É fé no poder e fé no amor

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Eu estava refletindo sobre o texto de Mc. 1.40-43 quando algumas coisas me chamaram atenção. Pelo menos uma delas eu, por questão de espaço, compartilho aqui.

Primeiramente é o locus da fé. Nós temos, na língua portuguesa, três modos verbais, quais sejam, o indicativo- modo da certeza; imperativo - o modo da ordem, da solicitação; e o subjuntivo- modo da incerteza, da possibilidade. Além desses, temos as formas nominais: gerúndio, particípio e o infinitivo.

Já no primeiro momento do diálogo do leproso com Jesus, percebemos onde está a sua fé: "se quiseres, bem podes tornar-me limpo". Aqui temos uma coisa que pode estar afetando agente, também, e impedindo que alcancemos a benção. Reparem que o homem não tem dúvida sobre o poder de Jesus. O verbo é conjugado no indicativo "tu podes". Não há dúvida. Sua fé no poder dele vai muito bem.

O mesmo não é verdade quanto ao verbo anterior a esse: se quiseres. Esse verbo, no subjuntivo, revela que a dificuldade dele era se Jesus o amava o bastante para curá-lo, ou seja, sua grande incredulidade estava no amor. E não é assim que se passa com a gente?

Em razão das dificuldades da vida, dos enfrentamentos, somos levados a questionar se Deus nos ama. Começamos a nos comparar com outras pessoas, como o salmista no Salmo 73 "bom é Deus para Israel (...) quanto a mim..." Deus não é como o homem, efêmero nos seus sentimentos, Deus ama sem reservas. Ele também não escolhe a quem amar, ele ama a mim e a você com uma intensidade inimaginável, veja o que ele te diz em Is. 49.15: “Acaso, pode uma mulher esquecer-se do filho que ainda mama, de sorte que não se compadeça do filho do seu ventre? Mas ainda que esta viesse a se esquecer dele, eu, todavia, não me esquecerei de ti. 16 Eis que nas palmas das minhas mãos te gravei”;

Você é especial para ele, por isso sinta-se amado, ponha de volta sua fé no amor dele. É tudo que ele precisa para mudar sua vida. Com efeito, podes agora viver com paixão e propósito, certo que todas as coisas boas estão vindo para você.

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Opinião do leitor