Palavra do leitor
- 31 de março de 2011
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Diótrefes
Um conhecido, autor de expressões como "invariáveis boçalidades", chamou a minha atenção - não pela apreciável ironia - mas por ensinar como "fazer luvas" em meio ao confessionalismo eclesiástico. Quando leio suas críticas sobre a "discursseira do evangelicalismo" brasileiro, rendo-lhe deferência. Porém, creio que deveríamos treinar apenas para o "bom combate da fé". Por exemplo: como argumentar sobre Unidade, da fé ou da Igreja, golpeando irmãos? O sábio apóstolo dos gentios, poliglota e cidadão romano, já dizia aos coríntios: "...veja como edifica..." .
Em 1992, ao enviar uma matéria para o jornal de uma denominação centenária, citei Robinson Cavalcanti. O pastor discordou do artigo afirmando que favoreceria a comunidade do Robson (sem "IN"); Confundiu-se, achando que a citação era de um (rival?) primaz de outra denominação que atraía muitos jovens goianienses. A fonte foi devidamente citada, mas naquele caso, o nosso Diótrefes reivindicou a primazia e não publicou. Na verdade, poucos são os líderes que se propõem a falar sobre Unidade, pois terão que aceitar as perdas.
Ainda jovem vi que as denominações são grandes obstáculos para a unidade. Além dos nomes e suas logomarcas, rotulando e dividindo os fiéis, existe a ferrenha defesa das peculiaridades. Quanto ao tema, esse conhecido já alinhavou argumentos criticando alguns atributos do Cavalcanti. (Nocaute ético?) A Unidade não será alcançada por mérito de conduta, visão ou virtudes. Nem é producente dominar técnicas de combate para defendê-la. Ela não está inserida no tráfego lucrativo das muitas franquias eclesiais.
A despeito do sparring fortuito (ou não) entre os acadêmicos da cristandade, não proponho transigências às “boçalidades”, mas por sermos crentes em Cristo deveríamos saber que o amor fraternal contrapõe qualquer ringue. Combater pelo simples prazer em rivalizar ou discordar nunca esteve na preleção do Mestre dos mestres. Qual o sentido cristão se você fala o que quer e não dá satisfação nem pede desculpas por apenas conhecer o que sabe? Os fariseus eram assim: ficavam à porta; não entravam e impediam outros.
Em 1992, ao enviar uma matéria para o jornal de uma denominação centenária, citei Robinson Cavalcanti. O pastor discordou do artigo afirmando que favoreceria a comunidade do Robson (sem "IN"); Confundiu-se, achando que a citação era de um (rival?) primaz de outra denominação que atraía muitos jovens goianienses. A fonte foi devidamente citada, mas naquele caso, o nosso Diótrefes reivindicou a primazia e não publicou. Na verdade, poucos são os líderes que se propõem a falar sobre Unidade, pois terão que aceitar as perdas.
Ainda jovem vi que as denominações são grandes obstáculos para a unidade. Além dos nomes e suas logomarcas, rotulando e dividindo os fiéis, existe a ferrenha defesa das peculiaridades. Quanto ao tema, esse conhecido já alinhavou argumentos criticando alguns atributos do Cavalcanti. (Nocaute ético?) A Unidade não será alcançada por mérito de conduta, visão ou virtudes. Nem é producente dominar técnicas de combate para defendê-la. Ela não está inserida no tráfego lucrativo das muitas franquias eclesiais.
A despeito do sparring fortuito (ou não) entre os acadêmicos da cristandade, não proponho transigências às “boçalidades”, mas por sermos crentes em Cristo deveríamos saber que o amor fraternal contrapõe qualquer ringue. Combater pelo simples prazer em rivalizar ou discordar nunca esteve na preleção do Mestre dos mestres. Qual o sentido cristão se você fala o que quer e não dá satisfação nem pede desculpas por apenas conhecer o que sabe? Os fariseus eram assim: ficavam à porta; não entravam e impediam outros.
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