Palavra do leitor
- 04 de junho de 2012
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Ele Furtava, O Chefe Assistia E Não Falava Nada!?
Antes de atirar a primeira pedra atribuindo maledicências a mim e ao texto, leia primeiro e depois tire suas conclusões.
Ele metia a mão na bolsa do pouco que havia lá, furtava e alguns dos discípulos até sabiam da malandragem e o chefe de todos eles não fazia nada? Não tomava providencias do pouco que entrava além de deixar a coisa rolar por três anos?
Minha mulher muito mais chegada a atividades da igreja local com a frequência que pastores gostam, ficou indignada quando leu o que escrevi.
Como ousaria eu criticar a Jesus Cristo de maneira tão indócil e sem o menor pudor, além de permitir que outros lessem o que ela julgava ser apenas um direito meu de pensar. Que ousasse, mas que não enviasse um negócio desses para publicação!
Ela adentrava exatamente pelo ponto que eu deixara em aberto ao lembrar-me desse fato na vida de Jesus e seus discípulos a mais de dois milênios: Judas inaugurava o ‘mensalão’ da época.
Como é que pode? É... E pode! E não se dirá que foi deslize do Evangelista que certamente poderia ter varrido o texto para debaixo do tapete.
Quando se trata das coisas sagradas, não se admite qualquer deslize. Ao sagrado não é permitido o constrangimento. Exceto, claro, quando estamos tratando de deuses Gregos, do Espiritismo, etc.
Isso porque eles habitavam o Monte Olimpo, e dali interferiam no trabalho e nas relações sociais e políticas dos homens. Eram imortais, porém possuíam características de seres humanos: ciúmes, inveja, traição e violência. Apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com esses. Os heróis são o resultado da união entre deuses e mortais. Com o Cristianismo tudo muda.
Mas essa de meter a mão na poupança dos discípulos sem que o Mestre, que sabia e lia tudo e não fizesse nada, é realmente constrangedor. Minha mulher que ficou com muita raiva desse artigo, deve ter chegado ao ouvido de seu pastor suas dúvidas a respeito do texto.
A propósito, alguém já ouviu algum bom sermão sobre esse texto?
Uma busca pela net e você descobrirá 'explicações' curiosas. Listei algumas.
[1]. João estava equivocado. Não foi nada disso. Assunto encerrado. (argumento autoritário).
[2]. Jesus procurava era tesouros no Céu e não nas coisas passageiras desse mundo. Se os homens roubam e locupletam, para Jesus o que vale é o amor de Deus e não a administração sempre falha das coisas mundanas. (essa 'explicação' reconhece que o texto de João não é espúrio, mas passa a mão na cabeça de Judas tirando o Mestre da reta).
[3]. Se Jesus comia e bebia, além de andar com publicanos, pecadores, tendo até sido ungido por prostituta, uns trocados furtados não é nada. (argumento ‘do-mal-menor’, estabelecendo uma escala de valores).
[4]. Exercício do libre arbítrio! Jesus teria feito vista grossa para que Judas se arrependesse. (‘argumento de fim-de-feira’. Não diferencia melão de mamão, dilui a ética e ainda dá um pontapé na história. É o famoso argumento ‘VSC’: ‘ver se cola’).
[5]. Tal qual como está na net: “A Bíblia ensina que Jesus confrontava a todos com a verdade. Se ele [Judas] roubava ou não, o que de fato importa é que Jesus seria o último a deixar alguém no engano. Ainda que Ele não falasse diretamente, usaria a boca de seus irmãos para dar advertência. [e conclui] Tens ouvido as advertências de seus irmãos em Cristo? Se sim, bem o fazes. Nós devemos ser confrontados para a correção. Não adorareis outros deuses. Só um é santo, e intercessor: Jesus Cristo. Os outros, não são dignos de serem idolatrados, e muito menos venerados.”. (Esse é de uma conhecida ‘pastora’).
Há evidentemente os desinformados costumeiros que perguntam onde está isso na bíblia; outros alegam nada saberem sobre Judas ladrão sendo-lhes absoluta novidade; ainda outros acrescentam que já leram os quatro evangelhos e, tendo muita facilidade com interpretação de textos, nunca viram nada disso.
Além dos maldosos, claro, que vêm aí a semente dos primeiros pastores televisivos na história da Igreja Cristã.
Se explicar é uma ciência e arte, e você não sabe, deixe para os outros que sabem e errarão com mais precisão. Assuma que a bíblia, tal qual está posta, é e contém uma enormidade de incongruências, erros. Qualifique-os como quiseres. Só não diga que não os há; inverossimilhanças, entre outras coisas.
A afirmação de Fé de que Jesus é Deus, inquestionável à Fé Cristã e necessária à sua sobrevivência, é uma ‘construção teológica’ que se pede a quem deseja ser Cristão. Mas não é uma exigência que se faz aos Evangelistas, por mais que se sabe que julgavam ser Jesus o próprio Deus.
Se você conseguir caminhar em um terreno minado e espinhoso como esse, certamente o texto em João fará algum sentido, não necessariamente prático, claro.
Atribui-se ao botânico e teólogo sueco Emmanuel Swedenborg a declaração de que o Céu é proibido aos bobos, não aos maus, porque seria intolerável para o Criador receber ali alguém incapaz de admirar Sua obra.
Os tolos explicam esse texto em João: locupletam-se de outra forma.
Ele metia a mão na bolsa do pouco que havia lá, furtava e alguns dos discípulos até sabiam da malandragem e o chefe de todos eles não fazia nada? Não tomava providencias do pouco que entrava além de deixar a coisa rolar por três anos?
Minha mulher muito mais chegada a atividades da igreja local com a frequência que pastores gostam, ficou indignada quando leu o que escrevi.
Como ousaria eu criticar a Jesus Cristo de maneira tão indócil e sem o menor pudor, além de permitir que outros lessem o que ela julgava ser apenas um direito meu de pensar. Que ousasse, mas que não enviasse um negócio desses para publicação!
Ela adentrava exatamente pelo ponto que eu deixara em aberto ao lembrar-me desse fato na vida de Jesus e seus discípulos a mais de dois milênios: Judas inaugurava o ‘mensalão’ da época.
Como é que pode? É... E pode! E não se dirá que foi deslize do Evangelista que certamente poderia ter varrido o texto para debaixo do tapete.
Quando se trata das coisas sagradas, não se admite qualquer deslize. Ao sagrado não é permitido o constrangimento. Exceto, claro, quando estamos tratando de deuses Gregos, do Espiritismo, etc.
Isso porque eles habitavam o Monte Olimpo, e dali interferiam no trabalho e nas relações sociais e políticas dos homens. Eram imortais, porém possuíam características de seres humanos: ciúmes, inveja, traição e violência. Apaixonavam-se por mortais e acabavam tendo filhos com esses. Os heróis são o resultado da união entre deuses e mortais. Com o Cristianismo tudo muda.
Mas essa de meter a mão na poupança dos discípulos sem que o Mestre, que sabia e lia tudo e não fizesse nada, é realmente constrangedor. Minha mulher que ficou com muita raiva desse artigo, deve ter chegado ao ouvido de seu pastor suas dúvidas a respeito do texto.
A propósito, alguém já ouviu algum bom sermão sobre esse texto?
Uma busca pela net e você descobrirá 'explicações' curiosas. Listei algumas.
[1]. João estava equivocado. Não foi nada disso. Assunto encerrado. (argumento autoritário).
[2]. Jesus procurava era tesouros no Céu e não nas coisas passageiras desse mundo. Se os homens roubam e locupletam, para Jesus o que vale é o amor de Deus e não a administração sempre falha das coisas mundanas. (essa 'explicação' reconhece que o texto de João não é espúrio, mas passa a mão na cabeça de Judas tirando o Mestre da reta).
[3]. Se Jesus comia e bebia, além de andar com publicanos, pecadores, tendo até sido ungido por prostituta, uns trocados furtados não é nada. (argumento ‘do-mal-menor’, estabelecendo uma escala de valores).
[4]. Exercício do libre arbítrio! Jesus teria feito vista grossa para que Judas se arrependesse. (‘argumento de fim-de-feira’. Não diferencia melão de mamão, dilui a ética e ainda dá um pontapé na história. É o famoso argumento ‘VSC’: ‘ver se cola’).
[5]. Tal qual como está na net: “A Bíblia ensina que Jesus confrontava a todos com a verdade. Se ele [Judas] roubava ou não, o que de fato importa é que Jesus seria o último a deixar alguém no engano. Ainda que Ele não falasse diretamente, usaria a boca de seus irmãos para dar advertência. [e conclui] Tens ouvido as advertências de seus irmãos em Cristo? Se sim, bem o fazes. Nós devemos ser confrontados para a correção. Não adorareis outros deuses. Só um é santo, e intercessor: Jesus Cristo. Os outros, não são dignos de serem idolatrados, e muito menos venerados.”. (Esse é de uma conhecida ‘pastora’).
Há evidentemente os desinformados costumeiros que perguntam onde está isso na bíblia; outros alegam nada saberem sobre Judas ladrão sendo-lhes absoluta novidade; ainda outros acrescentam que já leram os quatro evangelhos e, tendo muita facilidade com interpretação de textos, nunca viram nada disso.
Além dos maldosos, claro, que vêm aí a semente dos primeiros pastores televisivos na história da Igreja Cristã.
Se explicar é uma ciência e arte, e você não sabe, deixe para os outros que sabem e errarão com mais precisão. Assuma que a bíblia, tal qual está posta, é e contém uma enormidade de incongruências, erros. Qualifique-os como quiseres. Só não diga que não os há; inverossimilhanças, entre outras coisas.
A afirmação de Fé de que Jesus é Deus, inquestionável à Fé Cristã e necessária à sua sobrevivência, é uma ‘construção teológica’ que se pede a quem deseja ser Cristão. Mas não é uma exigência que se faz aos Evangelistas, por mais que se sabe que julgavam ser Jesus o próprio Deus.
Se você conseguir caminhar em um terreno minado e espinhoso como esse, certamente o texto em João fará algum sentido, não necessariamente prático, claro.
Atribui-se ao botânico e teólogo sueco Emmanuel Swedenborg a declaração de que o Céu é proibido aos bobos, não aos maus, porque seria intolerável para o Criador receber ali alguém incapaz de admirar Sua obra.
Os tolos explicam esse texto em João: locupletam-se de outra forma.
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