Palavra do leitor
- 13 de outubro de 2009
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Egoísmo evangélico - chegamos à nova era?
"Ama-te a ti mesmo acima de todas as coisas e ao teu próximo que te encara no espelho!"
Sou do tempo em que temíamos a Nova Era. Seus símbolos, seus cânticos, seus ícones. Maitreya, o Anticristo, a Besta, representantes malignos da Era de Aquário a suplantar o Cristianismo, a enfrentá-lo abertamente em pleno Armagedom, ápice da Grande Tribulação, momento em que pré-tribulacionistas como eu esperavam estar gozando da glória eternal junto à Igreja Triunfante nos Céus.
No entanto a Nova Era já chegou! Há alguns anos, de forma sorrateira, perniciosa, sutil. No início glorificamo-la, saudamo-la, chamamo-la de benção, de provisão, fruto do toque de Jeová-Jireh, ao qual pervertemos considerando-o mera divindade, em uma quase confusão com Mamom. É Lúcifer mais uma vez, querendo ser Deus. É Mamom, confundindo-se com Jireh, o gênio da lâmpada neo-pentecostal.
No entanto este mensageiro de Satanás cresceu alimentado por nosso egoísmo e hoje assenta-se no grande trono. Eis a besta que emerge do mar com poder e grande autoridade a difamar o tabernáculo! Eis a besta que emerge da terra operando grandes sinais!
Essa nova era é a era do egoísmo evangélico em que não importa o corpo, o reino. Importa-me a minha dor, o meu prazer, hedonismo satânico em que sacio os meus desejos, transvestindo-os de "benção divina". Quero o que é meu, quero o que me pertence, tomo posse! Se preciso for, ergo meu trono acima de Deus. É o olho que olha para o ouvido e diz: não preciso de você! É o povo que busca a provisão, o carro, a casa, a cura, o marido de volta, o lar restaurado, não importa aonde, não importa como, não importa em quem. Povo cego que busca respostas sem saber que elas estão escritas na parede: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. É esta a "burguesia que reduz a dignidade pessoal a simples valor de troca, que rasga o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares por mera relação monetária, que substituiu a exploração disfarçada sob ilusões religiosas e políticas pela exploração aberta, cínica, direta e brutal." (Karl Marx, Manifesto Comunista!??).
Este egoísmo criou uma nova geração de cristãos, interessados em seu mundo, que juntos com levitas e sacerdotes, não se contentam mais em passar ao largo mas escracham, pisoteam, vituperam o moribundo ao caminho. Chamam-no de derrotado, maldito, proscrito, esquecido de Deus.
E este egoísmo se prolifera em templos impessoais, tabernáculos do evangelho drive-thru, simples prestadores de serviços religioso-espirituais em que me viro para o irmão do lado e digo: "Jesus te ama e eu também" e que após este culto-show-apoteóse saio de lá me perguntando: Quem sou eu? Quem é você?
Sou do tempo em que temíamos a Nova Era. Seus símbolos, seus cânticos, seus ícones. Maitreya, o Anticristo, a Besta, representantes malignos da Era de Aquário a suplantar o Cristianismo, a enfrentá-lo abertamente em pleno Armagedom, ápice da Grande Tribulação, momento em que pré-tribulacionistas como eu esperavam estar gozando da glória eternal junto à Igreja Triunfante nos Céus.
No entanto a Nova Era já chegou! Há alguns anos, de forma sorrateira, perniciosa, sutil. No início glorificamo-la, saudamo-la, chamamo-la de benção, de provisão, fruto do toque de Jeová-Jireh, ao qual pervertemos considerando-o mera divindade, em uma quase confusão com Mamom. É Lúcifer mais uma vez, querendo ser Deus. É Mamom, confundindo-se com Jireh, o gênio da lâmpada neo-pentecostal.
No entanto este mensageiro de Satanás cresceu alimentado por nosso egoísmo e hoje assenta-se no grande trono. Eis a besta que emerge do mar com poder e grande autoridade a difamar o tabernáculo! Eis a besta que emerge da terra operando grandes sinais!
Essa nova era é a era do egoísmo evangélico em que não importa o corpo, o reino. Importa-me a minha dor, o meu prazer, hedonismo satânico em que sacio os meus desejos, transvestindo-os de "benção divina". Quero o que é meu, quero o que me pertence, tomo posse! Se preciso for, ergo meu trono acima de Deus. É o olho que olha para o ouvido e diz: não preciso de você! É o povo que busca a provisão, o carro, a casa, a cura, o marido de volta, o lar restaurado, não importa aonde, não importa como, não importa em quem. Povo cego que busca respostas sem saber que elas estão escritas na parede: MENE, MENE, TEQUEL e PARSIM. É esta a "burguesia que reduz a dignidade pessoal a simples valor de troca, que rasga o véu de emoção e de sentimentalidade das relações familiares por mera relação monetária, que substituiu a exploração disfarçada sob ilusões religiosas e políticas pela exploração aberta, cínica, direta e brutal." (Karl Marx, Manifesto Comunista!??).
Este egoísmo criou uma nova geração de cristãos, interessados em seu mundo, que juntos com levitas e sacerdotes, não se contentam mais em passar ao largo mas escracham, pisoteam, vituperam o moribundo ao caminho. Chamam-no de derrotado, maldito, proscrito, esquecido de Deus.
E este egoísmo se prolifera em templos impessoais, tabernáculos do evangelho drive-thru, simples prestadores de serviços religioso-espirituais em que me viro para o irmão do lado e digo: "Jesus te ama e eu também" e que após este culto-show-apoteóse saio de lá me perguntando: Quem sou eu? Quem é você?
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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