. Anota-se, abrir mão de um Deus de atividades e partir para o Deus de momentos. Abrir mão de um Deus de bem me quer ou de mal me quer (que faz ou não faz) e ir a direção de quando está Deus e não onde está Deus. Devo declarar, não nego milagres, nem rejeito curas e muito menos prodígios, mas os concebo e os vejo como momentos voltados a testemunhar e testificar a presença de Deus e de reconhecer que situações acontecem, porque se não houvesse um Deus pessoal, em hipótese nenhuma, poderiam acontecer. Não por menos, a nossa maior batalha não se encontra em vencer a descrença, mas em não renunciar a esperança que nos faz ir adiante.
Retomo o fio da meada e não acredito em um Deus que brinca com as pessoas, como se fossem marionetes, como se fossem reduzidas a ventríloquos e manipuladas por uma mente megalomaníaca. Não acredito em um Deus que não esteja ciente de que estamos sujeitos a erros e vacilos. Não acredito em um Deus que seja tão débil e, por isso, submete-nos a uma obediência receosa e se agrada com aduladores, bajuladores e puxa-sacos para receberem porções. Presumidamente, o Deus a qual tenho, a cada dia, a seguir, ensina-me a acreditar e a me ajudar a ler a vida com sabedoria, porque prometeu está conosco, até o findar da nossa jornada.
Quem é Deus para você? Em suas definições, em que Deus você acredita? Então, Deus se adequa as nossas representações e assim permitiu para o definir? Agora, quando o definimos não restringimos e o tornamos um pouco acima de nós? Quando somos confrontados e inquietados ou nos confrontamos e nos inquietamos sobre se ainda ser possível acreditar na narrativa de um Deus bom, benigno, justo e verdadeiro, quando olhamos, ao nosso redor, para toda uma sucessão de desgraças e injustiças, como se manter agarrado a crer? Muitos dirão que os homens são responsáveis, por suas escolhas, tanto desastrosas quanto corretas. Outros dirão de que tudo já faz parte de algo predefinido. Entrementes, há aqueles que lançam as mais desconfortáveis interrogações de se há ou existe Deus, o por qual motivo há tanto sofrimento, tanta aflição, parece haver o prevalecer do mal e da injustiça? Quiçá, valer-se das argumentações teológicas e das conexões das evidências de que no princípio era o verbo e o verbo estava e é Deus, como a Consciência que tornou toda essa complexidade e profundidade chamada vida possível, ainda assim, não satisfaz e fica um eco de vazio de olhar para a vida, com uma sensação de vagueza. Melhor, diante disto, então, sermos honestos e dizer o Deus em que eu não acredito. Sinceramente, particularmente, não acredito num Deus parecido como um ser de compensações ou se eu cumprir as cartilhas por ser bom, por fazer o bem e praticar a bondade, por consequência, serei contemplado, presenteado, favorecido, como se fazer o que é certo estivesse, de tal modo, condicionado ao meu querer e não a ser responsável. Vou adiante, não acredito num Deus de se eu cumprir tais e quais votos, sacrifícios e oferendas, aí sim, poderei chamar sua atenção.
Pontuo o quanto sinto dificuldade em acreditar num Deus que atendeu as minhas preces, porque me livrou de presepadas e de malogros, lá na frente, como se eu fosse um eterno adolescente e uma criança mimada, sem nenhuma maturidade ou prefiro mesmo não atingir nenhuma maturidade. Sempre ouvi e ainda ouço que Deus sabe o que é melhor para nós e isso pode funcionar muito bem, verdadeiramente, quando não estamos na condição de um mãe com o filho desfigurado pelas drogas, de um pai de família receoso com um diagnóstico aterrador, com o desemprego bem na sua frente. Sabe, não acredito num Deus conveniente com trocas, com barganhas, com o toma cá e dá lá. Não acredito num Deus escondido num templo ou numa sinagoga ou numa mesquita. Não acredito num Deus presente, por algumas horas, preferencialmente, aos domingos, e, durante os demais dias da semana, retira-se para algum cantinho do cosmo, do universo e de sei lá mais aonde. Não acredito num Deus restrito a uma teologia e as outras de nada servem. Não acredito num Deus que nos usa para mostrar sua glória e se não aconteceu, porque faltou fé, dedicação e compromisso da minha parte. Não acredito na oração como uma mágica e se soubermos manuseá-la, vamos lograr todos os resultados. Não acredito num Deus como uma força impessoal, como as leis da natureza. Sei o quanto não deve ser fácil romper com um Deus papai noel e não é mesmo, com ênfase, quando olhamos para a vida e reconhecemos o quanto é dura, o quanto nos inquieta, o quanto nos assusta, o quanto nem sempre congratula os melhores. Enfim, deixar de acreditar num Deus conto de fadas, representa a saída para sermos abraçados pelo Deus que diz: hei, estou contigo, sei que não esperava isso, levanta a cabeça, não se envergonhe, se refaça, vou o e a ajudar a encontrar subsídios e recursos, a partir da minha presença, na sua vida, para continuar a acreditar na minha Graça. Anota-se, abrir mão de um Deus de atividades e partir para o Deus de momentos. Abrir mão de um Deus de bem me quer ou de mal me quer (que faz ou não faz) e ir a direção de quando está Deus e não onde está Deus. Devo declarar, não nego milagres, nem rejeito curas e muito menos prodígios, mas os concebo e os vejo como momentos voltados a testemunhar e testificar a presença de Deus e de reconhecer que situações acontecem, porque se não houvesse um Deus pessoal, em hipótese nenhuma, poderiam acontecer. Não por menos, a nossa maior batalha não se encontra em vencer a descrença, mas em não renunciar a esperança que nos faz ir adiante.
Retomo o fio da meada e não acredito em um Deus que brinca com as pessoas, como se fossem marionetes, como se fossem reduzidas a ventríloquos e manipuladas por uma mente megalomaníaca. Não acredito em um Deus que não esteja ciente de que estamos sujeitos a erros e vacilos. Não acredito em um Deus que seja tão débil e, por isso, submete-nos a uma obediência receosa e se agrada com aduladores, bajuladores e puxa-sacos para receberem porções. Presumidamente, o Deus a qual tenho, a cada dia, a seguir, ensina-me a acreditar e a me ajudar a ler a vida com sabedoria, porque prometeu está conosco, até o findar da nossa jornada.
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