Apoie com um cafezinho
Olá visitante!
Cadastre-se

Esqueci minha senha

  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.
Seja bem-vindo Visitante!
  • sacola de compras

    sacola de compras

    Sua sacola de compras está vazia.

Palavra do leitor

Em algum lugar na prateleira

"O desafio da igreja, no aflorescer da considerada era da hipermodernidade, representa decidir por ser uma comunidade de relacionamentos abertos e dialogais."

Falar de amor, em meio a um contexto estigmatizado pela hipermodernidade, ressoa como um conceito abstrato e irreal. Deve ser considerado, embora transite pelos corredores do pensamento humano, quando olhamos para uma realidade tão contraditória, culminamos no descrédito.

Além do mais, diante de tantos e intermináveis episódios de barbáries protagonizados pelo homem, tão bem descrito na história da humanidade. Então, sem ser alienado, arrisco sublinhar uma abertura a efeito de abordarmos o amor e quem sabe alforriá-lo de todo um enxame de interrupções equivocadas, preconceituosas e patológicas.

Para tanto, buscamos, nos ensinos do pensador Paul Tillich, uma contribuição alvissareira no que alude a uma visão simples do amor. Transcrevemos as suas colocações que demonstram quanto o tema causa interpretações temerárias e confusas:

‘’Contudo, a diversidade de significados que se atribuem aos conceitos de amor, poder e justiça não é o único fator que nos põe uma barreira quase intransponível; existe, ainda, o estado confuso em que se encontra a discussão acerca de cada um deles em particular e o estado ainda mais confuso de discussão sobre as suas relações mútuas.’’ (Paul TILLICH, Amor, Poder e Justiça, p. 17).

Cumpre salientar, depois de ponderarmos nas palavras ditas acima, conseguir traçar uma linha acuradora do amor ‘como a manifestação da dignidade do ser.
Ainda assim, as afirmações colocadas, pouco nos ofertam de esclarecedor. Por causa disso, ancoramo-nos nas inclinações de Paul Tillich em pautar o amor sobre uma dimensão analítica e descritiva. De tal modo, desvencilhá-lo de princípios metafísicos e abstratos.

Aliás, tais proposições nos levarão a compreendermos o amor vinculado e arraigado a própria vivência. Isto, sem nenhum margem de dúvida, representa uma convivência em relação ao mundo, com o próximo e consigo próprio. Sem hesitar, o amor, em direção oposta a idéias especulativas, se assenta na realidade concreta que nos impulsiona a participar e partilhar da vida.
Destarte, derrubamos as versões patológicas de um amor que mata, sufoca, manipula e desumaniza o próximo. Evidentemente, nesse enfoque do amor nas relações concretas, não podemos rejeitar a afetuosidade e a emoção. Afinal de contras, constitui um componente primordial para uma humanidade liberta, saudável e curada.

Por ora, delimitar-me-ei a ler o amor, por meio de determinadas manifestações, vertentes e desdobramentos num processo contínuo de interação mútua. Em cada um dessas manifestações, encontraremos um nascedouro de sentido, de destino e motivo de ser. Diria, a partir desses horizontes, encontrarmos os fundamentos do amor evocado por Cristo.

De imediato, adentramos na manifestação e no abortar de eros.

Aqui, em virtude de uma interpretação restrita ao hedonismo extremado, nos deparamos com o amor arraigado, estritamente, ao desejo direcionado a própria satisfação sexual, conforme difundido pela psicanálise de Freud.
Diametralmente oposto, embasado nas lições do amor a Deus, ao próximo e a ti mesmo, pontuo a importância de eros ou do desejo de se inter-relacionar, de se identificar na interdependência, de ir ao próximo, de uma dimensão transpessoal do amor.

Deve ser dito, enquanto eros irrompe com os empecilhos de uma separação com o próximo, em philia conseguimos identificar a relevância da convivência amorosa no processo de interdependência comunitária, de conceber o próximo em familiaridade, em irmandade, em responsabilidade, em compromisso...

Então, depois de esmiuçarmos eros e philia, culminamos em ágape. Verdadeiramente, no mais tímido soar de ágape, efetivamos uma definição, a princípio, de um amor metafísico, abstrato e transcendental.

Agora, deveríamos observar o amor ágape como a manifestação do amor em profundidade, em uma identidade de nos tornar próximos do outro, de Deus e da vida. Por fim, o amor preconizado por Cristo, indiscutivelmente, mantém uma relação de interação mútua, da cura do ser e de assumirmos o compromisso pela vida e essa afirmativa põe em xeque as resistências pela comunhão espiritual do servir, do ouvir e do tolerar.
São Paulo - SP
Textos publicados: 385 [ver]

Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.

QUE BOM QUE VOCÊ CHEGOU ATÉ AQUI.

Ultimato quer falar com você.

A cada dia, mais de dez mil usuários navegam pelo Portal Ultimato. Leem e compartilham gratuitamente dezenas de blogs e hotsites, além do acervo digital da revista Ultimato, centenas de estudos bíblicos, devocionais diárias de autores como John Stott, Eugene Peterson, C. S. Lewis, entre outros, além de artigos, notícias e serviços que são atualizados diariamente nas diferentes plataformas e redes sociais.

PARA CONTINUAR, precisamos do seu apoio. Compartilhe conosco um cafezinho.


Opinião do leitor

Para comentar é necessário estar logado no site. Clique aqui para fazer o login ou o seu cadastro.
Ainda não há comentários sobre este texto. Seja o primeiro a comentar!
Escreva um artigo em resposta

Ainda não há artigos publicados na seção "Palavra do leitor" em resposta a este texto.