Palavra do leitor
- 23 de fevereiro de 2007
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E por multiplicar-se a iniqüidade, o amor...
Uma nação de luto. Talvez esta fosse a melhor frase para descrever nosso sentimento em relação à morte do pequeno João Hélio. O carro da sua família foi interceptado por dois ladrões armados. A mãe e a filha conseguiram descer. João Hélio foi arrastado por sete quilômetros nas ruas movimentadas, preso pela barriga ao cinto de segurança, enquanto os bandidos partiam em alta velocidade tendo como testemunha a própria mãe. Ficou um rastro de terror e sangue pelas ruas de quatro bairros da cidade do Rio de Janeiro.
Enquanto os pais choram junto com outras inúmeras famílias, também vítimas da mesma violência e da indiferença. Surgem abaixo assinados e manifestações de apoio e protesto pelo país afora. Enquanto, as autoridades e a imprensa fazem de conta que vivemos em um animado baile de conto de fadas. E o povo é só carnaval.
Pelas ruas e becos de Olinda e do Recife antigo, cantasse parabéns ao Frevo. Em Salvador o negócio é beijo roubado e fingir ser feliz, enquanto se dar à volta no trio. E lá no Rio de Janeiro a apoteose é do samba. Viva a Mangueira! Parabéns a Beija Flor! We are the world, we are carnaval, we are folia! Tudo é festa. Por todos os lados homens liberam as "fantasias”, num vale tudo, que vale até homem com homem e mulher com mulher, contrariando até o síndico Tim Maia.
"Ninguém mais se lembra das mães que enterraram seus filhos, mortos por falta de asseio numa Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital público. Dois dias depois das tragédias, chegam outros sinistros mais pavorosos e vamos nos acostumando; de horror em horror chegaremos ao inferno preparado pelos próprios brasileiros. [...] Para mim chega, já que os evangélicos degringolaram e hoje a grande maioria dos freqüentadores dos cultos é composta de pessoas infantilizadas pela religião [...] Eles se reúnem em seus auditórios com uma única preocupação: acessar o divino, para se safarem [...] Morreu um menino, mas o pior ainda está por vir. [...] Morrerão muitos outros e os pastores continuarão prometendo abrir portas de emprego para quem der dinheiro em seus cultos. (Ricardo Gondim)"
Será que diante de tanta indiferença faremos algo? Ou também nos fantasiaremos de palhaços e colombinas? Por que verdadeiramente, bem sei que somente motivados pelo amor resplandeceremos em meio a estas densas trevas. Como escreveu Ronaldo Lindorio em seu livro"Igreja uma Comunidade Visionária”: "ninguém é capaz de orar por milhões de vidas que perecem sem Cristo se não consegue chorar sequer por uma delas." Por que se amamos os que nos amam que recompensa temos? Não fazem os publicanos também o mesmo? Que Deus tenha misericórdia de nós. Sola Gratia.
Enquanto os pais choram junto com outras inúmeras famílias, também vítimas da mesma violência e da indiferença. Surgem abaixo assinados e manifestações de apoio e protesto pelo país afora. Enquanto, as autoridades e a imprensa fazem de conta que vivemos em um animado baile de conto de fadas. E o povo é só carnaval.
Pelas ruas e becos de Olinda e do Recife antigo, cantasse parabéns ao Frevo. Em Salvador o negócio é beijo roubado e fingir ser feliz, enquanto se dar à volta no trio. E lá no Rio de Janeiro a apoteose é do samba. Viva a Mangueira! Parabéns a Beija Flor! We are the world, we are carnaval, we are folia! Tudo é festa. Por todos os lados homens liberam as "fantasias”, num vale tudo, que vale até homem com homem e mulher com mulher, contrariando até o síndico Tim Maia.
"Ninguém mais se lembra das mães que enterraram seus filhos, mortos por falta de asseio numa Unidade de Tratamento Intensivo de um hospital público. Dois dias depois das tragédias, chegam outros sinistros mais pavorosos e vamos nos acostumando; de horror em horror chegaremos ao inferno preparado pelos próprios brasileiros. [...] Para mim chega, já que os evangélicos degringolaram e hoje a grande maioria dos freqüentadores dos cultos é composta de pessoas infantilizadas pela religião [...] Eles se reúnem em seus auditórios com uma única preocupação: acessar o divino, para se safarem [...] Morreu um menino, mas o pior ainda está por vir. [...] Morrerão muitos outros e os pastores continuarão prometendo abrir portas de emprego para quem der dinheiro em seus cultos. (Ricardo Gondim)"
Será que diante de tanta indiferença faremos algo? Ou também nos fantasiaremos de palhaços e colombinas? Por que verdadeiramente, bem sei que somente motivados pelo amor resplandeceremos em meio a estas densas trevas. Como escreveu Ronaldo Lindorio em seu livro"Igreja uma Comunidade Visionária”: "ninguém é capaz de orar por milhões de vidas que perecem sem Cristo se não consegue chorar sequer por uma delas." Por que se amamos os que nos amam que recompensa temos? Não fazem os publicanos também o mesmo? Que Deus tenha misericórdia de nós. Sola Gratia.
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