Palavra do leitor
- 25 de agosto de 2009
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Em cima da terra tudo é comércio
Certo sábio chamado Salomão disse uma vez: "Debaixo do céu tudo é vaidade".
Parodiando este grande homem do passado eu diria que em cima da terra tudo é comércio.
Muitas pessoas vendem o corpo e a alma no afã de satisfazer os seus desejos e levar vantagem em alguma coisa. Desde o profano até ao sagrado tudo é objeto de venda e troca, e a exploração corre solta por todos os cantos. Esta atividade sempre existiu, mas ultimamente a mesma parece não conhecer limites.
A situação econômica (cada vez pior) colabora e até obriga a prática desses exageros. Há vendedores ou comerciantes nas portas e até dentro das igrejas. São os modernos "vendilhões do templo" que na época de Jesus foram expulsos por Ele. São as pessoas que hoje se especializam em vender objetos supostamente sagrados aproveitando a boa fé das pessoas crédulas e religiosas.
E daí surgem os mais diferentes objetos que "servem para todas as ocasiões" - e cada vez mais bugigangas são inventadas para atender a crescente freguesia. Esse é o comércio da fé que, em geral, explora as pessoas mais humildes e desprovidas de discernimento. São autênticos patuás ou amuletos que são vendidos com a promessa de que resolvem todos os problemas. Uma verdadeira quermesse na porta e dentro de nossas igrejas.
Um fato que sempre me chamou a atenção é o comércio no dia de finados - um feriado religioso. Além das velas e das flores se encontra praticamente de tudo, pois geralmente a presença de público é grande, o que pode gerar um bom lucro aos vendedores. Eu fico pensando: se esse é um feriado para reverenciar os mortos, deveria ser algo solene, respeitoso e silencioso. A presença dos comerciantes acaba maculando esse momento de paz e reflexão, e distorce o sentido do feriado.
Pior do que isto é o que acontece todos os anos numa pequena cidade do Piauí. Lá existe o "Finafolia" que nada mais é do que uma festa de Carnaval que dura quatro dias e o último dia da festa é 2 de novembro, daí o nome Finafolia, ou folia de finados. Segundo os jornais, a princípio os padres quiseram proibir, mas acabaram aceitando devido ao lucro que esta festa proporciona. Enfim, em cima da terra tudo é comércio.
São muitos os casos de exploração comercial no terreno religioso. Tem muita gente se enriquecendo às custas de pessoas incautas que acreditam e pagam pelo suposto milagre. Isto me lembra o Senhor Jesus que disse certa vez: "De graça recebeste, de graça dai". Na minha opinião não existem objetos milagrosos, o que existem são pessoas espertas que estão a fim de ganhar um bom dinheiro sem trabalhar, e exploram o povo com os seus amuletos. A nossa fé está no coração, a nossa crença está em Deus - o mais é puro comércio e cínica exploração.
A nossa vida, por si só, já é um grande milagre e devemos agradecer a Deus todos os dias por ela. Agindo assim estaremos cumprindo o nosso dever - e fazendo uma boa economia. Que Deus nos ajude a ter um melhor discernimento das coisas.
Parodiando este grande homem do passado eu diria que em cima da terra tudo é comércio.
Muitas pessoas vendem o corpo e a alma no afã de satisfazer os seus desejos e levar vantagem em alguma coisa. Desde o profano até ao sagrado tudo é objeto de venda e troca, e a exploração corre solta por todos os cantos. Esta atividade sempre existiu, mas ultimamente a mesma parece não conhecer limites.
A situação econômica (cada vez pior) colabora e até obriga a prática desses exageros. Há vendedores ou comerciantes nas portas e até dentro das igrejas. São os modernos "vendilhões do templo" que na época de Jesus foram expulsos por Ele. São as pessoas que hoje se especializam em vender objetos supostamente sagrados aproveitando a boa fé das pessoas crédulas e religiosas.
E daí surgem os mais diferentes objetos que "servem para todas as ocasiões" - e cada vez mais bugigangas são inventadas para atender a crescente freguesia. Esse é o comércio da fé que, em geral, explora as pessoas mais humildes e desprovidas de discernimento. São autênticos patuás ou amuletos que são vendidos com a promessa de que resolvem todos os problemas. Uma verdadeira quermesse na porta e dentro de nossas igrejas.
Um fato que sempre me chamou a atenção é o comércio no dia de finados - um feriado religioso. Além das velas e das flores se encontra praticamente de tudo, pois geralmente a presença de público é grande, o que pode gerar um bom lucro aos vendedores. Eu fico pensando: se esse é um feriado para reverenciar os mortos, deveria ser algo solene, respeitoso e silencioso. A presença dos comerciantes acaba maculando esse momento de paz e reflexão, e distorce o sentido do feriado.
Pior do que isto é o que acontece todos os anos numa pequena cidade do Piauí. Lá existe o "Finafolia" que nada mais é do que uma festa de Carnaval que dura quatro dias e o último dia da festa é 2 de novembro, daí o nome Finafolia, ou folia de finados. Segundo os jornais, a princípio os padres quiseram proibir, mas acabaram aceitando devido ao lucro que esta festa proporciona. Enfim, em cima da terra tudo é comércio.
São muitos os casos de exploração comercial no terreno religioso. Tem muita gente se enriquecendo às custas de pessoas incautas que acreditam e pagam pelo suposto milagre. Isto me lembra o Senhor Jesus que disse certa vez: "De graça recebeste, de graça dai". Na minha opinião não existem objetos milagrosos, o que existem são pessoas espertas que estão a fim de ganhar um bom dinheiro sem trabalhar, e exploram o povo com os seus amuletos. A nossa fé está no coração, a nossa crença está em Deus - o mais é puro comércio e cínica exploração.
A nossa vida, por si só, já é um grande milagre e devemos agradecer a Deus todos os dias por ela. Agindo assim estaremos cumprindo o nosso dever - e fazendo uma boa economia. Que Deus nos ajude a ter um melhor discernimento das coisas.
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