Palavra do leitor
- 03 de outubro de 2008
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E a cruz? O que faremos com ela?
Desde o princípio do cristianismo, muitos símbolos e simbolismos têm sido utilizados com as seguintes finalidades: trazer à lembrança o sacrifício vicário de Jesus, ou como objeto de fé (tiche). Nos dias da chamada Igreja Primitiva, ‘muitos levavam seus enfermos e os colocavam em leitos para que pelo menos a sombra de Pedro, quando este passasse, cobrisse alguns deles’ (Atos 5.15) na esperança de receberem a cura divina. Não era a sombra, nem o próprio Pedro quem curava, mas o Deus de Pedro. Atualmente o apego a objetos e simbolismos tem crescido principalmente nas igrejas neopentecostais.
De uns anos para cá, muitos cristãos evangélicos tem adotado o uso da cruz vazia ou vazada como símbolo de sua fé. Essa tendência pode ter se dado pelo crescente aparecimento de bandas de Rock e outros ritmos na versão gospel, com suas cruzes enormes.
Na edição de Setembro/Outubro 2008, a revista Ultimato trouxe um artigo onde a resistência de muitos crentes em não querer usar a cruz é tratada como implicância, como sugere o título do artigo ‘A Implicância Protestante Contra a Cruz’. Na visão do autor, as bases para a rejeição da cruz, são meramente históricas.
Como no Brasil Imperial somente a Igreja Católica poderia usar símbolos como a cruz e sinos, os demais grupos religiosos, por força de lei, ficavam impedidos de utilizá-los. Isso seria um dos motivos pelo qual não há esse apego à cruz, seja ela com o Cristo morto, vazada ou vazia.
Outro motivo alegado é a implicância propriamente dita, o fato de a Igreja Católica usar a cruz no entendimento de muitos, é o motivo para os crentes não usarem. O que seria realmente sem sentido, pois um católico usa boletim dominical no seu culto, carro, roupa, sapatos, brincos, etc...
Talvez o maior agravante tenha sido a adoração do Cristo morto, presente no crucifixo (Cristo morto sobre a cruz) adotado oficialmente pela Igreja Católica no papado de Paulo VII no século VIII da nossa era. (Ultimato Nº 314 Setembro/Outubro 2008, pág 26)
O problema é que as pessoas têm uma facilidade muito grande em se apegar àquilo que os seus olhos podem contemplar e atribuir-lhe um poder ou graça que eles não possuem. Quando Israel peregrinou pelo deserto sob o comando de Moisés, houve um tempo em que muitos estavam morrendo pelas mordeduras das serpentes, Deus então mandou Moisés construir uma serpente de bronze e pendurá-la numa haste, sempre que alguém fosse mordido por uma serpente deveria olhar para a imagem e ficaria sarado (Números 21. 8-9). Passado um tempo, as pessoas deixaram de confiar no Deus que mandou fazer a serpente e passaram a confiar e cultuar a serpente feita de metal, quebrando o pacto que haviam feito com o Senhor, séculos depois já no reinado de Ezequias ela foi feita em pedaços justamente por isso (2 Reis 18. 4). Deus não divide a sua glória com ninguém.
Outros simbolismos como a Ceia do Senhor e o Batismo, que são ordenanças de Cristo à sua Igreja, causam naqueles menos instruídos pensamentos equivocados, muitos costumam atribuir graça ou poder a quem participa dessas ordenanças-símbolo.
E a Cruz o que faremos com ela? Como tem sido usada hoje pelos cristãos evangélicos e como será usada daqui a algumas décadas ou séculos?
Não é a Cruz, mas a mensagem dela (O justo Jesus pelo injusto eu) que importa. Não tenho implicância contra a cruz, tenho, porém receio de que o nosso povo se corrompa a exemplo dos filhos de Israel no deserto.
De uns anos para cá, muitos cristãos evangélicos tem adotado o uso da cruz vazia ou vazada como símbolo de sua fé. Essa tendência pode ter se dado pelo crescente aparecimento de bandas de Rock e outros ritmos na versão gospel, com suas cruzes enormes.
Na edição de Setembro/Outubro 2008, a revista Ultimato trouxe um artigo onde a resistência de muitos crentes em não querer usar a cruz é tratada como implicância, como sugere o título do artigo ‘A Implicância Protestante Contra a Cruz’. Na visão do autor, as bases para a rejeição da cruz, são meramente históricas.
Como no Brasil Imperial somente a Igreja Católica poderia usar símbolos como a cruz e sinos, os demais grupos religiosos, por força de lei, ficavam impedidos de utilizá-los. Isso seria um dos motivos pelo qual não há esse apego à cruz, seja ela com o Cristo morto, vazada ou vazia.
Outro motivo alegado é a implicância propriamente dita, o fato de a Igreja Católica usar a cruz no entendimento de muitos, é o motivo para os crentes não usarem. O que seria realmente sem sentido, pois um católico usa boletim dominical no seu culto, carro, roupa, sapatos, brincos, etc...
Talvez o maior agravante tenha sido a adoração do Cristo morto, presente no crucifixo (Cristo morto sobre a cruz) adotado oficialmente pela Igreja Católica no papado de Paulo VII no século VIII da nossa era. (Ultimato Nº 314 Setembro/Outubro 2008, pág 26)
O problema é que as pessoas têm uma facilidade muito grande em se apegar àquilo que os seus olhos podem contemplar e atribuir-lhe um poder ou graça que eles não possuem. Quando Israel peregrinou pelo deserto sob o comando de Moisés, houve um tempo em que muitos estavam morrendo pelas mordeduras das serpentes, Deus então mandou Moisés construir uma serpente de bronze e pendurá-la numa haste, sempre que alguém fosse mordido por uma serpente deveria olhar para a imagem e ficaria sarado (Números 21. 8-9). Passado um tempo, as pessoas deixaram de confiar no Deus que mandou fazer a serpente e passaram a confiar e cultuar a serpente feita de metal, quebrando o pacto que haviam feito com o Senhor, séculos depois já no reinado de Ezequias ela foi feita em pedaços justamente por isso (2 Reis 18. 4). Deus não divide a sua glória com ninguém.
Outros simbolismos como a Ceia do Senhor e o Batismo, que são ordenanças de Cristo à sua Igreja, causam naqueles menos instruídos pensamentos equivocados, muitos costumam atribuir graça ou poder a quem participa dessas ordenanças-símbolo.
E a Cruz o que faremos com ela? Como tem sido usada hoje pelos cristãos evangélicos e como será usada daqui a algumas décadas ou séculos?
Não é a Cruz, mas a mensagem dela (O justo Jesus pelo injusto eu) que importa. Não tenho implicância contra a cruz, tenho, porém receio de que o nosso povo se corrompa a exemplo dos filhos de Israel no deserto.
Os artigos e comentários publicados na seção Palavra do Leitor são de única e exclusiva responsabilidade
dos seus autores e não representam a opinião da Editora ULTIMATO.
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