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Palavra do leitor

É (ou foi) Natal?

O Natal, no modelo que o conhecemos, foi embora! Acabaram as festas, terminaram os presentes, foram-se as luzes multicoloridas e intermitentes, os comes e bebes voltaram ao feijão com arroz...

Na semana anterior discorremos sobre o porque do Natal, e os versículos base, Lucas 2. 10-11, deixam claro, desde o dia do nascimento de Jesus, que Ele veio com a missão definida de ser o Salvador de toda a humanidade: "Eis que vos trago boa nova que o será para todo o povo; é que hoje vos nasceu, na cidade de Davi, o Salvador que é Cristo, o Senhor".

O artigo definido "o" não deixa margem a quaisquer dúvidas: é apenas um [único] o Salvador; o texto não fala que é "um" Salvador para não deixar dúvida de que não existe outro, nem no cristianismo e nem fora dele.

Temos como princípio que é a Bíblia que confirma a própria Bíblia, isto é, o que ela diz em um determinado texto, sempre há outros versículos, capítulos que confirmam aquele preceito os quais lhe dão suporte, formando o contexto.

Aquela norma, aquela profecia, aquela bênção, enfim tudo o que a Palavra de Deus prescreve como norma de conduta, como profético, como louvor, como adoração tem sempre uma confirmação em outro texto; não há incoerências ou contradições nas Sagradas Escrituras, embora os livros que a compõem tenham defasagem, uns em relação aos outros, até de centenas de anos.

A Palavra do anjo, ao anunciar o nascimento de Jesus como “o” Salvador, tem fundamentação e confirmação não só nas profecias do antigo testamento, como em textos do próprio novo testamento. Como exemplo, citaremos “Há um só Deus e um só mediador entre Deus e os homens”(I Timóteo 2. 5). É um texto que não deixa margem a dúvidas: um só mediador, um só salvador, um só que se deu por nós; e se deu de uma vez por todas; não são mais necessários sacrifícios. Ele é o Cordeiro de Deus que tira o pecado do mundo.

Essa é a razão do Natal, foi isso o que o anjo disse: hoje vos nasceu o Salvador, que é Cristo, o Senhor.

Em uma das leituras devocionais recentes lemos algo muito importante e bem definido a respeito do Natal: “O que você procura no Natal? Se para você bastam os presentes, o feriado, e o 13º, seu Natal ainda não chegou, pois você comemora apenas o feriado. O Natal precisa estar focado em alguém para ter sentido; precisa estar focado em Jesus" (Wanderley de Mattos Jr.).

Mas o feriado, repetimos, as luzes, os presentes, os comes e bebes, as reuniões com familiares, com amigos terminaram. É como a gíria atual diz: “fui!”

Se o Natal que o mundo procura é o feriado, são os presentes, são as horas de descanso e lazer, na praia ou no campo, esse natal já acabou; para alguns sem recursos nem chegou, talvez nem chegue.

A pessoa mais importante, para que possamos chamar esse evento de Natal, é Jesus, o Deus filho que deixou a sua glória e veio habitar entre nós, tornando-se servo humilde e cheio de amor pela humanidade toda.

O Natal [o dia das mães, o dia dos pais, etc.] dizia nossa mãe, é todo dia. Dentro desse princípio, aliás correto, Jesus tem que ser celebrado, em nossas vidas, através de nossas vidas, e, ainda, através de nossa conduta, de nossa maneira de ser, em todos os momentos, em todos os dias, em todas as situações, em todos os lugares.

Não há um local específico para que ele [o Natal] aconteça; tem que acontecer onde quer que estejamos: no trabalho, na escola, no trânsito, em casa, e até na igreja, onde não muitos comparecem, nesse dia, para que tal acontecimento seja celebrado e ou lembrado comunitariamente.

O natal só será todos os dias se Jesus fizer morada em nossos corações; aí, então, é diariamente, pois o celebrado, o comemorado, o homenageado está presente; e é cultuado como o único nome dado sobre a terra pelo qual importa que sejamos salvos.

Com Ele longe, com Ele ausente, não há o que celebrar, pois só celebramos o que temos, o que vivemos, o que presenciamos, o que sentimos.

Sem Ele é, apenas, feriadão, é apenas passeio, é apenas diversão, é apenas lazer, é apenas comes e bebes, e mais nada!

O feriadão, o lazer, o presentear, as ceias, tudo isso é legítimo, mas o aniversariante tem que estar presente, e não ser o menos lembrado no seu próprio dia.

Tenha um natal, de verdade, todos os dias! Aceite Jesus no seu coração como seu único e suficiente Salvador e Senhor, e como filho de Deus, que você se tornou com essa decisão (João 1. 12), Ele habitará em seu coração, e a sua comemoração será permanente!
São Paulo - SP
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