Palavra do leitor
- 24 de agosto de 2013
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Artigo publicado em resposta a Salmo que desanima a/à 3ª idade?
Dualidades sem dubiedade e dualismo, no Salmo 114.
O paralelismo – especialmente em par! – do Salmo em epígrafe sobressai, como tento mostrar nos apontamentos infracitados, sem eclipsar a mensagem do saltério!!!...
1- O dual:
§ A palavra dual, de 1624, mostra algo que ocorre não só no Hebraico, Grego antigo, Sânscrito e Indo-europeu, como em outras línguas, até no Português, quando, além do singular e plural, no meio, vem o dual, que são coisas que vêm em pares – as calças e os óculos, por exemplo –.
§ A palavra dualidade, de 1708, não pode ser deturpada pelo significado do termo dualismo de 1833, lembrando que dualista é palavra anterior (de 1759), diferente do termo duplicidade, de 1836, que tem o aspecto negativo de fingimento, que é o 2º sentido, por metáfora. Quanto à dubiedade, de 1690, que vem de dúbio de 1557, ela, em si, é negativa. Aliás, o número 2 lembra dueto – que exige harmonia! –, mas, também duelo – sempre uma desarmonia!!! –. Mas, pensando o aspecto positivo do número 2 no Salmo 114, veremos, sobre personalidades, imediatamente, e, mediatamente, sobre a estrutura do Salmo em tela...
§ O Sl 114 é a 4ª etapa na história dos Salmos bíblicos, e o quarteto marca duas pessoas – Moisés e Josué –. Os 2 1ºs salmos – 90 e 91 – têm ligações diretas com Moisés, e indiretas com Josué, pois Moisés assinou o 1º e é tido como possível autor do 2º, e Josué tivera sido espia pouco antes do 1º e sucedeu Moisés pouco depois do 2º. Agora, o 3º grupo de salmos – 78.12-66; 105.16-45; 106.1-33; e 135.1-20 – e o 4º – Salmo 114 – tem ligações indiretas com Moisés, e diretas com Josué, porquanto essas porções supra-referenciadas são de 30 dias após o luto por Moisés, e quando Josué sucedeu Moisés e antes de Deus o ter instruído, assim como o “4º” salmo – o 114 – fala de coisas que aconteceram sob o comando de Moisés, e foi escrito em meio ao cenário sob a liderança de Josué – depois da travessia do Rio Jordão, sob a direção de Josué (Js 3.14-17), através do memorial das pedras (4.1-18), e antes do acampamento em Gilgal (vers. 19-24) –, tudo em 10/4/1422. A presença mosaica em salmos sentir-se-á no decorrer da história, mesmo depois do domínio e preeminência davídicos.
2- O estrutural:
§ A Bíblia de Estudos de Genebra comentou que o Salmo 114 tem uma “sutileza poética sem rival”; Dr. Russell Norman Champlin concordou que “[...] É um [...] dos mais artísticos de todo o saltério. É tanto conciso quanto vívido”; e João Calvino consumou que esse salmo, em “termos breves”, tem “tensão poética”, com “descrição [que] não excede os fatos do caso”.
§ Antes d´eu estudar esse Salmo para uma palestra e para 3 escritos imediatos, e 2 mediatos, satisfiz-me em iniciar na tradução portuguesa, e, logo, vi a beleza do paralelismo, e tudo foi confirmando vendo outras fontes bibliográficas.
§ O versículo 1º, parte a, fala de Israel saindo do Egito, e, na parte b, da casa de Jacó, de um povo de línguas estranhas; e o vers. 2, parte a, diz que Judá se tornou santuário, e, na parte, Israel, domínio. O v. 3a diz que o mar fugiu, e o 4b, que o Jordão tornou atrás; e o 4a mostra o monte saltando como carneiro, e 4b, as colinas, como cordeiros. O v. 5a pergunta ao mar por que ele fizera isso, e o 5b, ao rio; e o 6a ao monte, e o 6b às colinas. O 7a diz para terra estremecer na presença do Senhor, e o 7b, na do Deus de Jacó; e o 8a diz que Este converteu a pedra dura em tanques de água; e o 8b, o pedaço de pedra em fontes de água.
3- O principal:
§ A bela fôrma ou belo formato – ou o estrutural –, e a belíssima forma – ou paralelismo poético – do Sl 114, não supera a superior beleza da fórmula – ou do conteúdo –. Calvino, que usa muito o termo “Em suma”, sumariou bem: “[...] Deus, após a passagem do povo pelo mar Vermelho, forneceu esplendia manifestação adicional do poder [...] no deserto”. E Leslie S. M´Caw aponta que [, embora surgidos em datas diferente,] o Sl 113 e o 114 fazem par, aquele colocando a verdade, e este a ilustrando.
§ Esse escrito nos invicta ou convoca-nos para seguirmos, maravilharmos e temermos a Deus.
§ Ele mostra (1) a vocação pessoal universal – não só do velho Israel, mas, também, dos membros do Novo Israel, que é a igreja neo-testamentária (versículos 1, 2) –, (2) a manifestação instrumental geral – que é a obra de Deus na natureza (vers. 3-6) –, e (3) a conclamação final especial –, pois, mostrando o que Deus fizera do Seu povo e para este, conclama este mesmo a voltar-se mais para Aquele (vv. 7,8) –.
Calvino conclui que as perguntas são aos elementos da natureza, “mas são mais diretamente” a nós, para que, cada um de nós, “em auto-analise, avalie cuidadosa e imediatamente” a questão.
(Tripas / tri-Paz – 329).
1- O dual:
§ A palavra dual, de 1624, mostra algo que ocorre não só no Hebraico, Grego antigo, Sânscrito e Indo-europeu, como em outras línguas, até no Português, quando, além do singular e plural, no meio, vem o dual, que são coisas que vêm em pares – as calças e os óculos, por exemplo –.
§ A palavra dualidade, de 1708, não pode ser deturpada pelo significado do termo dualismo de 1833, lembrando que dualista é palavra anterior (de 1759), diferente do termo duplicidade, de 1836, que tem o aspecto negativo de fingimento, que é o 2º sentido, por metáfora. Quanto à dubiedade, de 1690, que vem de dúbio de 1557, ela, em si, é negativa. Aliás, o número 2 lembra dueto – que exige harmonia! –, mas, também duelo – sempre uma desarmonia!!! –. Mas, pensando o aspecto positivo do número 2 no Salmo 114, veremos, sobre personalidades, imediatamente, e, mediatamente, sobre a estrutura do Salmo em tela...
§ O Sl 114 é a 4ª etapa na história dos Salmos bíblicos, e o quarteto marca duas pessoas – Moisés e Josué –. Os 2 1ºs salmos – 90 e 91 – têm ligações diretas com Moisés, e indiretas com Josué, pois Moisés assinou o 1º e é tido como possível autor do 2º, e Josué tivera sido espia pouco antes do 1º e sucedeu Moisés pouco depois do 2º. Agora, o 3º grupo de salmos – 78.12-66; 105.16-45; 106.1-33; e 135.1-20 – e o 4º – Salmo 114 – tem ligações indiretas com Moisés, e diretas com Josué, porquanto essas porções supra-referenciadas são de 30 dias após o luto por Moisés, e quando Josué sucedeu Moisés e antes de Deus o ter instruído, assim como o “4º” salmo – o 114 – fala de coisas que aconteceram sob o comando de Moisés, e foi escrito em meio ao cenário sob a liderança de Josué – depois da travessia do Rio Jordão, sob a direção de Josué (Js 3.14-17), através do memorial das pedras (4.1-18), e antes do acampamento em Gilgal (vers. 19-24) –, tudo em 10/4/1422. A presença mosaica em salmos sentir-se-á no decorrer da história, mesmo depois do domínio e preeminência davídicos.
2- O estrutural:
§ A Bíblia de Estudos de Genebra comentou que o Salmo 114 tem uma “sutileza poética sem rival”; Dr. Russell Norman Champlin concordou que “[...] É um [...] dos mais artísticos de todo o saltério. É tanto conciso quanto vívido”; e João Calvino consumou que esse salmo, em “termos breves”, tem “tensão poética”, com “descrição [que] não excede os fatos do caso”.
§ Antes d´eu estudar esse Salmo para uma palestra e para 3 escritos imediatos, e 2 mediatos, satisfiz-me em iniciar na tradução portuguesa, e, logo, vi a beleza do paralelismo, e tudo foi confirmando vendo outras fontes bibliográficas.
§ O versículo 1º, parte a, fala de Israel saindo do Egito, e, na parte b, da casa de Jacó, de um povo de línguas estranhas; e o vers. 2, parte a, diz que Judá se tornou santuário, e, na parte, Israel, domínio. O v. 3a diz que o mar fugiu, e o 4b, que o Jordão tornou atrás; e o 4a mostra o monte saltando como carneiro, e 4b, as colinas, como cordeiros. O v. 5a pergunta ao mar por que ele fizera isso, e o 5b, ao rio; e o 6a ao monte, e o 6b às colinas. O 7a diz para terra estremecer na presença do Senhor, e o 7b, na do Deus de Jacó; e o 8a diz que Este converteu a pedra dura em tanques de água; e o 8b, o pedaço de pedra em fontes de água.
3- O principal:
§ A bela fôrma ou belo formato – ou o estrutural –, e a belíssima forma – ou paralelismo poético – do Sl 114, não supera a superior beleza da fórmula – ou do conteúdo –. Calvino, que usa muito o termo “Em suma”, sumariou bem: “[...] Deus, após a passagem do povo pelo mar Vermelho, forneceu esplendia manifestação adicional do poder [...] no deserto”. E Leslie S. M´Caw aponta que [, embora surgidos em datas diferente,] o Sl 113 e o 114 fazem par, aquele colocando a verdade, e este a ilustrando.
§ Esse escrito nos invicta ou convoca-nos para seguirmos, maravilharmos e temermos a Deus.
§ Ele mostra (1) a vocação pessoal universal – não só do velho Israel, mas, também, dos membros do Novo Israel, que é a igreja neo-testamentária (versículos 1, 2) –, (2) a manifestação instrumental geral – que é a obra de Deus na natureza (vers. 3-6) –, e (3) a conclamação final especial –, pois, mostrando o que Deus fizera do Seu povo e para este, conclama este mesmo a voltar-se mais para Aquele (vv. 7,8) –.
Calvino conclui que as perguntas são aos elementos da natureza, “mas são mais diretamente” a nós, para que, cada um de nós, “em auto-analise, avalie cuidadosa e imediatamente” a questão.
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