Palavra do leitor
- 14 de fevereiro de 2024
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E se você recebesse uma carta do próprio Jesus?
Como assim, Jesus nunca escreveu carta para ninguém, pelo menos segundo a Bíblia. Essa certamente seria a sua resposta à pergunta que é o título deste texto. Mas quero dizer-lhe que, sim, Jesus Cristo escreveu uma carta para um determinado rei que queria conhecê-lo e precisava desesperadamente de cura para uma doença grave e incurável. Lembremos aqui das palavras de João: "Jesus realizou ainda muitas outras maravilhas. Se todas elas fossem escritas uma por uma, acredito eu que nem mesmo o mundo inteiro seria capaz de conter os livros que se escreveriam". Jo 21.25
A referida epístola foi registrada na obra História Eclesiástica – Os primeiros quatro séculos da Igreja Cristã, de Eusébio de Cesaréia que viveu entre os séculos III e IV. Não será possível aqui trazer maiores detalhes sobre este autor, basta dizer que ele foi bispo da cidade que leva seu nome, teólogo cujo pensamento herdou de Orígenes, foi estudioso de Filo de Alexandria e Flávio Josefo e foi elogiado por Agostinho de Hipona pela sua famosa Enciclopédia Bíblica. É considerado o maior historiador da Igreja Cristã depois de Lucas. Essas credencias, para mim, já são suficientes para crer na história da referida carta escrita diretamente pelo próprio Senhor Jesus. Vamos a ela.
Segundo a obra citada (História Eclesiástica), um certo homem, Agbaro, rei da cidade de Edessa, local que hoje pertence à Turquia, ouvira falar de Jesus e de seu ministério que envolvia curas, milagres e pregações poderosas, e por está acometido de uma mortal doença, escreveu uma carta para o mestre galileu suplicando-lhe por um milagre. A carta, segundo o relato, teria chegado às mãos do Senhor por meio de um mensageiro chamado Ananias, porém, Jesus não a respondeu de imediato. Na mesma, o príncipe de Edessa diz em um determinado trecho: "…ouvindo essas coisas a respeito de ti, concluí em minha mente de duas, uma: ou és Deus e, tendo descido do céu, realizas essas coisas, ou então, por realizá-las, és filho de Deus". Apesar de não conhecer a Jesus pessoalmente, a curiosidade e admiração por ele são visíveis nas palavras do remetente.
Passado algum tempo, a resposta chegou a Agbaro por intermédio do mesmo Ananias, e com ela uma promessa de que um discípulo dele, de Jesus, iria visitá-lo oportunamente e levar a cura solicitada. A carta de Jesus começa com uma declaração tremenda: "Bendito sejas, ó Agbaro que, sem ver, creste em mim. Pois escreve-se a meu respeito que os que me viram não crerão, os que não me viram, podem crer e viver". Incrível ver como esta suposta fala de Jesus coincide com aquilo que João escreveu no seu evangelho: "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram". Jo 20.29 O rei ficou então na expectativa, aguardando o dia da sua tão sonhada cura.
Segundo as descobertas de Eusébio, após a morte e ressurreição de Jesus, um dos seus apóstolos, Tomé, por impulso divino, enviou Tadeu, um dos 70 mais próximos discípulos, para ser arauto do Evangelho em Edessa. Este ficou hospedado na casa de um tal Tobias e começou a pregar e fazer milagres em nome de Jesus na região visitada. Sabendo do fato, o rei Agbaro mandou chamar a Tadeu e o interrogou se ele seria o tal mensageiro citado na carta recebida algum tempo antes, pois nela, Jesus dizia que "enviaria um servo dele para curá-lo da indisposição, prometendo, ao mesmo tempo, salvação a ele e a todos os seus parentes". Sim, sou eu mesmo, disse um Tadeu convicto, fui enviado aqui para isso. Ao verificar que Agbaro tinha tido uma experiência espiritual com o Cristo e o confessava como seu Senhor e Salvador, tendo ouvido a confissão do rei, Tadeu impôs as mãos sobre o mesmo e este foi imediatamente curado pelo poder do nome de Jesus. O rei ficou maravilhado, a doença havia sumido e agora queria saber de tudo sobre a vida e obra de Cristo Jesus. Aliás, não apenas o rei fora curado, como também outros moradores daquela cidade, acrescenta Eusébio no seu livro.
Fico pensando no privilégio que Agbaro teve ao receber uma carta-resposta do "Rei dos reis". E em quantas outras pessoas podem também ter tido esse presente. Jamais saberei. E você, o que faria se fosse surpreendido por uma carta cheia de amor escrita e envida por Jesus? Ele não está mais entre nós encarnado, está nos céus glorificado, mas sua mensagem de salvação continua acessível por meio de sua palavra e, principalmente, poderosa para cumprir os propósitos divinos nas nossas vidas.
Que assim como aquele governante, possamos reconhecer o poder de Jesus e convidá-lo a entrar na nossa jornada e fazer dela uma extraordinária história a ser contada às gerações por vir. Talvez nós jamais recebamos uma carta como a da história acima, mas quem sabe nossa vida possa se tornar uma "carta para o mundo" anunciando que há um Deus amoroso e desejoso de ver seus filhos ao seu lado para sempre.
Tony Oliveira - Autor do livro PINGOS DA GRAÇA.
Para outros textos do autor, acesse o Blog: https://pingosdagraca.wordpress.com/
A referida epístola foi registrada na obra História Eclesiástica – Os primeiros quatro séculos da Igreja Cristã, de Eusébio de Cesaréia que viveu entre os séculos III e IV. Não será possível aqui trazer maiores detalhes sobre este autor, basta dizer que ele foi bispo da cidade que leva seu nome, teólogo cujo pensamento herdou de Orígenes, foi estudioso de Filo de Alexandria e Flávio Josefo e foi elogiado por Agostinho de Hipona pela sua famosa Enciclopédia Bíblica. É considerado o maior historiador da Igreja Cristã depois de Lucas. Essas credencias, para mim, já são suficientes para crer na história da referida carta escrita diretamente pelo próprio Senhor Jesus. Vamos a ela.
Segundo a obra citada (História Eclesiástica), um certo homem, Agbaro, rei da cidade de Edessa, local que hoje pertence à Turquia, ouvira falar de Jesus e de seu ministério que envolvia curas, milagres e pregações poderosas, e por está acometido de uma mortal doença, escreveu uma carta para o mestre galileu suplicando-lhe por um milagre. A carta, segundo o relato, teria chegado às mãos do Senhor por meio de um mensageiro chamado Ananias, porém, Jesus não a respondeu de imediato. Na mesma, o príncipe de Edessa diz em um determinado trecho: "…ouvindo essas coisas a respeito de ti, concluí em minha mente de duas, uma: ou és Deus e, tendo descido do céu, realizas essas coisas, ou então, por realizá-las, és filho de Deus". Apesar de não conhecer a Jesus pessoalmente, a curiosidade e admiração por ele são visíveis nas palavras do remetente.
Passado algum tempo, a resposta chegou a Agbaro por intermédio do mesmo Ananias, e com ela uma promessa de que um discípulo dele, de Jesus, iria visitá-lo oportunamente e levar a cura solicitada. A carta de Jesus começa com uma declaração tremenda: "Bendito sejas, ó Agbaro que, sem ver, creste em mim. Pois escreve-se a meu respeito que os que me viram não crerão, os que não me viram, podem crer e viver". Incrível ver como esta suposta fala de Jesus coincide com aquilo que João escreveu no seu evangelho: "Disse-lhe Jesus: Porque me viste, Tomé, creste; bem-aventurados os que não viram e creram". Jo 20.29 O rei ficou então na expectativa, aguardando o dia da sua tão sonhada cura.
Segundo as descobertas de Eusébio, após a morte e ressurreição de Jesus, um dos seus apóstolos, Tomé, por impulso divino, enviou Tadeu, um dos 70 mais próximos discípulos, para ser arauto do Evangelho em Edessa. Este ficou hospedado na casa de um tal Tobias e começou a pregar e fazer milagres em nome de Jesus na região visitada. Sabendo do fato, o rei Agbaro mandou chamar a Tadeu e o interrogou se ele seria o tal mensageiro citado na carta recebida algum tempo antes, pois nela, Jesus dizia que "enviaria um servo dele para curá-lo da indisposição, prometendo, ao mesmo tempo, salvação a ele e a todos os seus parentes". Sim, sou eu mesmo, disse um Tadeu convicto, fui enviado aqui para isso. Ao verificar que Agbaro tinha tido uma experiência espiritual com o Cristo e o confessava como seu Senhor e Salvador, tendo ouvido a confissão do rei, Tadeu impôs as mãos sobre o mesmo e este foi imediatamente curado pelo poder do nome de Jesus. O rei ficou maravilhado, a doença havia sumido e agora queria saber de tudo sobre a vida e obra de Cristo Jesus. Aliás, não apenas o rei fora curado, como também outros moradores daquela cidade, acrescenta Eusébio no seu livro.
Fico pensando no privilégio que Agbaro teve ao receber uma carta-resposta do "Rei dos reis". E em quantas outras pessoas podem também ter tido esse presente. Jamais saberei. E você, o que faria se fosse surpreendido por uma carta cheia de amor escrita e envida por Jesus? Ele não está mais entre nós encarnado, está nos céus glorificado, mas sua mensagem de salvação continua acessível por meio de sua palavra e, principalmente, poderosa para cumprir os propósitos divinos nas nossas vidas.
Que assim como aquele governante, possamos reconhecer o poder de Jesus e convidá-lo a entrar na nossa jornada e fazer dela uma extraordinária história a ser contada às gerações por vir. Talvez nós jamais recebamos uma carta como a da história acima, mas quem sabe nossa vida possa se tornar uma "carta para o mundo" anunciando que há um Deus amoroso e desejoso de ver seus filhos ao seu lado para sempre.
Tony Oliveira - Autor do livro PINGOS DA GRAÇA.
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dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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