Palavra do leitor
- 19 de maio de 2016
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Dos Deuses da Mitologia ao Único Deus Criador, Inclusive da Natureza.
INTRODUÇÃO
Nenhuma cultura existiu sem sua história de criação, mas nenhuma pôde conceber uma criação ex nihilo, a partir do nada. Por isso as quatro palavras mais impactantes são: “No princípio, criou Deus ”. Nem nos antigos mitos de Enuma Elish, Marduque aparece como criador de verdade, apenas como artífice que constrói um instrumento para seu próprio uso, porque o cosmo em Enuma Elish já existia antes dos deuses, e eles são apenas seu produto.
DEUSES vs DEUS
Ainda outros mitos existiram como os da Mesopotâmia, onde os deuses já vivam em uma sociedade organizada entre os deuses administradores e os deuses menores que faziam os trabalho pesado, onde os quais se rebelaram, e como uma providência para solução dessa revolta, a deusa Mami é designada para criar seres humanos. Isso tudo faz parte da visão geral da cultura atual, embora tenha surgido depois dos escritos de Enuma Elish e Atrahasis que foram contemporâneos do registro de Gênesis.
No final, há uma guerra civil, e um deus, Zeus, emerge vitorioso, matando ou banindo os inimigos e recompensando os aliados. Diferente das outras mitologias, a mitologia grega não tenta se responsabilizar pela raça humana, ele é tida como preexistente. Mas a maldade humana, segundo essas mitologias surge por conta de um conflito de Zeus contra o Titã prometeu e a raça humana, gerando a deusa Pandora que despeja no universo todo tipo de maldade.
Apesar de suas diferenças, a explanação babilônica mesopotâmica e grega da criação e do lugar da humanidade dentro dela tem muito em comum, mas diferenças cruciais em relação ao registro de Gênesis. Enquanto os mitos apresentam os homens desprezados pelos deuses, o Gênesis diz que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Dizem também que o mundo e a criação é um acidente, o Gênesis afirma que Deus considera a criação muito boa e os abençoa.
Na revelação radical, diz-se que Deus é transcendente, e que ele não é da mesma natureza de sua criação, e não acrescenta ou subtrai algo de si próprio para criá-la e que Ele é o único Deus eterno e preexistente. Portanto, o próprio universo é uma criação, não se trata de uma ilusão, sua substância material não é uma imperfeição, mas a própria essência dela. Por esta razão Deus, como criador, não é apenas força inicial, mas é muito, muito mais.
O VERDADEIRO CRIADOR
E o governo da terra não é para deuses subordinados, como nas histórias pagãs sobre criação, mas aos humanos. Na mitologia os humanos são feitos de ossos e sangue de um deus, no gênesis o ser humano não é divino, e longe de seres divinos os humanos trouxeram o mal a uma criação boa. A história de gênesis é a história da criação e do criador, mas a bíblia não conhece nenhum criador que não seja também sustentador e provedor (Gn 2:8-9). Mas a provisão de Deus não é uma provisão impessoal, mas uma provisão direta, pessoal e zelosa para todas as criaturas.
Deus não é apenas alguém que cria e então sustenta mas também é alguém que irá um dia redimir e aperfeiçoar. A morte de Cristo não mudará apenas a mim e a você, mas todo o cosmos em que vivemos. O que mais se destaca na visão hebraica da natureza é a habilidade de ver uma coisa criada e alegrar-se sem vergonha ou constrangimento sobre sua beleza e mistério. A alegria se apodera de nós quando verdadeiramente conseguimos enxergar o cosmos como a criação de Deus.
A mente hebraica compreendeu que o grande poder de Deus é exibido em suas obras, e na beleza, no contentamento e compreensão acerca delas. A adoração moderna deve retornar a uma ênfase sobre o regozijo das obras e maravilhas de Deus a fim de que a alegria possa novamente torna-se uma experiência em vez de um conceito. Nossa esperança de alcançar isso não pode vir da adoração somente, mas do nosso pensamento, ensinamento e prática da ciência. Há elementos na ciência que um cristão pode praticar com alegria e honra, Deus é racional, de forma que o universo pode ser compreendido pela razão e inspiração.
CONCLUSÃO
Portanto, dito isto, devemos refletir que devido o ensino universitário ser fragmentado e desconexo, cria indivíduos que são também fragmentados. Por isso, a universidade cristã deve começar a ensinar não uma ciência melhor que imita e compete com as outras, mas uma ciência diferente, que ensine os estudantes a celebrarem a criação e não meramente a mensurarem. A igreja de cristo precisa conhecer a Deus como Criador e se tornar uma comunidade de mordomos. Os hebreus chamavam o mundo ao seu redor de criação, porque acreditavam na natureza e a si mesmo como criaturas feitas para finalidades e prazeres de Deus. Pensando dessa forma, conclui-se também no fim de tudo, que o ser humano não é separado da natureza mas faz parte dela.
Por Joel Sarmento Barros
Nenhuma cultura existiu sem sua história de criação, mas nenhuma pôde conceber uma criação ex nihilo, a partir do nada. Por isso as quatro palavras mais impactantes são: “No princípio, criou Deus ”. Nem nos antigos mitos de Enuma Elish, Marduque aparece como criador de verdade, apenas como artífice que constrói um instrumento para seu próprio uso, porque o cosmo em Enuma Elish já existia antes dos deuses, e eles são apenas seu produto.
DEUSES vs DEUS
Ainda outros mitos existiram como os da Mesopotâmia, onde os deuses já vivam em uma sociedade organizada entre os deuses administradores e os deuses menores que faziam os trabalho pesado, onde os quais se rebelaram, e como uma providência para solução dessa revolta, a deusa Mami é designada para criar seres humanos. Isso tudo faz parte da visão geral da cultura atual, embora tenha surgido depois dos escritos de Enuma Elish e Atrahasis que foram contemporâneos do registro de Gênesis.
No final, há uma guerra civil, e um deus, Zeus, emerge vitorioso, matando ou banindo os inimigos e recompensando os aliados. Diferente das outras mitologias, a mitologia grega não tenta se responsabilizar pela raça humana, ele é tida como preexistente. Mas a maldade humana, segundo essas mitologias surge por conta de um conflito de Zeus contra o Titã prometeu e a raça humana, gerando a deusa Pandora que despeja no universo todo tipo de maldade.
Apesar de suas diferenças, a explanação babilônica mesopotâmica e grega da criação e do lugar da humanidade dentro dela tem muito em comum, mas diferenças cruciais em relação ao registro de Gênesis. Enquanto os mitos apresentam os homens desprezados pelos deuses, o Gênesis diz que o homem foi criado a imagem e semelhança de Deus. Dizem também que o mundo e a criação é um acidente, o Gênesis afirma que Deus considera a criação muito boa e os abençoa.
Na revelação radical, diz-se que Deus é transcendente, e que ele não é da mesma natureza de sua criação, e não acrescenta ou subtrai algo de si próprio para criá-la e que Ele é o único Deus eterno e preexistente. Portanto, o próprio universo é uma criação, não se trata de uma ilusão, sua substância material não é uma imperfeição, mas a própria essência dela. Por esta razão Deus, como criador, não é apenas força inicial, mas é muito, muito mais.
O VERDADEIRO CRIADOR
E o governo da terra não é para deuses subordinados, como nas histórias pagãs sobre criação, mas aos humanos. Na mitologia os humanos são feitos de ossos e sangue de um deus, no gênesis o ser humano não é divino, e longe de seres divinos os humanos trouxeram o mal a uma criação boa. A história de gênesis é a história da criação e do criador, mas a bíblia não conhece nenhum criador que não seja também sustentador e provedor (Gn 2:8-9). Mas a provisão de Deus não é uma provisão impessoal, mas uma provisão direta, pessoal e zelosa para todas as criaturas.
Deus não é apenas alguém que cria e então sustenta mas também é alguém que irá um dia redimir e aperfeiçoar. A morte de Cristo não mudará apenas a mim e a você, mas todo o cosmos em que vivemos. O que mais se destaca na visão hebraica da natureza é a habilidade de ver uma coisa criada e alegrar-se sem vergonha ou constrangimento sobre sua beleza e mistério. A alegria se apodera de nós quando verdadeiramente conseguimos enxergar o cosmos como a criação de Deus.
A mente hebraica compreendeu que o grande poder de Deus é exibido em suas obras, e na beleza, no contentamento e compreensão acerca delas. A adoração moderna deve retornar a uma ênfase sobre o regozijo das obras e maravilhas de Deus a fim de que a alegria possa novamente torna-se uma experiência em vez de um conceito. Nossa esperança de alcançar isso não pode vir da adoração somente, mas do nosso pensamento, ensinamento e prática da ciência. Há elementos na ciência que um cristão pode praticar com alegria e honra, Deus é racional, de forma que o universo pode ser compreendido pela razão e inspiração.
CONCLUSÃO
Portanto, dito isto, devemos refletir que devido o ensino universitário ser fragmentado e desconexo, cria indivíduos que são também fragmentados. Por isso, a universidade cristã deve começar a ensinar não uma ciência melhor que imita e compete com as outras, mas uma ciência diferente, que ensine os estudantes a celebrarem a criação e não meramente a mensurarem. A igreja de cristo precisa conhecer a Deus como Criador e se tornar uma comunidade de mordomos. Os hebreus chamavam o mundo ao seu redor de criação, porque acreditavam na natureza e a si mesmo como criaturas feitas para finalidades e prazeres de Deus. Pensando dessa forma, conclui-se também no fim de tudo, que o ser humano não é separado da natureza mas faz parte dela.
Por Joel Sarmento Barros
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